Imagem referencial. Crédito: Pixabay. PARIS, 29 out. 20 / 09:30 am (ACI).- Os Bispos da Conferência Episcopal Francesa enviaram um comunicado condenando o atentado terrorista ocorrido na Basílica de Nossa Senhora de Nice e no qual morreram pelo menos três pessoas. “Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas, com os feridos, suas famílias e entes queridos”, afirmam no comunicado. “Essas pessoas foram atacadas e assassinadas porque estavam na Basílica”, e por isso, para o terrorista, “representavam um símbolo a ser destruído”. Os bispos franceses disseram que “estes assassinatos nos lembram o martírio do Pe. Jacques Hamel. Esses atos horríveis afetam todo o país”. “Esse terrorismo tem como objetivo infundir angústia em toda a sociedade. Por isso é urgente deter esta gangrena, assim como é urgente encontrar a irmandade indispensável que nos manterá de pé diante dessas ameaças”. No comunicado, enfatizam que “apesar da dor que nos atinge, como católicos nos recusamos a ceder ao medo e, juntamente com toda a nação, queremos enfrentar esta ameaça cega e traiçoeira”. Além disso, convidaram todas as igrejas da França a tocarem os sinos com toque de defunto, "sempre que possível", às 15h, e a acompanhar este ato com uma oração pelas vítimas. A Diocese de Nice descreve o ataque como "abominável ato terrorista" : Por sua vez, a Diocese de Nice (França) emitiu um comunicado no qual o Bispo, Dom André Marceau, descreve este atentado como um “abominável ato terrorista”. O Prelado disse que o ataque ocorreu tanto dentro como nos arredores da Basílica de Nossa Senhora de Nice, e poucos dias depois do "assassinato selvagem do Professor Samuel Paty". O Prelado afirma estar tremendamente chocado com "esta nova tragédia que nossa diocese lamenta". “Minha tristeza é infinita como ser humano diante do que outros seres, também chamados de humanos, podem fazer”, assegura no comunicado. “No momento, todas as igrejas em Nice estão fechadas até novo aviso e sob proteção policial”, relatou. Também assegurou a sua oração pelas vítimas, pelos seus entes queridos e pelas forças de segurança “que estão na linha da frente desta tragédia, bem como pelos sacerdotes e fiéis feridos na sua fé e esperança”. Ele também pediu que "o espírito de perdão de Cristo prevaleça diante desses atos de barbárie".
Oração: Deus Pai de amor, que escolhes homens e mulheres para manifestar sua glória ao mundo, dai-nos pela intercessão de Santa Maria Resoluta alcançar as graças necessárias para nosso bem viver neste mundo, preparando-nos para alcançar as glórias da vida eterna. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 14,1-6)
Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um
dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. Em frente de Jesus estava um homem
que sofria de hidropisia. Tomando a palavra, Jesus disse aos doutores da Lei e
aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» Eles ficaram em
silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e o despediu. Depois lhes
disse: «Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira
logo daí, mesmo em dia de sábado?» E eles não foram capazes de responder a
isso.
«Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» (Rev. D. Antoni CAROL i Hostench)-(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje fixamos nossa atenção na pergunta aguçada que
Jesus faz aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» (Lc
14,3), e na significativa anotação que faz são Lucas: «E eles não foram capazes
de responder a isso» (Lc 14,4).
São muitos os episódios evangélicos nos quais o Senhor joga na cara dos
fariseus sua hipocrisia. É notável o empenho de Deus em nos deixar claro até
que ponto lhe desagrada esse pecado –a falsa aparência, o engano vaidoso-, que
situa-se nas antípodas daquele elogio de Cristo a Natanael: «Aí está um
verdadeiro israelita, em quem não há falsidade» (Jo 1,47). Deus ama a
simplicidade de coração, a ingenuidade do espírito e, pelo contrário, rechaça
energicamente o que é emaranhado, o olhar vago, a dupla moral, a hipocrisia.
O significativo da pergunta do Senhor e da resposta silenciosa dos fariseus, é
a má consciência que estes, no fundo, tinham. Diante jazia um doente que
buscava sua cura por Jesus. O cumprimento da Lei judaica –mera atenção à letra
com desprezo ao espírito- e a fátua presunção de sua conduta honorável os leva
a escandalizar-se ante a atitude de Cristo que, levado pelo seu coração
misericordioso, não se deixa amarrar pelo formalismo de uma lei, e quer
devolver a saúde a quem carecia dela.
Os fariseus se dão conta de que sua conduta hipócrita não é justificável e, por
isso, calam. Nesta parte resplandece uma clara lição: a necessidade de entender
que a santidade é seguimento de Cristo –até o enamorar-se plenamente- e não
frio cumprimento legal de uns preceitos. Os mandamentos são santos porque
procedem diretamente da Sabedoria infinita de Deus, mas que é possível vive-los
de uma maneira legalista e vazia, e então se dá a incongruência –autêntico
sarcasmo- de pretender seguir a Deus para terminar indo atrás de nós mesmo.
Deixemos que a encantadora simplicidade da Virgem Maria se imponha nas nossas
vidas.
Santo do Dia: Beata Maria Resoluta
No dia
primeiro de maio de 1894 nasceu Helene, na República Checa. Ainda jovem Helene
e sua família mudaram-se para Viena, onde a menina concluiu os estudos e
formou-se enfermeira. Apesar da resistência dos pais, Helene queria ser
religiosa. Com muito custo entrou na Congregação das Franciscanas da Caridade
Cristã.
Logo recebeu o apelido carinhoso de "Irmã Resoluta", pelo seu modo
cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala
cirúrgica e anestesista. No hospital em Viena, a religiosa se tornou uma
referência para os médicos, enfermeiras e especialmente para os doentes, aos
quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor.
Em março de 1938, Hitler mandou o exército ocupar a Áustria. Irmã Restituta se
colocou logo contrária a toda aquela loucura desumana. Não teve receio de
mostrar que sendo favorável à vida não apoiaria jamais ao nazismo de Hitler,
fosse qual fosse o preço.
Por isto, quando os nazistas retiravam o Crucifixo também das salas de
cirurgias, ela serenamente o recolocava no lugar, de cabeça erguida, desafiando
os nazistas. Como não se submetia e muito menos se "dobrava", os
nazistas a eliminaram. Foi presa em 1942 e em 30 de março de 1943, foi
decapitada.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Antes de ser executada, Maria
Resoluta pediu para dizer as suas irmãs: "Por Cristo eu vivi, por Cristo
desejo morrer". E na frente dos assassinos nazistas, antes que o carrasco
levantasse a mão que a mataria, Irmã Restituta disse ao capelão: "Padre,
me faça na testa o sinal da cruz". Estes gestos de coragem e de fé fizeram
desta mulher um sinal de santidade para a Igreja.
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