Cristo ressuscitado. Pintura de Rafaellino Del Garbo. Wikipédia / Domínio público REDAÇÃO CENTRAL, 27 out. 20 / 06:00 am (ACI).- Talvez um tema da Nova Era (New age) que goza de popularidade no mundo atual é a reencarnação, uma crença que inclusive alguns católicos aceitam apesar de ser incompatível com a fé cristã. Uma pesquisa realizada pelo prestigioso ‘Pew Center’ revelou que, por exemplo, 29% dos cristãos nos Estados Unidos aceitam a reencarnação como algo verdadeiro. No caso dos católicos, 36% admitem esta crença. Onde surge a crença na ressurreição? Embora a crença na ressurreição comece quando o Senhor Jesus ressuscitou no terceiro dia depois da sua morte, já havia alguma ideia a respeito disso entre alguns judeus e fariseus. "Os fariseus acreditavam em anjos e almas espirituais e, geralmente, na ressurreição dos mortos", disse à CNA – agência em inglês do Grupo ACI– o diácono Joel Barstad, professor de Teologia no Seminário Saint John Vianney, em Denver (Estados Unidos). "A ressurreição de Jesus entre os mortos confirmou essa crença, mas também lhe deu uma base sólida e profunda", acrescentou. A doutrina cristã sobre a ressurreição se encontra no Catecismo da Igreja Católica, do número 988 ao 1001. O número 989 assinala: “Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte, viverão para sempre com Cristo ressuscitado, e que Ele os ressuscitará no último dia. Tal como a d'Ele, também a nossa ressurreição será obra da Santíssima Trindade”. “A palavra ‘carne’ designa o homem na sua condição de fraqueza e mortalidade. ‘Ressurreição da carne’ significa que, depois da morte, não haverá somente a vida da alma imortal, mas também os nossos ‘corpos mortais’ (Rm 8, 11) retomarão a vida”, diz o número 990. “Crer na ressurreição dos mortos foi, desde o princípio, um elemento essencial da fé cristã. ‘A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: é por crer nela que somos cristãos’”, assinala o número 991. "A salvação é a unidade com Cristo, porque Cristo traz o Reino de Deus e esse Reino se realiza na ressurreição", disse à CNA Michael Root, professor de Teologia sistemática da Universidade Católica da América. Joel Barstad afirmou que "um cristão é um indivíduo que realmente quer ser alguém agora e depois da morte até o fim do mundo, mas para que isso seja possível, vou precisar do meu corpo ressuscitado e os outros precisarão dos seus", explicou . Por que os cristãos devem rejeitar a reencarnação? Segundo Root, as duas razões principais para rejeitar a crença na reencarnação são: que ela se opõe à forma como Cristo oferece a salvação e porque é contra a natureza da pessoa humana. Root explicou que a reencarnação "contradiz a imagem da salvação do Novo Testamento, onde a nossa participação na ressurreição de Cristo é efetivamente do que se trata a salvação" e "nos dá uma imagem muito diferente do que é ser humano: um ente incorpóreo que não está relacionado a nenhum tempo específico". "O cristianismo leva muito a sério que somos seres com um corpo e qualquer noção de reencarnação considera que o ser só tem um tipo de ligação acidental com qualquer corpo específico, porque a partir dessa perspectiva a pessoa passa de um corpo para outro e outro e outro; e o fato de não ter um corpo específico acaba na ideia de que a pessoa não sabe quem ela é", destacou Root. O documento do Vaticano sobre a Nova Era intitulado "Jesus Cristo portador da água da vida" diz que "a unidade cósmica e a reencarnação são incompatíveis com a crença cristã de que a pessoa humana é um ser único, que vive uma vida só sobre a qual é totalmente responsável: este modo de entender a pessoa coloca em questão tanto a responsabilidade quanto a liberdade pessoal". Barstad também assinalou que a crença na reencarnação não é algo positivo, nem para os budistas e hindus, que veem como algo de que se deve fugir. "Não conheço uma doutrina sólida sobre a reencarnação (...) que considere a reencarnação de uma alma como algo bom; embora de repente alguns hindus ou estoicos a reconheçam como uma necessidade cósmica benigna; mas certamente a aspiração mais profunda" de alguns que acreditam nisso “seja dissolver completamente o nexo das relações temporais e corporais; ou seja, dissolver a relação com o corpo, de modo que não seja possível outra reencarnação para uma alma. A meta da alma é então se converter permanentemente em ninguém", destacou Barstad. Esperança da ressurreição Enquanto os cristãos podem experimentar o sofrimento na vida, também podem viver a esperança de que "são amados por Cristo que, através de sua própria morte humana e divina, e ressurreição, pode levá-los até o fim e remodelá-los, fazendo algo lindo a partir de uma confusão", explicou Barstad. Além disso, os cristãos esperam a ressurreição dos outros, seus amigos e entes queridos, "para viver em um novo céu e uma nova terra". "Por tudo isso evangelizamos, por isso nos arrependemos dos nossos erros e perdoamos aqueles que nos fazem algum mal. Por isso rezamos pelos mortos e os santos que já tem a visão beatífica de Deus também rezam por nós". Os santos, concluiu o especialista, "ainda estão envolvidos com o mundo e esperam conosco a revelação final de Cristo que dará a todos a ressurreição". Confira também: São compatíveis o carma e a fé católica? Este Bispo oferece uma clara explicação https://t.co/0bhl06vqP5 — ACI Digital (@acidigital) 15 de setembro de 2017 Etiquetas: católicos, cristãos, new age, Nova Era, Reencarnação, Ressurreição
Oração: Senhor Jesus, Tu escolheste S. Judas entre os teus Apóstolos e fizeste dele, para o nosso tempo, o Apóstolo das causas desesperadas. Agradeço-Te por todos os benefícios que me concedeste por sua intercessão e peço-Te que me concedas a Tua graça nesta vida para que possa participar um dia, na Tua glória, na alegria eterna. Amém.
