Padre
Juan Gilabert Jofré
REDAÇÃO CENTRAL, 12 out. 20 / 09:00 am (ACI).- Ao presenciar uma cena na qual batiam em um
doente mental, o sacerdote mercedário Pe. Jofré o defendeu e começou um trabalho
que culminou na construção do primeiro hospital psiquiátrico do mundo, na
cidade de Valência (Espanha).
Pe. Juan Gilabert Jofré nasceu em Valência, em 1350. Desde
criança, sentiu o chamado a ser religioso, mas para agradar seus pais, estudou
Direito Civil e Canônico, em Lérida. Durante seu tempo universitário, conheceu
São Vicente Ferrer que estudava Teologia lá.
Em 1369, retornou a Valência e começou a viver uma intensa vida espiritual, comungando com frequência,
visitando os pobres e participando da Missa todos
os dias. Entrou na Ordem das Mercês, no ano de 1370.
Depois, mudou-se para Valência e foi nesta cidade que Pe. Jofré
realizou uma das obras mais importantes e pela qual será recordado: a criação
do primeiro hospital psiquiátrico no mundo ocidental.
Em uma sexta-feira, 24 de fevereiro de 1409, Pe. Jofré estava saindo do convento da Praça da Mercê para a catedral. No caminho, provavelmente na rua Martín Mengod, antiga Platerías, perto da igreja de Santa Catarina, um forte alvoroço chamou sua atenção. Alguns jovens batiam e zombavam de um homem perturbado, gritando para ele: "louco, louco!". O sacerdote se colocou entre os agressores e o agredido, protegeu o homem e levou-o para a residência mercedária, onde lhe concedeu abrigo e pediu que cuidassem de suas feridas. Padre Jofré defendendo um demente. Por Joaquín Sorolla (1887)
Lá, começou a pedir caridade com os doentes mentais e a promover
a criação de um hospital para essas pessoas. A iniciativa chegou aos ouvidos do
Papa Bento XIII, que autorizou o hospital em uma bula de 16 de maio de 1410, na
qual o centro deveria estar sob a invocação dos Santos Mártires Inocentes.
Em 1º de junho de 1410, fundou-se o Hospital dos Inocentes para
acolher os doentes mentais, pobres e crianças abandonadas. A capela do hospital
foi dedicada à devoção de Nossa Senhora dos Desamparados, que depois seria a
padroeira de Valência.
Este foi o primeiro hospital do mundo a fornecer aos doentes
mentais um tratamento médico hospitalar e uma residência onde morar. Depois,
tornou-se o atual Hospital Universitário de Valência (Espanha).
Pe. Jofré se juntou a São Vicente Ferrer na evangelização de
muçulmanos em Múrcia, Valência, Salamanca e Itália, e em outras missões de
evangelização, até que, em 1417, retornou ao mosteiro mercedário de Nossa
Senhora de Puig, onde faleceu assim que chegou. Era 18 de maio de 1417.
Em 1585, o corpo foi analisado e considerado incorrupto e
flexível. Infelizmente, sua devoção declinou e no século XIX começou o processo
de canonização, que foi retomado mais tarde no século XX. Finalmente, em 1996,
foi reaberto e a fase diocesana foi concluída em 2007, e depois enviada para
Roma.
Evangelho (Lc 11,37-41)
Naquele
tempo, enquanto Jesus estava falando, um fariseu o convidou para jantar em sua
casa. Jesus foi e pôs-se à mesa. O fariseu ficou admirado ao ver que ele não
tinha feito a lavação ritual antes da refeição. O Senhor disse-lhe: Vós,
fariseus, limpais por fora o copo e a travessa, mas o vosso interior está cheio
de roubos e maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o
interior? Antes, dai em esmola o que está dentro, e tudo ficará puro para vós.
«Antes, dai em esmola o que está dentro, e tudo ficará puro para vós» (Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez )(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, o
evangelista situa a Jesus num banquete: Um fariseu rogou-lhe que fora a comer
com ele (Lc 11,37). A boas horas teve tal ocorrência! Que cara deveu pôr o
anfitrião quando o convidado saltou a norma ritual de se lavar (que não era um
preceito da Lei, senão da tradição dos antigos rabinos) e além disso lhes
censurou categoricamente a ele e ao seu grupo social. O fariseu não acertou no
dia e, o comportamento de Jesus, como dizemos hoje, não foi politicamente
correto.
Os evangelhos mostram-nos que ao Senhor lhe importava pouco o que dirão e o
politicamente correto; por isso, pese a quem pese, ambas coisas não devem ser
norma de atuação de quem se considere cristão. Jesus condena claramente a
atuação própria da dupla moral, a hipocrisia que procura conveniência ou o
engano: Vós, fariseus, limpais por fora o copo e a travessa, mas o vosso
interior está cheio de roubos e maldades (Lc 11,39). Como sempre, a Palavra de
Deus nos interpela sobre usos e costumes de nossa vida quotidiana, na que
acabamos convertendo em valores ciladas que tentam dissimular os pecados de
soberbia, egoísmo e orgulho, numa tentativa de globalizar a moral no
politicamente correto, para não destoar e não ficar marginados, sem que importe
o preço a pagar, nem como enegreçamos nossa alma, pois, afinal de contas, todo
mundo o faz.
Dizia São Basilio que de nada deve fugir o homem prudente tanto como de viver
segundo a opinião dos demais. Se somos testemunhas de Cristo, temos de saber
que a verdade sempre é e será verdade, ainda que chovam chuços. Esta é nossa
missão no meio dos homens com quem compartilhamos a vida, tentando nos manter
limpos segundo o modelo de homem que Deus nos revela em Cristo. A limpeza do
espírito passa acima das formas sociais e, se em algum momento surge-nos a
dúvida, lembre-se que os limpos de coração verão a Deus. Que a cada um escolha
o objetivo de sua mirada para toda a eternidade.
Filho do
rei Etelfredo II e neto do rei também santo, "Eduardo o mártir", São
Eduardo III tornou-se também rei da Inglaterra. Editou leis que passaram para
história como "as leis de Santo Eduardo". Ao subir no trono, foi
obrigado a casar-se. Sua esposa se chamava Edite Godwin, filha de um barão que
se mostrava favorável,mas depois revelou-se como grande opositor, pois, dando
sua filha em casamento planejava tirar vantagens do reinado da Inglaterra. Mas
o casal tornou-se profundamente amigos, oravam juntos e não tiveram
filhos,pois, de comum acordo, conservaram-se em perfeita castidade. Conhecido
como "administrador justo e generoso" e "o bom rei" São
Eduardo soube utilizar-se de uma fortuna não apenas para regalias mas muito
mais, melhorar as condições de vida de seu povo, principalmente dos mais
humildes. Restaurou a Abadia de Westminster sem jamais empregar a força e sim
em concessões pacíficas,dizendo; " Não desejo obter um reino a custa
de sangue humano". Em vida, fez vários milagres e sua festa é celebrada
hoje e não na data de sua morte, pois passaram a comemorá-la no dia do traslado
de seu corpo e que ocorreu neste dia, para a igreja de São Tomás de Canterbury,
venerado por sua piedade e intenso espírito de caridade.
TJL@
ACIDIGITAL.COM – EVANGELI.NET - https://www.nossasagradafamilia.com.br/
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