Papa
na Missa do Domingo de Ramos de 2019. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano,
20 Mar. 20 / 02:39 pm (ACI).- A
Congregação para o Culto Divino emitiu na quinta-feira, 19 de março, um decreto
para definir as diretrizes da celebração do Tríduo Pascal e da Missa Crismal
naqueles países que sofrem restrições devido à luta contra a pandemia de
coronavírus COVID-19.
"No tempo
difícil que estamos vivendo devido à pandemia do COVID-19, considerando o
impedimento para celebrar a liturgia comunitariamente na igreja, segundo o indicado
pelos bispos para
os territórios sob sua jurisdição, chegaram a esta Congregação pedidos sobre as
próximas festas pascoais. Neste sentido, são oferecidas indicações gerais e
algumas sugestões aos bispos”, começa o decreto assinado pelo prefeito, Cardeal
Robert Sarah.
O decreto
estabelece que a celebração do Tríduo Pascal e da Páscoa se mantém, as
celebrações podem ser seguidas de forma telemática, mas sempre ao vivo, e se
suspende o lava-pés e a procissão com o Santíssimo Sacramento de Quinta-feira
Santa, assim como se suspende o fogo e a procissão no início da vigília
pascoal.
Além disso, oferece
também a possibilidade de transferir as procissões da Semana Santa e
outras expressões de piedade popular para outras datas, e propõe,
especificamente, o dia 14 de setembro, Festa da Exaltação da Cruz, e 15 de
setembro, memória de Nossa Senhora das Dores.
No decreto,
explica-se que a Páscoa, "coração do ano litúrgico", "não pode
ser transferida" porque "não é uma festa como as demais", mas é
"celebrada durante três dias, o Tríduo Pascal, precedido pela Quaresma e
coroada por Pentecostes”.
Em relação à Missa
Crismal, o bispo, "avaliando o caso concreto nos diversos países, tem a
faculdade de adiá-la para uma data posterior".
Em relação ao
Tríduo Pascal, "onde a autoridade civil e eclesial estabeleceu
restrições", "os bispos darão indicações, de acordo com a Conferência
Episcopal, para que na igreja catedral e nas igrejas paroquiais, inclusive sem
a participação física dos fiéis, o bispo e os párocos celebrem os mistérios
litúrgicos do Tríduo Pascal, avisando aos fiéis a hora do início, para que
possam se unir em oração de suas próprias casas”.
As celebrações do
Tríduo Pascal (Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Vigília Pascal) podem
ser acompanhadas por via telemática, mas sempre ao vivo, não por meio de um
vídeo gravado.
O decreto diz
exatamente que "são de grande ajuda os meios de comunicação telemática ao
vivo, não gravados".
Além disso, a Congregação
estabelece que "a Conferência Episcopal e cada uma das dioceses não deixem
de oferecer subsídios para ajudar na oração familiar e pessoal”.
No caso concreto da
Quinta-feira Santa, o decreto estabelece que se pode celebrar a Missa da Ceia
do Senhor nas catedrais e igrejas paroquiais. Contudo, “concede-se,
excepcionalmente, a todos os sacerdotes a faculdade de celebrar neste dia a
Missa sem o povo, em um lugar adequado”.
“O lava-pés, que é
facultativo, omite-se. Ao final da Missa da Ceia do Senhor, omite-se a
procissão e o Santíssimo Sacramento se reserva no sacrário. Os sacerdotes que
não têm a possibilidade de celebrar a Missa rezarão as Vésperas”.
Na Sexta-feira
Santa, será celebrada a Paixão do Senhor, mas "na oração universal, o
bispo diocesano ficará encarregado de estabelecer uma intenção especial para os
doentes, os mortos e quem sofreu alguma perda".
A Vigília Pascal
"será realizada apenas nas igrejas catedrais e paróquias, na medida da
possibilidade real estabelecida por aqueles que têm esta responsabilidade".
"Para o início
da vigília ou lucernário, omite-se o fogo, acende-se o círio e, omitida a
procissão, faz-se a proclamação da páscoa”. Além disso, “na Liturgia batismal
só se renovam as promessas batismais”.
Por último, o
decreto estabelece que “as expressões de piedade popular e as procissões que
enriquecem os dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal, a critério do bispo
diocesano, podem ser transferidas para outros dias convenientes, por exemplo,
nos dias 14 e 15 de setembro".
