Carlo Acutis / Crédito: Cortesia de Antonia Acutis
REDAÇÃO CENTRAL, 02 Mar. 20 / 11:00 am (ACI).- Antonia Acutis, mãe do Servo de Deus
e futuro beato Carlo Acutis, revelou em uma recente entrevista a
National Catholic Register uma série de detalhes pouco
conhecidos sobre a vida de
seu filho millenial, que morreu em 2006, aos 15 anos.
“Carlo recebeu
graças especiais. Eu não era particularmente devota, mas Carlo, desde que era
pequeno, sempre quis ir às igrejas. Sempre quis entrar e visitar Jesus para
cumprimentá-lo. Era muito bom, muito educado, uma criança muito generosa. Eu
raramente tinha que dizer a Carlo: ‘Não faça isso ou aquilo’. Ele foi muito
obediente. Ele foi muito especial”, contou Antonia a Register, em uma
entrevista por telefone realizada em 22 de fevereiro, um dia depois que o
Vaticano anunciou que Carlo seria beatificado.
Antonia disse que
não se "considera tão boa como Carlo foi", mas diz que fez todo o
possível para criar o filho: "Dei a ele a liberdade de viver sua fé e
algumas boas regras morais, mas meu marido e eu realmente não precisávamos lhe
dar muito”.
A mãe também
compartilhou com alegria que a notícia da beatificação não foi uma surpresa
para a família.
“Estamos muito
contentes com a notícia da beatificação, mas, para ser sincera, esperávamos
isso. Há alguns anos, tive um sonho com Carlo, que me disse: 'Serei beatificado
logo e pouco depois canonizado'. Quando estava morrendo, na última semana de
sua vida, eu sonhei com São Francisco de Assis, que é o santo padroeiro da
nossa família, e ele disse: 'Seu filho, Carlo, morrerá muito em breve, mas o
fará sendo considerado muito alto na Igreja’”, contou.
“Então, vi Carlo em
uma igreja muito grande, no alto, perto do teto, e não entendi naquele momento.
Claro que agora sim. Sua morte, sua doença, sua vida curta, tudo foi planejado
por Deus. Deus escolheu Carlo como exemplo para os jovens deste período da
história”, acrescentou.
Ao explicar sua
atração por documentar os milagres eucarísticos, sua mãe revelou que Carlo
havia recebido certas experiências místicas que o levaram à Santa Eucaristia,
inclusive sendo ainda muito novo.
“Sim, acho que
recebeu graças especiais. Ele não falou muito sobre isso, mas me disse que
quando estava diante da Santa Eucaristia, sentia sua alma ‘elevada’, de alguma
maneira. Disse que a sensação que tinha, muitas vezes, era como estar diante de
uma fonte que levava sua alma a grandes alturas. Disse que era como ser
transportado. Cristo na Eucaristia o capturou”, indicou Antonia.
Em uma ocasião, a
mãe contou que Carlo teve uma visão de seu avô, que pediu que rezasse por ele
porque estava no purgatório.
“Então, a partir
daí, Carlo começou a rezar pelas almas do purgatório. Sempre, sempre, sempre
rezava por essas almas e buscava indulgências por elas. Ele sempre dizia que
devemos rezar pelas pobres almas do purgatório, que não devemos esquecê-las e
que elas nos ajudarão muito”, afirmou.
Antinia Acutis
comentou que seu filho, embora extraordinariamente obediente e maduro para a
idade dele, era um jovem que lutava contra defeitos, como qualquer outra
pessoa.
“Não precisa olhar
para Carlo como alguém perfeito. Era um menino muito conectado à terra. Era um
filho do seu tempo. Ele jogou com seu PlayStation, etc. Também entendeu, no
entanto, que essas coisas, como o computador ou o PlayStation, poderiam
desencadear uma espécie de tirania na alma. Poderia tornar a pessoa viciada,
escrava dessas coisas. Poderia perder tanto tempo, e Carlo sempre teve a
sensação de que não podia perder tempo. Então, impôs a si mesmo que só poderia
jogar no PlayStation uma hora por semana, no máximo. Isso dá uma pequena ideia
de Carlo”, explicou.
