Dom Wilson Tadeu Jönck. Foto: Giovanna Dutra Meyer / Assessoria de Comunicação Arquidiocese de Florianópolis FLORIANÓPOLIS, 02 dez. 20 / 10:36 am (ACI).- O Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, lamentou o fato ocorrido no último sábado, 28 de novembro, em Botuverá (SC), quando uma celebração de Crisma foi interrompida por autoridades, que alegaram que se estava violando as normas de prevenção contra Covid-19. “Tenho lido nos noticiários que tais fatos acontecem em regiões onde há perseguição contra os cristãos. Aproveitam quando a comunidade está reunida para atacar. Não esperava passar por esta experiência em Botuverá”, expressou o Prelado por meio de nota. O caso ocorreu na Paróquia de São José, onde foi realizada a Crisma de 78 pessoas. A celebração, que acontecia no salão paroquial, a fim de possibilitar a adoção do distanciamento social, estava sendo presidida por Dom Wilson e foi interrompida pela vigilância sanitária da cidade. Em declarações ao site Olhar do Vale, o pároco, Pe. Paulo Riffel, contou que na quinta-feira de manhã a vigilância esteve no local, “olhou, ajudou a organizar os espaços, depois, de noite, sem me comunicar nada, mandaram uma mensagem por WhatsApp que deveria ser cancelado”. Então, no dia seguinte, o sacerdote se reuniu com o prefeito. “Conversamos, analisamos, juntamente com o jurídico e foi então liberada a celebração e nós observamos os 30% do culto religioso da Santa Missa com 1200 lugares, ocupamos então 312 lugares”. Em nota, a prefeitura de Botuverá declarou que “em reunião havida com o Prefeito Municipal, Assessor Jurídico da Prefeitura e o Padre, cogitou-se a realização da missa, considerando-se que a realização de missas e cultos em igrejas ou templos de qualquer culto, bem como qualquer reunião presencial de cunho religioso estaria condicionado ao cumprimento das regras dispostas” em Portarias. “Porém, não foi este o entendimento do Ministério Público, bem como da Secretaria de Estado de Saúde, por se tratar de “evento”, além do entendimento de impossibilidade de garantia de cumprimento das regras vigentes diante do porte do evento”, afirmou a prefeitura. O pároco recordou que, quando a Missa acontecia normalmente, no salão paroquial, a secretária de Saúde de Botuverá, Márcia Adriana Cansian, chegou com a vigilância e polícia “para interromper a celebração”. “Conseguimos levar até o final da crisma, sendo crismados os participantes”, contou. Entretanto, “na hora da comunhão foi nos avisado que iriam entrar com os policiais. Então, o bispo decidiu fazer a oração final, agradecer e dar a benção”. O sacerdote classificou o ocorrido como “um atentado contra a fé católica”. “Foram impedidos de comungar, fico muito triste, o bispo que é autoridade máxima em nenhum momento foi notificado ou comunicado antes. Pegaram ele de surpresa”, afirmou. Em nota de esclarecimento publicada pela Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck assinalou que todas as paróquias “são orientadas a seguir as normas lançadas pela autoridade sanitária com referência aos cuidados preventivos com relação à COVID-19”. Assim, “em todos os lugares de culto, os assentos estão demarcados de acordo com a capacidade estipulada pelos decretos do Estado, é fornecido álcool gel para todos os participantes, e é obrigatório o uso de máscara”. “Nós nos consideramos colaboradores do Estado no seu esforço no combate à pandemia”, acrescentou. Quanto ao caso de Botuverá, o Prelado garantiu que “tudo estava organizado seguindo à risca as normas da autoridade sanitária: distanciamento, lugares demarcados para todos os participantes, fornecimento de álcool gel” e “todos os presentes usavam máscaras”. De acordo com o Arcebispo, “o fato de que a missa tenha sido no salão deve ser visto sobretudo como um esforço para cumprir aquilo que é o espírito das normas sanitárias”. Porém, “causa revolta, quando o argumento usado é de que pelo fato de a missa ser celebrada no salão ela se tornava um evento e este era proibido”. “Ora, se não se consegue ver a diferença entre uma missa e um baile de carnaval, se torna difícil conversar. Havia uma insistência para se achar um motivo para implicar. Sinceramente, não consigo encontrar o motivo para tal implicância. Mas deve haver um motivo”, expressou. Nesse sentido, Dom Wilson disse que, “pessoalmente”, o que mais o “feriu foi a ordem de interromper a missa”. “E foram repetidas ameaças de que iriam entrar e acabar com a celebração. Preciso dizer que a celebração da missa não se interrompe na metade. Nos mais de 40 anos de sacerdócio, isto nunca me aconteceu”, lamentou.