O decreto completo
pode ser lido em francês, inglês e espanhol AQUI.
Publicado
originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração
Ó
Deus, que aos vossos pastores associastes São Turíbio de Mogrovejo, animado de
ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão,
perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo
nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Jo 4,43-54)
Passados os dois
dias, Jesus foi para a Galiléia. Jesus mesmo tinha declarado, de fato, que um
profeta não é reconhecido em sua própria terra. Quando então chegou à Galiléia,
os galileus o receberam bem, porque tinham visto tudo o que fizera em Jerusalém,
por ocasião da festa. Pois também eles tinham ido à festa. Jesus voltou a Caná
da Galiléia, onde tinha mudado a água em vinho.
Havia um funcionário do rei, cujo filho se encontrava doente em Cafarnaum. Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, ele foi ao encontro dele e pediu-lhe que descesse até Cafarnaum para curar o seu filho, que estava à morte. Jesus lhe disse: «Se não virdes sinais e prodígios, nunca acreditareis» . O funcionário do rei disse: «Senhor, desce, antes que meu filho morra!» Ele respondeu: «Podes ir, teu filho vive». O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu.
Enquanto descia para Cafarnaum, os empregados foram-lhe ao encontro para dizer que seu filho vivia. O funcionário do rei perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: «Ontem, à uma da tarde, a febre passou”. O pai verificou que era exatamente nessa hora que Jesus lhe tinha dito: “Teu filho vive». Ele, então, passou a crer, juntamente com toda a sua família. Também este segundo sinal, Jesus o fez depois de voltar da Judéia para a Galiléia. Palavra de vida eterna.
Havia um funcionário do rei, cujo filho se encontrava doente em Cafarnaum. Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, ele foi ao encontro dele e pediu-lhe que descesse até Cafarnaum para curar o seu filho, que estava à morte. Jesus lhe disse: «Se não virdes sinais e prodígios, nunca acreditareis» . O funcionário do rei disse: «Senhor, desce, antes que meu filho morra!» Ele respondeu: «Podes ir, teu filho vive». O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu.
Enquanto descia para Cafarnaum, os empregados foram-lhe ao encontro para dizer que seu filho vivia. O funcionário do rei perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: «Ontem, à uma da tarde, a febre passou”. O pai verificou que era exatamente nessa hora que Jesus lhe tinha dito: “Teu filho vive». Ele, então, passou a crer, juntamente com toda a sua família. Também este segundo sinal, Jesus o fez depois de voltar da Judéia para a Galiléia. Palavra de vida eterna.
«Jesus foi para a Galiléia»
Rev. D.
Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero
(Viladecans, Barcelona, Espanha)
(Viladecans, Barcelona, Espanha)
Hoje voltamos a encontrar
Jesus nos cinco pórticos da piscina de Betsaida, onde tinha realizado o conhecido
milagre da conversão da água em vinho. Agora, nesta ocasião, faz um novo
milagre: a cura do filho de um funcionário real. Mesmo que o primeiro foi
espetacular, este é —sem duvida— mais valioso, porque não é algo material o que
se soluciona com o milagre, e sim que se trata da vida de uma pessoa.
O que chama atenção deste novo milagre é que Jesus atua à distância, não acode a Cafarnaúm para curar diretamente ao enfermo, e sem mover-se de Canaã faz possível o restabelecimento: «O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’» Jesus disse-lhe: «Pode ir, seu filho está vivo» O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora» (Jo 4,49.50).
Isto nos lembra a todos nós que podemos fazer muito bem à distância, quer dizer, sem ter que estar presentes no lugar onde é solicitada nossa generosidade. Assim, por exemplo, ajudamos ao Terceiro Mundo colaborando economicamente com nossos missioneiros ou com entidades católicas que estão ali trabalhando. Ajudamos aos pobres de bairros marginais das grandes cidades com nossas contribuições a instituições como Cáritas, sem que devamos pôr os pés em suas ruas. Ou, inclusive, podemos dar uma alegria a muita gente que está muito distante de nós com uma chamada de telefone, uma carta ou um correio eletrônico.
Muitas vezes nos escusamos de fazer o bem porque não temos possibilidades de estar fisicamente presentes nos lugares onde há necessidades urgentes. Jesus não se escusa porque não estava em Cafarnaúm, senão que fez o milagre.
