Isabel Cristina Mrad Campos e Ir. Roberto Giovanni / Fotos: Wikipedia - Congregação dos Estigmatinos - REDAÇÃO CENTRAL, 28 out. 20 / 10:39 am (ACI).- O Papa Francisco autorizou a publicação de novos decretos pela Congregação para as Causas dos Santos, entre os quais estão incluídos os de dois brasileiros: o reconhecimento do martírio da Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos e das virtudes heroicas do Servo de Deus Roberto Giovanni.
Isabel Cristina: Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG), em uma família católica, filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. De acordo com informações da Arquidiocese de Mariana, era “sensível, sobretudo com os mais pobres, idosos e crianças, o que certamente aprendeu na família, que era vicentina”, sendo o seu pai presidente do Conselho Central de Barbacena. Em 1982, mudou-se para Juiz de Fora a fim de frequentar um curso pré-vestibular para ingressar na faculdade de medicina, pois sonhava em ser pediatra para ajudar crianças carentes. Como todo jovem, assinala a Arquidiocese, “estudava, namorava, participava de festas”, mas “tinha uma vida de oração”. Naquele mesmo ano, a jovem preparava um pequeno apartamento para onde havia se mudado com seu irmão, Paulo Roberto. No dia 1º de setembro, um homem que foi para montar um guarda-roupa tentou violentá-la, mas Isabel resistiu para manter sua castidade. Diante da resistência da jovem, o homem lhe deu uma cadeirada na cabeça, amarrou a moça, amordaçou e rasgou suas roupas. Como a jovem não cedeu, o agressor lhe deu 15 facadas, matando-a. Devido ao modo como morreu e, sobretudo, pela forma como viveu – indica a Arquidiocese mineira – “algumas pessoas tiveram a iniciativa de entrar com o pedido de um processo para sua beatificação” e o processo foi instalado em 2001. Como Isabel Cristina foi batizada e recebeu a primeira comunhão na Matriz da Piedade, em Barbacena, e também pela ligação afetiva de seus pais com a paróquia, decidiu-se que seus restos mortais deveriam ficar no Santuário da Piedade.
Ir. Roberto Giovanni: Irmão professo da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos), Roberto Giovanni nasceu em 16 de março de 1903, em Rio Claro (SP). Era o quinto dos treze filhos de Paschoal Giovanni e Severina Padula, imigrantes italianos. Foi batizado em 21 de julho de 1903 e crismado em 1909. Fez sua Primeira Comunhão em 19 de setembro de 1915. Todos os três sacramentos foram administrados na Matriz de São João Batista. Estudou em sua cidade natal, onde atuou como guarda-livros e contador. Além disso, destacou-se por seu trabalho junto aos Vicentinos. Entretanto, relata o site da Congregação dos Estigmatinos, “com mais de vinte anos de idade decidiu abraçar a vida religiosa, entrando para o seminário”. Após alguns anos de estudo, ao ingressar no noviciado, decidiu ser irmão coadjutor e não sacerdote. Sua profissão ocorreu em 16 de setembro de 1931, na Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos). Em 1939, foi transferido para Casa Branca (SP), onde viveu maior parte de sua vida e, por mais de meio século, desenvolveu “um apostolado inteiramente voltado à caridade”. “Rigoroso consigo próprio, transbordante de amor para com os outros, ele se dedicou aos trabalhos domésticos, ao serviço paroquial e ao Santuário Nossa Senhora do Desterro, à assistência espiritual ao povo, principalmente aos pobres e doentes. Sua amabilidade e simplicidade atraíam a todos simples ou doutos”, assinalam os Estigmatinos. Ir. Roberto Giovanni dedicou especial atenção aos órfãos, crianças carentes, idosos, enfermos, pobres, presidiários, fracos e migrantes, orando por eles, assistindo-os material e espiritualmente e levando a Sagrada Eucaristia aos acamados, ininterruptamente, por anos. Em novembro de 1993, já enfermo, Ir. Roberto se mudou para Campinas, onde passou a morar na casa de repouso dos Padres e Irmãos Estigmatinos. Faleceu em 11 de janeiro de 1994, aos 90 anos. A população de Casa Branca quis que seu corpo fosse sepultado no mesmo Santuário onde serviu durante anos. Assim, Ir. Roberto foi sepultado ao lado do altar-mor, no lugar exato onde, em vida, costumava rezar.