Sua mãe também
contou que "ele era um pouco perfeccionista, mas não obsessivo".
Entre algumas de
suas imperfeições, sua mãe relatou: "Ele adorava comer e, em um momento,
descobriu que estava exagerando e se impôs mais temperança: comer e desfrutar
da comida, mas nos momentos apropriados e da maneira apropriada".
Além disso, contou
que “tinha o hábito de falar muito (...) seus professores o corrigiam e
descobriu que isso era algo difícil de superar".
“Também era um
palhaço da turma, muito engraçado. Fazia pequenas caricaturas, desenhos em 3D
no computador, para divertir seus amigos, mas também tinha que moderar isso,
fazê-lo na hora certa”, acrescentou.
Antonia afirmou que
Carlo era "um menino normal em muitos aspectos" e, embora não fosse
perfeito, "tinha uma vontade muito forte" e "melhorou em muitos
aspectos".
Entre suas
virtudes, sua mãe enfatizou que "ele via a Internet como uma forma de
chegar às pessoas" e também "sempre tentava ajudar as pessoas, seus
amigos, em suas lutas com a pureza e com as drogas".
“Era um líder
quando falava, porque quando o fazia, estava cheio de Deus. Ele sempre dizia
que tentava viver na presença de Deus. Tinha uma maneira especial de se
aproximar das pessoas, eu acho, por causa disso. Carlo também sabia quando
evangelizar (...). Usou os dons que tinha para evangelizar nesse período”,
comentou.
Contou ainda que,
quando viajaram para fotografar os diferentes milagres eucarísticos para que
Carlo criasse o site e, posteriormente, as exposições, "sabia que as
pessoas (especialmente os jovens) gostariam de vê-los".
“Fazíamos estas
viagens e a primeira coisa que fazia quando chegávamos era procurar uma igreja
que estivesse aberta, para que pudesse cumprimentar Jesus. Jesus era a sua
primeira prioridade”, contou Antonia.
No final da
entrevista, disse que viver perto de alguém como Carlo "significa não
permanecer neutro em sua própria fé".
“Para mim, Carlo me
aproximou de Deus. Ele fazia perguntas para as quais eu não sabia a resposta,
especialmente na minha própria falta de catecismo. Então, comecei
a aprender mais sobre minha fé, e isso foi por causa de Carlo. Muitas outras
pessoas também testemunhariam isso: pessoas que se converteram por causa de seu
exemplo ou de suas conversas. Ele realmente viveu o que pregou, uma
testemunha”, afirmou.
Sobre a morte de um
filho, acha que quando uma mãe passa por essa experiência, deve se lembrar do
que Carlo diria: “O Gólgota é para todos. Ninguém escapa da cruz”.
"Ele me
convenceu disso: se eu sou um bom católico, como posso ter medo?".
“Se eu olhasse para
a morte de meu filho apenas de uma maneira terrena, não teria sido capaz de me
consolar. Carlo me ensinou a olhá-lo através dos olhos da fé. Morreu sem ter
que experimentar tentações tão importantes na vida, ou enfrentar obstáculos
sozinho. Foi amado, realmente amado. Foi a forma como ele aceitou a vontade de
Deus, com um sorriso, sem reclamar nunca. Estava realmente focado em Deus, e
acho que esse era o segredo dele”, disse Antonia.
Em outro momento da
entrevista, Antonia contou como a intercessão de Carlo lhe permitiu ter mais
filhos.
Ela conheceu o seu
esposo enquanto estudava na Inglaterra. Eles se casaram aos 24 anos e ela teve
Carlo naquele primeiro ano. Aos 44 anos, acha que Carlo intercedeu por ela e
engravidou dos gêmeos Francesca e Michele, que agora têm 9 anos. Também são
muito religiosos. Rezam o Terço todos os dias e vão à Missa diária.
Antonia acha que terão a missão de continuar o trabalho de Carlo de alguma
maneira.
Para ler a
entrevista completa em inglês acesse AQUI.
