Nossa Senhora de Fátima. Crédito: Igreja em Valladolid (CC BY-SA 2.0) REDAÇÃO CENTRAL, 14 out. 20 / 12:20 pm (ACI).- As principais aparições da Virgem Maria em Fátima (Portugal) aconteceram nos dias 13 de cada mês, um número com um grande significado que mostra a relação da Mãe de Deus com a salvação do mundo. Em uma artigo de National Catholic Register, o escritor e autor do livro “Fruits of Fatima – Century of Signs and Wonders”, Joseph Pronechen, indicou que os números têm um “grande significado e simbolismo parao povo judeu”. “Eram dados significados particulares aos números no Antigo Testamento que continuaram no Novo e foram mencionados pelos Padres da Igreja”, acrescentou. Pronechen ressaltou que o número 13 nas aparições da Virgem de Fátima tem uma conexão com a história bíblica de Ester, que foi considerada pelos Padres da Igreja “como uma representação da Santíssima Virgem Maria” no Antigo Testamento.Ester fazia parte dos exilados judeus na Pérsia, onde seu tio Mordecai, um servo diligente do rei, cuidava dela. O rei Assuero precisava de uma rainha e, de todas as mulheres, decidiu escolher Ester.“Ele amava Esther mais do que todas as outras mulheres; de todas as virgens, ela conquistou seu favor e devoção, então ele colocou a coroa real em sua cabeça e a fez rainha", sem saber que ela era judia, citou Pronechen em seu artigo.Hamã, que tinha ciúmes da posição de Mordecai, enganosamente conseguiu ser o braço direito do rei e decretou que no dia 13 do mês judaico de Adar todos os judeus no reino deveriam morrer. Pronechen indicou que, diante dessa sentença, Ester revela sua origem judaica e os planos de Hamã ao rei, o qual "ficou indignado com a transgressão, decretou morte ao vilão e deu a ordem para salvar os judeus". O dia 13, “dia em que os inimigos dos judeus esperavam ganhar poder sobre eles, tornou-se um dia em que os judeus ganharam poder sobre seus inimigos”, assinalou o escritor. Ester salvou seu povo. Eles viveram ”, acrescentou. Pronechen sublinhou que esta relação mostra que, na sua aparição em Fátima, a Virgem Maria “veio para salvar o seu povo, mostrando-lhes o caminho certo a seguir”. Além disso, destacou que na Enciclopédia Católica New Advent recorda-se que Ester "vem do hebraico que significa 'estrela' e 'felicidade'" e sublinhou que Irmã Lúcia dos Santos, uma das três videntes de Fátima, indicou ao Pe. Thomas McGlynn que a Virgem "sempre teve uma estrela em sua túnica". “O céu estava novamente fazendo a conexão para nos dizer que Maria viria a Fátima também para salvar seu povo e a Igreja do mal”, acrescentou. Indicou também que a Virgem nos orienta a rezar o Rosário, mensagem que se reflete especialmente durante a sua aparição em Fátima no dia 13 de outubro, mês que a Igreja dedica ao Santo Rosário, onde se identificou como Nossa Senhora do Rosário. O escritor destacou que em uma conversa entre Irmã Lúcia e alguns frades carmelitas, ela assinalou que “o escapulário e o Rosário são inseparáveis. O escapulário é um sinal de consagração a Nossa Senhora”. “Foi no século XIII que Nossa Senhora deu o Rosário a Santo Domingo. E foi novamente no século XIII que também deu a São Simão Stock o escapulário marrom”, indicou Pronechen. Por fim, destacou que a Virgem Maria conduz os fiéis à Sagrada Eucaristia, e suas aparições no dia 13 de cada mês têm relação com o Espírito Santo, ao ser treze pessoas no total, ela e os doze apóstolos, os que estiveram na vinda do Espírito Santo em Pentecostes. “O número '13' ligado a Fátima, direta ou indiretamente, é outra razão pela qual a mensagem e o significado de Fátima devem ser relevantes para nós”, concluiu. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
Naquele tempo, o Senhor disse:«Ai de vós, porque
construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os
mataram. Com isso, sois testemunhas e aprovais as ações de vossos pais, pois eles
mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de
Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão
ou perseguirão; por isso se pedirá conta a esta geração do sangue de todos os
profetas derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o
sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o Santuário. Sim, eu vos
digo: esta geração terá de prestar conta disso. Ai de vós, doutores da Lei,
porque ficastes com a chave da ciência!: vós mesmos não entrastes, e ainda
impedistes os que queriam entrar».
Quando Jesus saiu de lá, os escribas e os fariseus começaram a importuná-lo e a
provocá-lo em muitos pontos, armando ciladas para apanhá-lo em suas próprias
palavras.
«Construís
os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram»(Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
)-(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
Hoje o Evangelho nos fala do sentido, aceitação e
trato dado aos profetas: «Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e a alguns,
eles matarão ou perseguirão» (Lc 11,49).
São pessoas de diferente condição social ou religiosa, que tem recebido a
mensagem divina e tem se impregnado dela; impulsionadas pelo Espírito, o
expressam com signos ou palavras compreensíveis para seu tempo. É uma mensagem
transmitida através de discursos, nunca lisonjeiros, ou ações, quase sempre
difíceis de aceitar. Uma característica da profecia é sua incomodidade. O dom
resulta incômodo para aquele que o recebe, o esfolia internamente e, é molesto
para seu entorno, que hoje, graças à Internet ou aos satélites, pode se
estender ao mundo todo.
Os contemporâneos do profeta pretendem o condenar ao silêncio, o caluniam, o
desacreditam, assim até que morre. Chega então o momento de lhe erigir o
sepulcro e, de lhe organizar homenagens, quando já não incomoda. Não faltam
atualmente profetas que gozam de fama universal. A Madre Teresa, João XXIII,
Monsenhor Romero... Lembramo-nos daquilo que nos reclamavam e nos exigiam?
Aplicamos o que nos fizeram ver? A nossa geração se lhe pedirá contas sob a
capa de ozônio que destruiu, da desertificação que nossa dilapidação de água
causou, mas também do ostracismo que temos reduzido aos nossos profetas
Ainda há pessoas que se reservam para elas o direito de saber em exclusiva, que
o compartilham “no melhor dos casos” com os seus, com aqueles que lhe permitem
continuar no colo dos seus sucessos e da fama. Pessoas que fecham o passo aos
que tentam entrar nos âmbitos do conhecimento, não seja que talvez saibam tanto
quanto eles e os ultrapassem: «Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com
a chave da ciência! vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam
entrar».
Agora, como nos tempos de Jesus, muitos analisam frases e estudam textos para
desacreditar aos que incomodam com suas palavras: É esse nosso agir? «Não há
nada mais perigoso que julgar as coisas de Deus com os discursos humanos» (São
João Crisóstomo).
Com grande alegria lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada “Doutora da Igreja”: Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais.
Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila, onde viveu um período no
relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas
destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico.
Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor,
assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da
espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo.
Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual São João da Cruz, também
Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita.
Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou
aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou
pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para
todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos.
Provocou com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a
vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter
temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar
novas casas.
Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas,
principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da
Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”.
Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622
foi proclamada santa. O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta
e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas,
juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de
morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de
vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.
No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de
Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de
Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo
ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta
inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente
e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de
Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela
consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.
Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!
TJL@ - ACIDIGITAL.COM –
EVANGELI.NET- https://santo.cancaonova.com/santo/santa-teresa-de-avila
Nenhum comentário:
Postar um comentário