REDAÇÃO
CENTRAL, 01 out. 20 / 07:00 am (ACI).- No mês de
outubro, a Igreja celebra o mês do Santo
Rosário, uma oração querida por muitos santos ao longo da história e divulgada
por São Domingos de Gusmão a pedido da Santíssima Virgem
Maria.
Segundo a história, antigamente romanos e gregos costumavam
coroar com rosas as imagens que representavam os
seus deuses, como símbolo da oferta dos seus corações. A palavra “rosário”
significa “coroa de rosas”.
Seguindo essa tradição, as mulheres cristãs que marcharam ao
coliseu romano para serem martirizadas, usavam coroas de rosas nas suas
cabeças, como símbolo da alegria e da entrega dos seus corações para ir ao
encontro de Deus. Estas rosas eram recolhidas à noite pelos cristãos, que
rezavam uma oração ou um salmo pelo eterno descanso dos mártires.
A Igreja recomendou rezar este rosário recitando os 150 salmos
de Davi, entretanto, só faziam isso as pessoas cultas, mas não a maioria dos
fiéis. Diante dessa situação, sugeriu que aqueles que não sabiam ler,
substituíssem os salmos por 150 Ave Marias, divididas em quinze dezenas. Este
“rosário curto” era conhecido como “o saltério da Virgem”.
Alguns séculos depois, exatamente no ano 1208, dizem que a
Virgem Maria ensinou a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores
(dominicanos), a oração do Rosário.
O santo espanhol estava no sul da França, lutando contra a
heresia albigense. Um dia, na capela que estava em Prouille, implorou a Nossa
Senhora que o ajudasse, pois sentia que não estava conseguindo quase nada.
A Virgem apareceu-lhe segurando um rosário e ensinou-lhe a
recitá-lo. Em seguida, pediu que o pregasse por todo o mundo, prometendo-lhe que
muitos pecadores se converteriam e conseguiriam abundantes graças.
São Domingos de Gusmão deixou a capela cheio de entusiasmo com o
rosário na mão. E, efetivamente, levou-o por todas as partes e muitos
albigenses voltaram à fé católica.
Alguns anos depois, em 7 de outubro de 1571, aconteceu a batalha
naval de Lepanto, quando o cristianismo foi ameaçado pelos turcos. Frente ao
perigo iminente, alguns dias antes, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que
rezassem o rosário pedindo pelas forças cristãs.
A história conta que o Pontífice estava em Roma, resolvendo
alguns assuntos, quando de repente levantou-se e anunciou que sabia que a frota
cristã havia triunfado. Ordenou que tocassem os sinos e organizassem uma
procissão. Logo depois, os mensageiros chegaram anunciando a vitória. Em
seguida, instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, em 7 de outubro.
Um ano depois, Gregório XIII mudou o nome da festa para Nossa
Senhora do Rosário e determinou que fosse celebrada no primeiro domingo de
outubro (dia em que a batalha foi vencida). Atualmente, celebra-se a festa do
Rosário em 7 de outubro e alguns dominicanos continuam comemorando esta festa
no primeiro domingo do mês.
Durante vários séculos os fiéis rezaram os rosários divididos em
três mistérios: gozosos, dolorosos e gloriosos. Entretanto, em outubro de 2002,
foi apresentada a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae,
na qual São João Paulo II acrescentou a oração os “mistérios luminosos”, centrados
na vida pública de Jesus.
O Santo Rosário foi a oração preferida de muitos santos e
pontífices. Assim, em outubro de 2016, o Papa Francisco afirmou: “A oração do
Rosário sempre me acompanha na minha vida; também é a oração dos simples e dos
santos... é a oração do meu coração”.
Saiba mais em nosso especial sobre o Santo Rosário.
Oração: "Santo Anjo do
Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a Piedade Divina, sempre
me rege, me guarda, me governa e ilumina, agora e sempre. Amém!”.
Evangelho
(Lc 4,38-44)
Naquele tempo, Jesus saiu da
sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com muita
febre. Intercederam a Jesus por ela. Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com
autoridade, mandou que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente,
se levantou e pôs-se a servi-los. Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes,
com diversas enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada
um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: «Tu és o
Filho de Deus!». Ele os repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele
era o Cristo.