Publicado
originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Deus eterno e todo poderoso,
que destes a São Marino a graça de lutar pela justiça até a morte,
concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades e
correr ao encontro de vós, que sois a nossa vida. Por Cristo nosso Senhor.
Amém!
Mateus 6,7-15
Glória a
Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 6 7 "Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras.
8 Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais.
9 Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome;
10 venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
11 O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
12 perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam;
13 e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará.
15 Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará".
Palavra da Salvação.
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 6 7 "Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras.
8 Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais.
9 Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome;
10 venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
11 O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
12 perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam;
13 e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará.
15 Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará".
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
A ORAÇÃO DO
DISCÍPULO
A oração cristã consiste em
estabelecer uma relação amorosa com Deus. Uma relação de amor dá-se num
contexto de confiança, de transparência, de profundidade. Nem sempre o ser
humano é capaz disto, quando se trata de relacionar-se com Deus, na oração. É
comum a tentação de querer argumentar com ele, de transformá-lo em depósito de
lamúrias e de considerá-lo solução para todas as pendências humanas.
Jesus denunciou certas tendências
erradas no tocante à oração e indicou uma pista para fazê-la de maneira
consistente. A oração é um diálogo com o Pai, que não se coloca na mesma altura
do orante: ele é santo e está no céu, embora esteja muito perto de quem reza.
Diante dele, exige-se uma atitude de reverência e humildade.
O anseio fundamental do orante
deve ser de que o Reino do Pai aconteça na história humana e todas as pessoas
se submetam a seu projeto. Por outro lado, ele sabe que tudo tem sua origem no
Pai, inclusive o pão de cada dia, considerado fruto da preocupação paterna e
materna de Deus pelo ser humano. O orante também tem consciência da paciência
do Pai com suas fragilidades e pecados. O Pai está sempre disposto a perdoar e
a confiar na sinceridade do arrependimento do pecador. Em contrapartida, este
reconhece a importância de perdoar a fragilidade e o pecado de seu semelhante.
Enfim, o grande desejo do orante é não se deixar levar pela maldade que o
afasta do Pai e o leva a prescindir dele.
Santo do Dia: São Marino
São Marino
era oficial do exército imperial em Cesaréia da Palestina. Devido a sua bravura
foi nomeado centurião romano, cargo esse bastante almejado. Enquanto
aguardava-se a cerimônia da entrega da vara da videira, quando se concretizava
a promoção, um dos pretendentes ao cargo, por inveja a ambição, acusou Marino
de ser cristão. O fato ocorreu por volta de 260, quando a Igreja de Cristo era
bastante perseguida.
Um certo
juiz Aqueu, irritado com esta informação, deu a Marino algumas horas para que
apresentasse sua defesa.
São Marino
saiu do tribunal com o coração cheio de alegria por defender sua fé. Encontrou
o bispo Teotecno, que o incentivou a perseverar na fé, embora isso fosse lhe
custar a vida. O bispo, diante do altar, apresentou-lhe uma espada e a bíblia,
e pediu que ele escolhesse. São Marino, com segurança, escolheu a Bíblia.
De volta ao
tribunal e diante das autoridades, São Marino afirmou ser cristão. Estava
presente na execução outro cristão, o senador Astério, que o incentivou a
permanecer firme na sua decisão.
Logo após o
martírio, Astério tomou seu corpo a fim de lhe dar uma sepultura digna, embora
soubesse que este gesto também lhe custaria a vida, como de fato aconteceu.
Dessa maneira, São Marino divide com Astério a honra do martírio por ser
seguidor de Cristo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Diante da
espada e da Bíblia, são Marino não titubeou em escolher a melhor parte. Optou
pela palavra de Deus e alcançou com isso a coroa do martírio. Hoje em dia somos
tentados a optar sempre pelas coisas mais fáceis e prazerosas. Nem sempre
aceitamos que a vida propõe também desafios e dificuldades. Que são Marino nos
ajude a enfrentar as dificuldades da vida com serenidade e a confiar mais em
Cristo Jesus.
TJL@
- ACIDIGITAL.COM – A12.COM – DOMTOTAL.COM
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