Pe. Luiz Carlos Lodi / Crédito: Canal Youtube Pro-vida e pro-família de Anápolis SÃO PAULO, 08 out. 20 / 02:10 pm (ACI).- A Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota por meio da qual repudia a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (SFT) que não acolheu o recurso e confirmou uma decisão que havia condenado Padre Luiz Carlos Lodi, por ter impetrado um habeas corpus a fim de impedir que fosse realizado um aborto. A recente decisão do STF diz respeito a um caso ocorrido em outubro de 2005, quando o sacerdote da Diocese de Anápolis (GO) impetrou o habeas corpus para impedir que uma gestante levasse adiante o procedimento de aborto autorizado pela Justiça de um feto diagnosticado com a síndrome de Body Stalk, doença caracterizada pelo cordão umbilical curto e a não possibilidade de fechamento da parede abdominal, promovendo a exposição dos órgãos. Em 2008, a mulher entrou na Justiça e, em 2016, por decisão do Superior Tribunal de Justiça, o sacerdote foi condenado a pagar indenização de R$398 mil. Em agosto deste ano, o STF não acolheu o recurso, o processo tramitou em julgado, esgotando as possibilidades de novas apelações. “Esta absurda condenação leva a um verdadeiro caos jurídico”, afirma a nota publicada pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1, que engloba o estado de São Paulo. Nesse sentido, recorda que Pe. Lodi “havia apresentado o habeas corpus, frente a uma decisão de primeira instância que havia autorizado o aborto” e que este mesmo “foi aceito pelo desembargador Aluísio Ataídes da Silva, suspendendo a autorização do aborto”. “Tudo isto dentro dos normais e trâmites legais”, ressalta. Entretanto, “ao invés de questionar o desembargador, considerou-se que o padre deveria ser processado e condenado a indenizar a família por ter consultado a justiça”. Trata-se, conforme indica a Comissão, de “uma completa inversão das regras e dos valores que regem a instrução de um processo”. Assim, completa, “com esta absurda condenação podemos entender que recorrer à justiça pode ser crime”. Segundo a Comissão em Defesa da Vida, “a condenação do Pe. Lodi não somente não encontra nenhuma justificativa no nosso ordenamento jurídico, mas abre perigosamente as portas a julgamentos preconceituosos contra a liberdade de consciência e religiosa que a Constituição garante a todo brasileiro”. “Será que com isto o STF quer dar início a uma nova inquisição contra os valores da moral natural, que defende a justiça no relacionamento entre os membros da sociedade e, o respeito pela vida humana desde a concepção até o seu término natural?”, questiona. Por fim, expressa que, “diante destes fatos que enaltecem a correta conduta do sacerdote, procurando salvar vidas e, todas as vidas, como nosso Senhor Jesus Cristo nos pediu, manifestamos a nossa total solidariedade ao Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, corajosamente coerente com sua postura em favor da vida, defendendo todo ser humano, a partir dos totalmente indefesos que são os nascituros”. Após a decisão do STF, Pe. Luiz Carlos Lodi declarou à ACI Digital que, de modo pessoal, isso teria pouca importância para ele. Entretanto, ressaltou que é preocupante o fato de “criar um precedente”. “Para mim, pessoalmente, essa decisão tem pouca importância, pois vão querer tirar o dinheiro que não tenho. Vão querer fazer um inventário dos meus bens e os únicos bens que tenho são livros”, disse. Porém, indicou, esta decisão gera ainda um “precedente muito ruim, porque instaurou uma perseguição contra a Igreja Católica”. “Este caso coloca como oficial que não se pode defender a vida em nome da fé que se professa, mesmo que usando os meios legais para isso”, advertiu o sacerdote que segue com seu trabalho em defesa da vida.
Evangelho (Lc 11,15-26)
Naquele tempo, depois de que
Jesus expulsou um demônio, alguns disseram: É pelo poder de Beelzebu, o chefe
dos demônios, que ele expulsa os demônios. Outros, para tentar Jesus,
pediam-lhe um sinal do céu.
Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: Todo reino dividido
internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra. Ora, se até Satanás
está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que
é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios. Se é pelo poder de
Beelzebu que eu expulso os demônios, pelo poder de quem então vossos discípulos
os expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. Mas, se é pelo dedo de
Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda o próprio terreno, seus bens estão
seguros. Mas, quando chega um mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a
armadura em que confiava e distribui os despojos. Quem não está comigo é contra
mim; e quem não recolhe comigo, espalha. Quando o espírito impuro sai de
alguém, fica vagando por lugares áridos, à procura de repouso. Não o
encontrando, diz: Vou voltar para minha casa de onde saí. Chegando aí, encontra
a casa varrida e arrumada. Então ele vai e traz outros sete espíritos piores do
que ele, que entram e se instalam aí. No fim, o estado dessa pessoa fica pior
do que antes.
«Alguns disseram: É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios» (Rev. D. Josep PAUSAS i Mas(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje, contemplamos comovidos
como Jesus é ridiculamente culpado de expulsar demônios: É pelo poder de
Beelzebul, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios (Lc 11,15). É
difícil imaginar um bem maior, expulsar, afastar das almas ao diabo, o
instigador do mal e, ao mesmo tempo, escutar a acusação mais grave fazê-lo,
precisamente, pelo poder do próprio diabo. É realmente uma incriminação
gratuita, que manifesta muita cegueira e inveja por parte dos acusadores do
Senhor. Hoje em dia, também, sem perceber, eliminamos de raiz o direito que os
outros têm a discrepar, a serem diferentes e, a terem suas próprias posições
contrárias e, incluso, opostas às nossas.
Quem o vive fechado em um dogmatismo político, cultural ou ideológico,
facilmente menospreza ao que discrepa, desqualificando todo seu projeto e
negando-lhe competência e, inclusive honestidade. Em tal caso, o adversário
político ou ideológico transforma-se no inimigo pessoal. O confronto degenera
em insulto e agressividade. O clima de intolerância e mútua exclusão violenta
pode, então, nos conduzir à tentação de eliminar de alguma maneira a quem se
nos apresenta como inimigo.
Nesse clima é fácil justificar qualquer atentado contra pessoas, inclusive, os
assassinatos, se o morto não é dos nossos. Quantas pessoas sofrem hoje com esse
ambiente de intolerância e rechaço mútuo que frequentemente se respira nas
instituições públicas, nos locais de trabalho, nas assembleias e confrontos
políticos!
Entre todos devemos criar as condições e um clima de tolerância, respeito mútuo
e confronto leal no qual seja possível ir achando caminhos de diálogo. Os
cristãos, longe de endurecer e sacralizar falsamente nossas posições
manipulando a Deus e identificando-o com nossas próprias posturas, devemos
seguir a este Jesus que quando seus discípulos pretendiam que impedisse que
outros expulsaram demônios em nome dele, os corrigiu dizendo-lhes: Não o
proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor(Lc 9,50). Todo o
inumerável coro de pastores reduz-se ao Corpo de um só Pastor (Santo
Agostinho).
São Dionísio foi durante muito tempo venerado como
único padroeiro de França, até surgir Santa Joana D'Arc para dividir com ele a
grande devoção cristã do povo deste país. De origem italiana, ele era um jovem
missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália no século
III. Formou então a primeira comunidade católica no território da atual França.
Teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como
"Colina do Mártir", onde hoje em dia temos uma grande abadia. Durante
muito tempo houve alguma confusão sobre a figura de Dionísio, pois temos outros
dois santos com este nome.
Não bastante toda esta confusão, São Dionísio segue sendo aclamado pela mais
antiga tradição cristã francesa. Nas estórias que cercam as atas antigas dos
martírios cristãos encontra-se a surpreendente narração do martírio de São
Dionísio: diz a tradição que o mártir carregou a própria cabeça decepada até o
local onde deveria ser enterrado.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:A imaginação humana
enfeita com fatos miraculosos a vida dos mártires do primeiro século,
atribuindo histórias admiráveis homens e mulheres que entregaram a vida pelo
amor a Jesus Cristo. Certamente o mais importante não são estes fatos
incríveis, mas a entrega total da vida no seguimento de Jesus, nosso Redentor.
São Dioníso soube ser um verdadeiro discípulo.
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