terça-feira, 13 de outubro de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 14. OUTUBRO. 2020

 

BOM DIA EVANGELHO

14 DE OUTUBRO DE 2020
Quarta-feira da 28ª semana do Tempo Comum

Peregrinação Internacional Aniversária de outubro/ Foto: Santuário de Fátima FATIMA, 13 out. 20 / 01:10 pm (ACI).- Neste dia 13 de outubro, o Santuário de Fátima, em Portugal, celebrou sua última Peregrinação Internacional Aniversária do ano, com um cenário muito distinto dos anos anteriores, com a presença de cerca de 4 mil peregrinos, devido às limitações impostas pela pandemia de Covid-19. Como forma de evitar a propagação do coronavírus, o Santuário precisou adotar medidas adicionais de segurança nesta Peregrinação Aniversária de outubro, limitando a presença de 6 mil pessoas no Recinto de Oração. Em sua mensagem aos peregrinos ao final da Peregrinação nesta terça-feira, o Bispo de Leiria-Fátima, Cardeal António Marto, classificou como “espetáculo de beleza e exemplo cívico, de fé cristã e de amor ao próximo” a presença dos que estiveram física e espiritualmente na Cova da Iria. “Parabéns pelo vosso testemunho forte da vossa fé. A devoção filial a Nossa Senhora e o fervor da vossa oração enchem todo este Recinto, com o calor do vosso amor a Deus e aos irmãos”, expressou. Esta Peregrinação Aniversária recorda a aparição da Virgem Maria aos pastorinhos de Fátima em 13 de outubro de 1917, quando aconteceu o milagre do solConforme indica o Santuário de Fátima, o Cardeal Marto evocou o “sinal belo” da última aparição que foi a visão que os pastorinhos tiveram de Nosso Senhor abençoando o mundo. Assim, destacou a Mensagem de Nossa Senhora como portadora da bênção e da paz para o mundo. “É uma bênção para levar ao nosso mundo, com a compaixão, a ternura, o carinho, o cuidado de uns pelos outros e, sobretudo, pelos mais frágeis e necessitados”, indicou. O Purpurado ainda lembrou todos os doentes e vítimas de Covid-19, bem como seus familiares, pelos quais rezou uma Ave Maria. Uma atitude necessária e responsável : A Peregrinação Internacional Aniversária deste mês de outubro no Santuário de Fátima foi presidida pelo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e Bispo de Setúbal, Dom José Ornelas, que ressaltou que as limitações no Santuário é uma “atitude necessária e responsável” frente à pandemia. "Todos sabemos que essa forma mais atenta e cuidada provém de uma atitude necessária e responsável perante os condicionalismos da pandemia que veio alterar radicalmente toda a vida da humanidade, sobretudo nos modos de relacionamento entre as pessoas”, afirmou o Prelado. “Trazemos a este santuário as dores nossas e da humanidade, pedindo luz e força para vencermos esta pandemia”, acrescentou. Na noite de segunda-feira, durante a Vigília, Dom Ornelas desafiou os cristãos a superar esta crise de forma a que todos “possam sair beneficiados, numa humanidade mais solidária e mais fraterna”. O Prelado declarou que “é possível e é necessário que nós colaboremos para que, desta travessia do deserto da pandemia, possa nascer uma humanidade que habite uma terra que seja casa comum, que seja terra para todos”. “Não permitamos que os mais débeis fiquem esquecidos nas suas dificuldades. Cresçamos na solidariedade, na criatividade, na busca de caminhos novos para um mundo novo, com os muitos problemas e oportunidades que temos diante. Se assim fizermos, guiados pelo Espírito do Senhor e imitando as atitudes da Mãe Maria, sairemos desta crise com mais vida e possibilidade de enfrentar os desafios que o futuro nos apresenta”, expressou.

Oração: Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Evangelho (Lc 11,42-46)

Naquele tempo, o Senhor disse: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro assento nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças. Ai de vós, porque sois como túmulos que não se vêem, sobre os quais as pessoas andam sem saber». Um doutor da Lei tomou a palavra e disse: «Mestre, falando assim, insultas também a nós!». Jesus respondeu: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!».

«Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo» (+ Rev. D. Joaquim FONT i Gassol) (Igualada, Barcelona, Espanha)

Hoje o Divino Mestre dá-nos algumas lições: entre elas, fala-nos dos dízimos e também da coerência que devem ter os educadores (pais, mestres e todo cristão apóstolo). No Evangelho segundo São Lucas da Missa de hoje, o ensino aparece de maneira mais sintética, mas nas passagens paralelas de Mateus (23,1ss.) é bastante extenso e concreto. Todo o pensamento do Senhor conclui em que a alma de nossa atividade deve de ser a justiça, a caridade, a misericórdia e a fidelidade (cf. Lc 11,42).
Os dízimos no Antigo Testamento e nossa atual colaboração com a Igreja, segundo as leis e os costumes, vão na mesma linha. Mas dando o valor da lei obrigatória às pequenas coisas—como o faziam os Mestres da Lei— é exagerado e fadigoso: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!» (Lc 11,46).
É verdade que as pessoas que afinam tem delicadezas de generosidade. Tivemos vivências recentes de pessoas que da colheita trazem para a Igreja —para o culto e para os pobres— 10% (o dízimo); outros que reservam a primeira flor (as primícias), o melhor fruto do seu horto; ou também oferecem a mesma quantia que gastaram na viagem de lazer ou de férias; outros trazem o produto preferido do seu trabalho, tudo isso com o mesmo fim. Adivinha-se ai assimilado, o espírito do Santo Evangelho. O amor é engenhoso; das coisas pequenas obtém alegrias e méritos perante Deus.
O bom pastor passa na frente do rebanho. Os bons pais são modelo: o exemplo arrasta. Os bons educadores esforçam-se em viver as virtudes que ensinam. Isso é a coerência. Não só com um dedo, senão com a mão toda: Vida de Sacrário, devoção à Virgem, pequenos serviços no lar, difundir bom humor cristão... «As almas grandes dão-se conta das pequenas coisas» (São Josemaria).

São Calisto I

Os Papas da Igreja são por excelência os Príncipes do Cristianismo, e hoje lembramos um dos Príncipes da Fé que mais se destacou entre os primeiros Papas: São Calisto I. Filho de uma humilde família romana, nasceu em 160. Administrador dos negócios de um comerciante, Calisto passou por grandes dificuldades, pois algo saiu de errado no trabalho, chegando a ser flagelado e deportado para a ilha da Sardenha, onde como condenação enfrentou trabalhos forçados nas minas, juntamente com cristãos condenados por motivos de fé. Sem dúvida, com a convivência com os cristãos que enfrentavam o martírio, pois o Cristianismo era considerado religião ilegal, Calisto decidiu seguir a Jesus. Mais tarde muitos cristãos foram resgatados do exílio e a comunidade cristã o libertou. O Santo de hoje colaborou com o Papa Vítor e depois como diácono ajudou o Papa Zeferino em Roma, pois assumiu, com muita sabedoria, a administração das catacumbas, na Via Ápia, que eram aqueles cemitérios cristãos, que se encontravam no subsolo por motivos de segurança, e também serviam para celebrações litúrgicas, além de guardar para a ressurreição os corpos dos mártires e dos primeiros Papas. Com a morte do Papa Zeferino, o Clero e o povo elegeram Calisto como o sucessor deste, apesar de sua origem escrava. Foi perseguido, caluniado e morreu mártir, quando acabou condenado ao exílio. Segundo a tradição mais segura, morreu numa revolta popular contra os cristãos e foi lançado a um poço. Durante os seis anos de pastoreio zeloso e santo, São Calisto I condenou a doutrina que se posicionava contra a Santíssima Trindade. Até o seu martírio defendeu a Misericórdia de Deus, que se expressa pela Igreja, que perdoa os pecados dos que cumprem as condições de penitência, assim, combatia Calisto os rigoristas que condenavam os apóstatas adúlteros e homicidas.

São Calisto I, rogai por nós!

TJL@-ACIDIGITAL.COM – CANÇAONOVA.COM – EVANGELI.NET

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