A distância não é nenhum problema na hora de ser generoso, porque a generosidade sai do coração e traspassa todas as fronteiras. Como diria Santo Agostinho: «Quem tem caridade em seu coração, sempre encontra alguma coisa para dar».
O que chama atenção deste novo milagre é que Jesus atua à distância, não acode a Cafarnaúm para curar diretamente ao enfermo, e sem mover-se de Canaã faz possível o restabelecimento: «O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’» Jesus disse-lhe: «Pode ir, seu filho está vivo» O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora» (Jo 4,49.50).
Isto nos lembra a todos nós que podemos fazer muito bem à distância, quer dizer, sem ter que estar presentes no lugar onde é solicitada nossa generosidade. Assim, por exemplo, ajudamos ao Terceiro Mundo colaborando economicamente com nossos missioneiros ou com entidades católicas que estão ali trabalhando. Ajudamos aos pobres de bairros marginais das grandes cidades com nossas contribuições a instituições como Cáritas, sem que devamos pôr os pés em suas ruas. Ou, inclusive, podemos dar uma alegria a muita gente que está muito distante de nós com uma chamada de telefone, uma carta ou um correio eletrônico.
Muitas vezes nos escusamos de fazer o bem porque não temos possibilidades de estar fisicamente presentes nos lugares onde há necessidades urgentes. Jesus não se escusa porque não estava em Cafarnaúm, senão que fez o milagre.
A distância não é nenhum problema na hora de ser generoso, porque a generosidade sai do coração e traspassa todas as fronteiras. Como diria Santo Agostinho: «Quem tem caridade em seu coração, sempre encontra alguma coisa para dar».
Santo do Dia
São Turíbio de Mongrovejo
Nasceu em Mayorga,
Espanha, em l538, e morreu no dia 23 de março de l606, numa quinta-feira santa.
Com um tio cônego que o protegia, Turíbio estudou em várias universidades e
preparava, em Oviedo, o doutorado em direito. Também ele recebera a tonsura, sem
passar mais adiante no serviço da Igreja. Estava assim já preparado para
ingressar naquela burocracia dos "letrados".
Seguindo o processo
normal das coisas, recebeu uma nomeação para o Santo Ofício em Granada. Sua
vida particular distinguia-se pela clareza, mas não parece ter excedido nunca o
simplesmente honesto. Todavia, a indicação de seu nome, por Filipe II, para
arcebispo de Lima, deu uma dimensão totalmente nova à sua vida.
Recebeu todas as
ordens com a idade de quarenta e um anos, e a partir deste momento nasce um dos
maiores apóstolos da história da Igreja. Calcula-se que percorreu a pé, ou a
cavalo, mais de 40 mil quilômetros, visitando até os últimos lugarejos de sua
diocese, numa das geografias mais difíceis do mundo, desde as quebradas com
neve perpétua dos Andes, até os desertos tórridos do Pacífico. Segundo seus
próprios cálculos, teria administrado pessoalmente o sacramento da confirmação
a noventa mil pessoas.
Obrigou o clero a
se instruir, restaurou a disciplina, construiu escolas, igrejas, e fundou em
Lima o primeiro seminário da América Espanhola. Ao morrer, fez questão de
receber o viático numa Capelinha indígena. Nos últimos instantes de sua vida,
pediu que fossem cantados os Salmos 31 e 116.
Como chefe da
principal Igreja da América, dedicou-se, inflexivelmente, a aplicar a reforma
de Trento. Isto levou-o a enfrentar repetidas vezes os vice-reis, com o
Conselho das Índias e com o próprio rei, imbuídos de idéias regalistas. Não
cedeu: os dez concílios diocesanos e os três provinciais que celebrou formaram
a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Com razão foi
chamado "apóstolo do Peru".(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: São Turíbio, cujo nascimento nobre
poderia ter oferecido a ele todos os prazeres de uma vida tranquila, aceitou
com profunda convicção a tarefa de lutar pelos direitos humanos e cristãos dos
indígenas da América Latina. Sua conversão foi impressionante. Amou e soube
preservar a cultura indígena, ele que tinha sido educado na mais tradicional
cultura da europa. A história de são Turíbio nos inspira a buscar nossa própria
conversão. Vivendo o tempo da quaresma, que tal partir ao encontro de Cristo
que está presente na vida do nosso próximo?
tjl@-
acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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