De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o
procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas ele
disse-lhes: «Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras
cidades, pois é para isso que fui enviado». E ele ia proclamando pelas
sinagogas da Judéia.
«Ele impunha as mãos sobre cada um deles e os
curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona,
Espanha)
Hoje, nos encontramos ante um
claro contraste: as pessoas que procuram Jesus e Ele que cura toda “doença”
(começando pela sogra de Simão Pedro); à vez, «de muitas pessoas saíam demônios,
gritando» (Lc 4,41). Quer dizer: bem e paz, por um lado; mal e desespero, pelo
outro.
Não é a primeira ocasião que aparece o demônio “saindo”, isto é, fugindo da
presença de Deus entre gritos e exclamações. Lembremos também o endemoninhado
de Gerasa (cf. Lc 8,26-39). Surpreende que o próprio demônio “reconheça” a
Jesus e que, como no caso daquele de Gerasa, é ele mesmo quem sai ao encontro
de Jesus (isso sim, muito raivoso e incomodado porque a presença de Deus
incomodava a sua vergonhosa tranqüilidade).
Tantas vezes nós também pensamos que encontrar-nos com Jesus nos atrapalha!
Atrapalha-nos ter que ir à Missa no domingo; perturba-nos pensar que faz muito
que não dedicamos um tempo à oração; sentimos vergonha dos nossos erros, em
lugar de ir ao Médico da nossa alma para pedir-lhe simplesmente perdão...
Pensemos se não é o Senhor quem tem que vir a nos encontrar, pois nós mesmos
nos fazemos rogar para deixar a nossa pequena “caverna” e sair ao encontro de
quem é o Pastor das nossas vidas! Isto se chama, simplesmente, tibieza.
Tem um diagnóstico para isto: atonia, falta de tensão na alma, angustia,
curiosidade desordenada, hiperatividade, preguiça intelectual com as coisas da
fé, pusilanimidade, vontade de estar só consigo mesmo... E existe também um
antídoto: deixar de se olhar a sim mesmo e se por mãos à obra. Fazer o pequeno
compromisso de dedicar um momento cada dia a olhar e escutar a Jesus (o que se
entende por oração): Jesus o fazia, pois «de manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi
para um lugar deserto» (Lc 4,42). Fazer o pequeno compromisso de vencer o
egoísmo numa pequena coisa cada dia pelo bem dos outros (isto se chama amar).
Fazer o pequeno-grande compromisso de viver cada dia em coerência com nossa
vida Cristã.
Santo do Dia: Santos Anjos da Guarda
O anjo da guarda nos ampara e nos defende dos
perigos na nossa vida terrena. No salmo 90 nós podemos ler: "Porque aos
seus anjos Ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos, eles te
sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra".
Em um dos seus textos, São Francisco de Sales esclarece que a tarefa dos anjos
é levar as nossas orações à bondade misericordiosa do Altíssimo e de nos
informar se elas foram atendidas. Assim sendo, as graças que recebemos nos são
dadas por Deus, que é o princípio e o fim de nossa vida, e os mensageiros
destas graças são os anjos.
A devoção dos Anjos é muito antiga, ganhando maior vigor na Idade Média. Foi
nesta época que surgiu a idéia de representá-los com asas. Interessante notar
que quando somos crianças somos convidados a rezar pelos anjos da guarda,
costume que fica esquecido entre os adultos. Mas é bom notar que a presença dos
anjos de Deus acompanham também a vida dos homens e mulheres na vida adulta.
Esta celebração especialmente dedicada aos Anjos da Guarda começou na Espanha,
no final do ano 400, propagando-se por toda a Europa em poucos séculos. O dia
02 de outubro foi fixado em 1670, pelo Papa Clemente X.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Os anjos da guarda
têm missão semelhante à das mães. Na infância são muito exigidos e solicitados,
socorrendo as crianças nas situações de perigo. E no fim de cada dia de
trabalho intenso, os pais ensinam as crianças a agradecerem a ele, e assim vai
se estabelecendo uma relação extremamente íntima entre cada criança e seu anjo
protetor. Não importa que ele não tenha um nome ou um rosto. Cada criança tem o
seu anjo da guarda.
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