Evangelho (Lc 13,31-35)
Naquela hora, alguns fariseus
aproximaram-se e disseram a Jesus: Sai daqui, porque Herodes quer te matar. Ele
disse: Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã;
e no terceiro dia chegarei ao termo. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã
e depois de amanhã, pois não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram
enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os
pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! Vede, vossa casa ficará
abandonada. Eu vos digo: não mais me vereis, até que chegue o tempo em que
digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.
«Jerusalém, Jerusalém! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, mas não quiseste!» (Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez )-(Barcelona, Espanha)
Hoje podemos admirar a firmeza
de Jesus no cumprimento da missão encomendada pelo Pai do céu. Ele não se
deteve por nada: Eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã (Lc 13,32). Com
esta atitude, o Senhor marcou a pauta de conduta que ao longo dos séculos
seguiriam os mensageiros do Evangelho ante as persecuções: não dobrar-se ante o
poder temporário. Santo Agostinho disse que, em tempo de persecuções, os
pastores não devem abandonar os fiéis: nem os que sofrerão o martírio nem os
que sobreviverão como o Bom Pastor, que quando vê que vem o lobo, não abandona
o rebanho, senão que o defende. Mas visto o fervor com que todos os pastores da
Igreja se dispunham a derramar o seu sangue, indica que o melhor será jogar a
sorte quem dos clérigos se entregarão ao martírio e quais se porão a salvo para
logo cuidarem dos sobreviventes.
Na nossa época, com freqüência, nos chegam notícias de persecuções religiosas,
violências tribais ou revoltas étnicas em países do Terceiro Mundo. As
embaixadas ocidentais aconselham aos seus concidadãos que abandonem a região e
repatriem o seu pessoal. Os únicos que permanecem são os missioneiros e as
organizações de voluntários, porque para eles pareceria uma traição abandonar
os seus em momentos difíceis.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram
enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os
pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! (Lc 13,34-35). Esse lamento do
Senhor produz em nós, os cristãos do século XXI, uma tristeza especial, devido
ao sangrento conflito entre judeus e palestinos. Para nós, essa região do
Próximo Oriente é a Terra Santa, a terra de Jesus e de Maria. E o clamor pela
paz em todos os países deve ser mais intenso e sentido pela paz em Israel e
Palestina.
A tradição da Igreja conta-nos que São Narciso foi
eleito bispo com quase cem anos de idade e administrou a diocese de Jerusalém
até a idade de 116 anos. A lembrança que se guardou dele é a de um homem
austero, penitente, humilde, simples e puro.
Fez um trabalho tão admirável, amando os pobres e doentes. Presidiu o Concílio
onde se decidiu que a Páscoa devia cair no domingo. Conta-se que foi também na
véspera de uma festa de Páscoa, que Narciso transformou água em azeite para
acender as lamparinas da igreja que estavam secas.
Narciso foi caluniado, sob juramento, por três homens e embora perdoasse seus
detratores, o inocente Bispo preferiu se retirar para o isolamento de um
deserto. Segundo a história os caluniadores sofreram terríveis castigos. Depois
de algum tempo Narciso reapareceu e foi aclamado novamente como bispo da cidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão:
Rezemos
hoje pelos bispos de nossas dioceses, para que mantendo-se fiéis aos
ensinamentos de Jesus Cristo, conservem unidos o rebanho ao seu pastor. Peçamos
ao bom Deus que esclareça as mentes de nossos coordenadores e que iluminados
pelo Espírito eles sejam sinal de unidade do Povo de Deus.
TJL@ - A12.COM – EVANGELI.NET- ACIDIGITAL.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário