O Papa Francisco assina em Assis a Encíclica Fratelli tutti. Foto: Captura do Youtube ASSIS, 03 out. 20 / 12:48 pm (ACI).- O Papa Francisco assinou, este sábado 3 de outubro no Convento de São Francisco de Assis, sua Encíclica “Fratelli tutti”, sobre a fraternidade e a amizade social. O Pontífice se transladou na véspera da festividade de São Francisco de Assis até a localidade natal do santo italiano, onde também se encontra sua tumba, para celebrar ali a Santa Missa e assinar a Encíclica.Antes disto, o Papa se deteve na cidade de Spello, no mosteiro das Clarissas, para realizar uma visita privada às religiosas. Ao finalizar, prosseguiu viagem até a cidade em que viveu São Francisco, chegando às 14:30h, hora da Itália. Ali, visitou o convento das Clarissas de Assis e o convento de São Francisco, em cuja cripta, está a tumba do santo. Foi ali que presidiu a Santa Missa e assinou a sua nova Carta Encíclica. “Fratelli tutti” (Irmãos todos) é a terceira Encíclica do pontificado de Francisco após “Lumen fidei”, publicada em 29 de junho de 2013, e “Laudato Sì”, publicada em 24 de maio de 2015. Esta é a segunda vez que o Papa Francisco assina um documento magisterial fora do Vaticano. Anteriormente, no dia 25 de março de 2019, ele foi à cidade de Loreto (Itália) para assinar a Exortação Apostólica Pós-sinodal “Christus vivit”. Por outro lado, desde sua chegada ao papado, esta é a quarta ocasião em que o Santo Padre visita a terra natal de São Francisco, cujo nome ele adotou ao ser eleito Sumo Pontífice. Anteriormente, o Papa viajou a Assis no dia 04 de outubro de 2013, em 04 de agosto de 2016 para celebrar os 800 anos da “Festa do Perdão”, e em 20 de setembro de 2016 para a Jornada Mundial de Oração pela Paz, com a presença de representantes de diferentes religiões. O texto da Encíclica Fratelli tutti será publicado amanhã, 04 de outubro de 2020, após a oração do Ângelus que tem início ao meio-dia, hora de Roma.
Evangelho (Lc 10,25-37)
Um doutor da Lei se levantou
e, querendo experimentar Jesus, perguntou: «Mestre, que devo fazer para herdar
a vida eterna?». Jesus lhe disse: «Que está escrito na Lei? Como lês?». Ele
respondeu: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua
alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e teu próximo como a
ti mesmo!». Jesus lhe disse: «Respondeste corretamente. Faze isso e viverás».
Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?».
Jesus retomou: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de
assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora,
deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote estava passando por aquele
caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu
com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de
compaixão. Aproximou-se dele e tratou-lhe as feridas, derramando nelas óleo e
vinho. Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão, onde
cuidou dele. No dia seguinte, pegou dois denários e entregou-os ao dono da
pensão, recomendando: Toma conta dele! Quando eu voltar, pagarei o que tiveres
gasto a mais». E Jesus perguntou: «Na tua opinião, qual dos três foi o próximo
do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?». Ele respondeu: «Aquele que usou
de misericórdia para com ele». Então Jesus lhe disse: «Vai e faze tu a mesma
coisa».
«Aquele que usou de misericórdia para com ele» (Ir. Lluís SERRA i Llançana(Roma, Italia)
Hoje, um mestre da Lei faz a
Jesus uma pergunta que talvez nos tenhamos feito mais de uma vez: «Que hei de
fazer para ter como herança a vida eterna?» (Lc 10,25). Era uma pergunta feita
com segundas intenções, pois queria pôr Jesus à prova. O mestre responde
sabiamente o que diz a Lei, isto é, amar a Deus e ao próximo como a si mesmo
(cf. Lc 10,27). A chave é amar. Se buscarmos a vida eterna, sabemos que «a fé e
a esperança passarão, enquanto que o amor não passará nunca» (cf. 1Cor 13,13).
Qualquer projeto de vida e qualquer espiritualidade cujo centro não seja o amor
nos distancia do sentido da existência. Um ponto de referência importante é o
amor a si mesmo, freqüentemente esquecido. Somente podemos amar a Deus e ao
próximo desde nossa própria identidade.
O mestre da Lei vai mais longe ainda e pergunta a Jesus: «E quem é o meu
próximo?» (Lc 10,29). A resposta chega através de um conto, de uma parábola, de
historia curta, sem formulações teóricas complicadas, mas com um grande
conteúdo. O modelo de próximo é um samaritano, quer dizer um marginado, um
excluído do povo de Deus. Um sacerdote e um levita passam de longe ao ver o
homem espancado e mal ferido. Os que parecem estar mais perto de Deus (o
sacerdote e o levita) são os que estão mais distantes do próximo. O mestre da
Lei evita pronunciar a palavra samaritano para indicar a quem se comportou como
próximo do homem mal ferido e diz: «Aquele que usou de misericórdia para com
ele» (Lc 10,37).
A proposta de Jesus é clara: «Vai e faze tu o mesmo». Não é a conclusão teórica
do debate, e sim o convite a viver a realidade de amor, o qual é muito mais do
que um sentimento etéreo, pois se trata de um comportamento que vence as
descriminações sociais e que surge do coração da pessoa. São João da Cruz nos
recorda que «ao entardecer da vida te examinarão o amor».
Santo do Dia:Beato Francisco Xavier Seelos
Francisco Xavier Seelos nasceu no dia 11 de janeiro
de 1819 na Alemanha. Filho do casal Magno e Francisca, teve na família o grande
incentivo para sua vida de consagração a Deus.
Em 1842 abraçou o carisma da Congregação do Santíssimo Redentor, fundada por
Santo Afonso Maria de Ligório. Impressionado com as informações sobre a falta
de assistência religiosa e social aos imigrantes alemães nos Estados Unidos da
América do Norte, pediu para trabalhar como missionário aquele país.
Recebeu a ordenação sacerdotal na igreja de São Tiago de Baltimore em 1843,
dedicando todo o seu apostolado à causa dos imigrantes alemães naquele país.
Alguns meses depois foi transferido para Pittsburgo, na Pensilvânia, onde
trabalhou como vice-pároco de João Neumann, superior da comunidade dos
redentoristas.
Participou nas "Missões das Paróquias" em várias localidades, sempre
se distinguindo como grande pregador, bom confessor e zeloso pastor dos pobres
e marginalizados. O ponto fundamental do seu apostolado era o ensino da
catequese para o crescimento da comunidade paroquial. Cuidou também da formação
de outros redentoristas. Infundia nos seminaristas entusiasmo, espírito de
sacrifício e zelo apostólico.
Em 1866 contraiu a febre amarela. Ele suportou a enfermidade com paciência e
resignação, mas, por isto, foi obrigando a se afastar de quase todas as
atividades pastorais. Faleceu na noite de 04 de outubro de 1867.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: A disponibilidade e a sua natural amabilidade em
acolher e entender as necessidades dos fiéis, fizeram de Seelos um excelente
confessor e guia espiritual, tanto que muitas pessoas o procuravam, vindo até
de lugares distantes. Os fiéis o descreviam como um missionário com um eterno
sorriso nos lábios e de coração generoso, principalmente para com os carentes e
marginalizados.
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