Sede das Nações Unidas em Genebra, Suíça / Crédito: Unsplash WASHINGTON DC, 23 out. 20 / 11:25 am (ACI).- Na quinta-feira, os Estados Unidos foram o anfitrião da cerimônia de assinatura da “Geneva Consensus Declaration” (Declaração de Consenso de Genebra), um documento histórico que rachaça a afirmação de que o aborto é um direito humano internacional. “Hoje deixamos um marco claro; as agências da ONU não podem mais reinterpretar e interpretar erroneamente a linguagem acordada sem render contas”, disse o secretário de Serviços Humanos e de Saúde (HHS) dos Estados Unidos, Alex Azar, durante a cerimônia em 22 de outubro. “Sem desculpas, afirmamos que os governos têm o direito soberano de fazer suas próprias leis para proteger a vida de inocentes e de redigir seus regulamentos sobre o aborto”, acrescentou Azar. Disse também que, “ao assinar a declaração hoje, os Estados Unidos têm a honra de estar ao lado de Brasil, Egito, Hungria, Indonésia e Uganda, os co-patrocinadores inter-regionais da declaração”. Um total de 32 países assinaram a declaração, representando mais de 1,6 bilhão de pessoas. Azar classificou a assinatura como o "ponto alto" de sua passagem pela chefia do departamento e assinalou que os países que ainda não assinaram o documento ainda podem fazê-lo. "A Declaração de Consenso de Genebra é um documento histórico, que estabelece claramente nossa posição como nações sobre a saúde das mulheres, a família, a honra à vida e a defesa da soberania nacional", disse Azar, classificando-a de "muito mais do que uma declaração de crenças”. “É uma ferramenta crítica e útil para defender esses princípios em todos os organismos das Nações Unidas e em todos os entornos multilaterais, utilizando uma linguagem previamente acordada pelos estados membros desses organismos”, explicou. A declaração foi escrita parcialmente em resposta a uma "tendência inquietante" nas Nações Unidas, disse. “Cada vez mais, algumas nações ricas e agências da ONU em dívida com elas afirmam erroneamente que o aborto é um direito humano universal”, acrescentou. Azar disse que essas políticas têm o efeito de obrigar os países a implementar leis de aborto "progressivas" ou enfrentar a perda de financiamento ou prestígio internacional. Acusou algumas nações de ter “um enfoque míope em uma agenda radical que é ofensiva para muitas culturas e inviabiliza o acordo sobre as prioridades de saúde das mulheres”. A coalizão de países signatários "responsabilizará as organizações multilaterais", explicou, ao denunciar essas organizações por "promoverem posições que jamais poderão obter consenso". “Declararemos inequivocamente que não existe um direito internacional ao aborto. Com orgulho, colocaremos a saúde da mulher em primeiro lugar em cada etapa da vida”, assinalou. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, também falou na cerimônia e classificou a declaração como um "compromisso profundo e pessoal para proteger a dignidade humana" e "a culminação de muito trabalho árduo". Pompeo destacou a "defesa sem precedentes dos nascituros no estrangeiro" por parte do governo Donald Trump e disse que "os Estados Unidos defenderam a dignidade da vida humana em todos os lugares e sempre" durante os últimos quatro anos. “É histórico estar aqui. É a primeira vez que se cria uma coalizão multilateral em torno do tema da defesa da vida”, afirmou. A Declaração de Consenso de Genebra, disse Pompeo, é um "compromisso de trabalharmos juntos na ONU e em outros cenários internacionais para alcançar resultados tangíveis", algo que ele "confia" que acontecerá. Acrescentou que estava "verdadeiramente orgulhoso" do trabalho que estava sendo feito. Valerie Huber, Representante Especial para a Saúde Global da Mulher no HHS dos Estados Unidos, apresentou os antecedentes da declaração. A declaração, explicou Huber, estava destinada a ser assinada na conclusão da cúpula global da saúde da mulher da Assembleia Mundial da Saúde, que foi cancelada devido à pandemia Covid-19. “Decidimos seguir em frente com a declaração agora, porque acelerar os avanços em saúde para as mulheres não pode esperar”, disse. “Apoiar o valor intrínseco da família não pode esperar. A proteção da vida, nascida e não nascida, e a soberania das nações para fazerem suas próprias leis sobre o assunto não podem esperar”, concluiu. Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
Evangelho (Lc 13,10-17)
Naquele tempo, Jesus estava ensinando numa sinagoga, num dia de sábado. Havia aí uma
mulher que, dezoito anos já, estava com um espírito que a tornava doente. Era
encurvada e totalmente incapaz de olhar para cima. Vendo-a, Jesus a chamou e
lhe disse: «Mulher, estás livre da tua doença». Ele impôs as mãos sobre ela,
que imediatamente se endireitou e começou a louvar a Deus.