Evangelho (Lc 6,12-19)
Naqueles dias, Jesus foi à
montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou
os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos:
Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e
Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote;
Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor.
Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos
dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de
Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvi-lo e serem curados
de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados. A
multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos
«Jesus foi à montanha para orar» (+ Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas(Barcelona, Espanha)
Hoje contemplamos um dia
inteiro da vida de Jesus. Uma vida que tem duas vertentes claras: a oração e a
ação. Se a vida do cristão há de imitar a vida de Jesus, não podemos prescindir
de ambas as dimensões. Todos os cristãos, inclusive aqueles que têm se consagrado
à vida contemplativa, temos de dedicar uns momentos à oração e outros à ação,
ainda que varie o tempo que dediquemos a cada uma. Até os monges e as freiras
de clausura dedicam bastante tempo de sua jornada a um trabalho. Em
contrapartida, os que somos mais seculares, se desejamos imitar Jesus, não
deveríamos nos mover numa ação desenfreada sem ungi-la com a oração. Ensina-nos
São Jerónimo: «Embora o Apóstolo mandou-nos que orássemos sempre, (...) convém
que destinemos umas horas determinadas a esse exercício».
É que Jesus precisava de longos momentos de oração em solitário quando todos
dormiam? Os teólogos estudiam qual era a psicologia de Jesus homem: até que
ponto tinha acesso direto à divindade e até que ponto era «homem semelhante em
tudo a nós, menos no pecado» (He 4,5). Na medida que o consideremos mais
cercano, sua prática de oração será um exemplo evidente para nós.
Assegurada já a oração, só nos fica imitá-lo na ação. No fragmento de hoje,
vemo-lo organizando a Igreja, quer dizer, escolhendo os que serão os futuros
evangelizadores, chamados a continuar sua misão no mundo. «Ao amanhecer, chamou
os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos»
(Lc 6,13). Depois encontramo-lo curando todo tipo de doença. «A multidão toda
tentava tocar nele porque dele saía uma força que curava a todos» (Lc 6,19),
diz-nos o evangelista. Para que nossa identificação com Ele seja total,
unicamente nos falta que também saia de nós uma força que cure a todos, o que
só será possível se estamos inseridos Nele, para que demos muitos frutos (cf.
Jn 15,4)
Judas, apóstolo que celebramos hoje, era natural de
Caná da Galiléia, na Palestina. O seu pai, Alfeu, era irmão de São José; a mãe,
Maria Cléofas, prima irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas era primo irmão
de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus.
No evangelho de Mateus, vemos que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus. Na ceia,
Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão deves manifestar-te
a nós e não ao mundo?" Jesus lhe respondeu que a verdadeira manifestação
de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. Também
faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, a qual traz os
fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos
mestres.
Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na
Galiléia. Depois foi para a Samaria e próximo do ano 50, tomou parte no
primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na
Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar
juntos.
O apóstolo Judas Tadeu se tornou um mártir da fé. Os sacerdotes pagãos furiosos
mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo
teria acontecido no dia 28 de outubro de 70. Sua imagem traz até hoje a palavra
de Deus e um machadinho, símbolo de seu martírio.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
São Bernardo de Claraval assegura que
“entre os devotos de S. Judas, poucos há que não tenham recebido provas
especiais da sua assistência nas doenças, nos assuntos mais difíceis e mesmo no
desespero, nos temores, nos desgostos, nas calúnias, na pobreza, na miséria, e
nas ocasiões em que toda a esperança humana parecia perdida”. É invocado como o
santo dos desesperados e aflitos, das causas sem solução ou perdidas.
TJL@
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