Imagem referencial. Crédito: Flickr, Jorge Paredes (CC BY-NC 2.0) SANTIAGO, 21 out. 20 / 11:30 am (ACI).- Após saber do atentado contra a igreja de São Francisco de Assis, na Arquidiocese de La Serena (Chile), o ministro provincial da Ordem Franciscana no Chile, Pe. Isauro Covili, pediu que a violência “não seja normalizada como uma forma válida de reivindicação”. O fato ocorreu na noite de segunda-feira, 19 de outubro, no contexto das manifestações que ocorreram em algumas cidades por ocasião do primeiro ano de rebelião social no país. Os indivíduos que violaram a igreja “geraram danos nas portas de acesso, bancos e imagens do interior do templo, bem como outros danos associados à entrada violenta a este local de culto com tanta história e tão querido pela Igreja da cidade e especialmnte um dos mais simples, preferidos pelo Senhor”, expressou a Ordem Franciscana no dia 20 de outubro. O Santíssimo Sacramento não foi profanado.: No comunicado de 20 de outubro, os franciscanos rechaçaram os fatos “e todo ato de violência que ameaça toda pessoa e os valores mais sublimes da vida cristã e do povo chileno”. “A violência gera mais violência e não podemos justificar em hipótese alguma que no seio do povo chileno a violência se normalize como uma forma válida de reivindicação para justificar o descontentamento, a injustiça e a falta de igualdade entre todos os cidadãos de nossa sociedade”. “Hoje, mais do que nunca, a crise social e política que vivemos e sofremos exige e interpela a nossa vida cristã e franciscana a um compromisso decidido para continuar a ser artífices e instrumentos de paz e de diálogo”. “Nós os convidamos a sonhar com um Chile mais justo, equitativo, em paz, mas que por sua vez sejamos capazes de anunciar, como Jesus fez, que o Reino é uma comunidade de irmãos e irmãs que sonham com um mundo de concórdia, de paz e de respeito”. Além de expressar sua solidariedade e oração à comunidade afetada, agradeceram “as expressões de apoio, proximidade e carinho” da comunidade, vizinhos, locatários da região e autoridades religiosas e civis. Antes deste ataque, um grupo de vândalos destruiu e incendiou as igrejas da Assunção e de São Francisco de Borja, em Santiago, no domingo, fato que foi condenado por diferentes setores. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão. Oração: Deus, nosso Pai, a exemplo de São João Capistrano, faça de nós o sal da terra, mediante uma vida honrada e íntegra, trabalhando com ardor para construção da paz e da comunhão. Dai-nos também ser luz para este mundo carente de valores espirituais, fazendo o bem sem olhar à quem. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 12,54-59)
Naquele tempo, Jesus dizia também às
multidões: Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva.
E assim acontece. Quando sentis soprar o vento sul, logo dizeis que vai fazer
calor. E assim acontece. Hipócritas! Sabeis avaliar o aspecto da terra e do
céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente? Por que não julgais por
vós mesmos o que é justo? Quando, pois, estás indo com teu adversário
apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto
ainda a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de
justiça, e o oficial de justiça te jogará na prisão. Eu te digo: dali não
sairás, enquanto não pagares o último centavo.
«Como é que não
sabeis avaliar (...) o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que
é justo»
Rev. D. Frederic RÀFOLS i Vidal(Barcelona,
Espanha)
Hoje, Jesus quer que
levantemos os olhos para o céu. Esta manhã, depois de três dias de chuva
persistente, o céu apareceu luminoso e claro num dos dias mais esplêndidos
deste outono. Vamos entendendo o tema das mudanças do tempo, já que agora os
meteorologistas são quase da família. Pelo contrário, custa-nos mais a entender
em que tempo estamos ou vivemos: «Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu.
Como é que não sabeis avaliar o tempo presente?». (Lc 12,56). Muitos dos que
escutavam Jesus perderam uma oportunidade única na História de toda a
Humanidade. Não viram em Jesus o Filho de Deus. Não perceberam o tempo, a hora
da salvação.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes (n. 4), atualiza o
Evangelho de hoje: «Pesa sobre a Igreja o dever permanente de escutar a fundo
os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho (...)». É preciso,
portanto, conhecer e compreender o mundo em que vivemos e as suas esperanças,
as suas aspirações, o seu modo de ser, frequentemente dramático.
Quando vemos a história, não nos custa muito assinalar as ocasiões perdidas
pela Igreja por não ter descoberto o momento que então se vivia. Mas, Senhor:
«Quantas ocasiões não teremos perdido agora por não descobrir os sinais dos
tempos ou, o que significa o mesmo, por não viver e iluminar a problemática
atual com a luz do Evangelho? Por que não julgais por vós mesmos o que é
justo?» (Lc 12,57), continua a recordar-nos hoje Jesus.
Não vivemos num mundo de maldade, ainda que também haja bastante. Deus não
abandonou o seu mundo. Como recordava São João da Cruz, habitamos uma terra
onde andou o próprio Deus e que ele encheu de formosura. A beata Teresa de
Calcutá captou os sinais dos tempos, e o tempo, o nosso tempo, entendeu a beata
Teresa de Calcutá. Que ela nos estimule. Não deixemos de olhar para o alto, sem
perder de vista a terra
Santo do Dia: São João de Capistrano
João nasceu no dia 24 de junho de 1386, na cidade
de Capistrano, no então reino de Nápoles. Era filho de um conde alemão e uma
jovem italiana. Estudou direito civil e canônico, formando-se com honra ao
mérito. Ainda jovem casou-se com um nobre dama da sociedade.
Numa crise política no Reino de Nápoles, João foi cogitado para auxiliar nas
negociações. Entretanto houve confusões e o jovem acabou preso. Para piorar a
situação ele recebeu a notícia da morte de sua esposa.
Foi então um momento de mudança radical de vida. Abriu mão de todos os cargos,
vendeu todos os bens e propriedades, pagou o resgate de sua liberdade e pediu
ingresso num convento franciscano. Mas antes de vestir o hábito precisou
enfrentar as humilhações do superior da comunidade.
Durante trinta anos fez rigoroso jejum, duras penitências e se dedicou às orações.
Trabalhou com energia, evangelizando na Itália, França, Alemanha, Áustria,
Hungria, Polônia e Rússia. Tornou-se grande pregador e missionário. Foi
conselheiro de quatro Papas.
João de Capistrano contava com setenta anos de idade, quando um enorme exército
muçulmano ameaçava tomar a Europa. O Papa Calisto III o designou como pregador
de uma cruzada, que defenderia o continente. Durante onze dias e onze noites
João esteve entre os soldado, animando-os para a resistência. Finalmente os
cristãos conseguiram vencer os invasores.
Morreu no dia 23 de outubro de 1456. João de Capistrano é o padroeiro dos
juízes.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR)
Reflexão:
Por
causa de suas andanças pela Europa, João mereceu ser chamado o apóstolo da
Europa. Espírito inquebrantável, organizou a ordem franciscana, foi conselheiro
de papas e em suas viagens apostólicas, procurou fortalecer a moral cristã e
refutar os erros dos heréticos. Deixou uma obra escrita em dezessete volumes e
foi um homem que participou ativamente da angústia de seu tempo, em tudo
reconhecendo a ação de Deus.
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