O chefe da sinagoga, porém, furioso porque Jesus tinha feito uma cura em dia de
sábado, se pôs a dizer à multidão: Há seis dias para trabalhar. Vinde, pois,
nesses dias para serdes curados, mas não em dia de sábado. O Senhor
respondeu-lhe: «Hipócritas! Não solta cada um de vós seu boi ou o jumento do
curral, para dar-lhe de beber, mesmo que seja em dia de sábado? Esta filha de
Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não devia ser libertada dessa
prisão, mesmo em dia de sábado?». Essa resposta envergonhou todos os inimigos
de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
«O chefe da
sinagoga, porém, furioso porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado»
Rev. D. Francesc JORDANA i Soler(Mirasol, Barcelona, Espanha)
Hoje, vemos a Jesus realizar
uma ação que proclama seu messianismo. E ante ela o chefe da sinagoga se
indigna e repreende as pessoas para que não venham curar-se em dia de sábado:
Mas o chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse ao
povo: «São seis os dias em que se deve trabalhar; vinde, pois, nestes dias para
vos curar, mas não em dia de sábado» (Lc 13,14).
Eu gostaria que nos concentrássemos na atitude deste personagem. Sempre me
surpreendeu que, diante de um milagre evidente, alguém seja capaz de fechar-se
de tal modo que o que Ele viu, não lhe afeta no mais mínimo. É como se não
tivesse visto o que acabava de ocorrer e o que isso significa. O motivo está na
vivência equivocada das mediações que muitos judeus tinham naquele tempo. Por
diferentes motivos - antropológicos, culturais, desígnio divino- é inevitável
que entre Deus e o homem haja umas mediações. O problema é que alguns judeus
fazem da mediação um absoluto. De maneira que a mediação não lhes põe em
comunicação com Deus, e sim, ficam na sua própria mediação. Esquecem que são os
últimos e ficam no meio. Dessa maneira não pode comunicar-lhes suas graças,
seus dons, seu amor e, portanto sua experiência religiosa não enriquecerá sua
vida.
Tudo isso lhes conduz a uma vivência rigorosa da religião, a encerrar seu deus
em uns meios. Fazem um deus sob medida e não o deixam entrar em suas vidas. Na
sua religiosidade acham que tudo está solucionado se cumprem com algumas
normas. Compreende-se assim a reação de Jesus: «Hipócritas!, disse-lhes o
Senhor. Não desamarra cada um de vós no sábado o seu boi ou o seu jumento da
manjedoura, para os levar a beber?»(Lc 13,15). Jesus descobre a falta de
sentido dessa equivocada vivência do sabath.
Esta palavra de Deus deveria nos ajudar a examinar nossa vivência religiosa e
descobrir se realmente as mediações que utilizamos nos põe em comunicação com
Deus e com a vida. Somente desde a correta vivência das mediações podemos
entender a frase de Santo Agostinho: «Ama e faz o que queiras».
No atual Anuário dos Papas encontramos Evaristo em
pleno comando da Igreja católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era
o início da era cristã e poucos são os registros sobre ele. Somente encontramos
algumas indicações sobre sua vida nas obras de Irineu e Eusébio, escritores dos
inícios do cristianismo.
Evaristo era grego e foi formado na Antioquia. Em Roma ocupou o cargo de papa
como sucessor de Clemente. Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais
incentivou o crescimento das lideranças nas comunidades, ordenando pessoalmente
muitos padres, bispos e diáconos.
Atribui-se a Evaristo a divisão de Roma em “títulos” ou paróquias com um padre
encarregado delas. Esses títulos são o embrião dos futuros títulos dos
cardeais-presbíteros ou padres. Também teria ordenado que os bispos pregassem
sempre na presença de diáconos, náo só pela solenidade, mas para ter quem
pudesse atestar sobre o que o bispo tinha pregado.
Papa Evaristo morreu em 107. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria
sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Adriano, e que depois
seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: Muitos dos papas da
Igreja foram exemplos de santidade e respeito pelo povo de Deus. Evaristo
destacou-se pelo carinho com que dirigiu as primeiras comunidades cristãs,
sendo ele próprio um pastor zeloso e preocupado pessoalmente com a
evangelização do fiéis. Rezemos também hoje por nosso atual pontífice.
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