Oração: Deus que quisestes agregar à Vossa Igreja os povos
da Índia pela pregação e pelos milagres de São Francisco, concedei-nos propício
que de quem veneramos os méritos gloriosos, imitemos também os exemplos das
virtudes. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Mt 7,21.24-27)
Naquele tempo, Jesus disse
aos discípulos: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no
Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está
nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como
um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as
enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava
construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não
as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a
areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a
casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!».
«Nem
todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus»
Abbé
Jean-Charles TISSOT(Freiburg, Sua)
Hoje, o Senhor pronuncia estas
palavras no final do Seu “Sermão da Montanha”, no qual dá um sentido novo e
mais profundo aos Preceitos do Antigo Testamento, a “palavra” de Deus aos
homens. Manifesta-se como Filho de Deus, e como tal pede-nos que recebamos o
que nos diz como palavras de suma importância; palavras de vida eterna que
devem ser postas em prática, e não são só para serem ouvidas, mas sem
implicação pessoal – com o risco de serem esquecidas ou de nos contentarmos em
admirá-las ou em admirar o seu autor.
«Construir uma casa sobre a areia» (cf. Mt 7,26) é uma imagem para descrever um
comportamento insensato, que não leva a nenhum resultado e acaba no fracasso de
uma vida, depois de um esforço longo e penoso para construir algo. “Bene
curris, sed extra viam”, dizia Sto. Agostinho: corres bem, mas fora do trajecto
aprovado, podemos traduzir assim. Que pena só chegar até aí: o momento da
prova, das tempestades e das inundações que a nossa vida necessariamente
contém!
O Senhor quer ensinar-nos a usar um fundamento sólido, cujo crescimento deriva
do esforço para pôr em prática os seus ensinamentos, vivendo-os dia a dia no
meio dos pequenos problemas que Ele tratará de resolver. A nossa resolução
diária de viver os ensinamentos de Cristo deve terminar em propósitos
concretos, se não definitivos, mas dos quais possamos tirar alegria e
reconhecimento na hora do nosso exame de consciência, à noite. A alegria de ter
conseguido uma pequena vitória sobre nós próprios é uma preparação para outras
batalhas, e – com a graça de Deus – não nos faltará a força para perseverar até
ao fim.
Santo do Dia: São Francisco Xavier
Francisco Xavier nasceu na Espanha, em 1506. Era
filho de uma família nobre e estudou na universidade de Paris. Foi aí que
Francisco conheceu Inácio de Loyola, aquele que seria o fundador da Companhia
de Jesus.
Inácio encontrou em Francisco um apoio para realizar seu sonho de uma fundação
que propagasse o cristianismo para todo o mundo. Mas a família não aceitava a
idéia de ver o filho tornar-se missionário.
O jovem estudante, dividido entre a vida de nobreza e o apostolado, foi tocado
profundamente por Deus quando ouvir a frase do evangelho de Marcos: "De
que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" A partir
daí resolveu tornar-se padre e foi o co-fundador dos jesuítas com Inácio.
Passou então a cuidar dos doentes leprosos em Veneza, onde recolhia das ruas e
tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher. Mas Deus tinha outros
projetos para Francisco. O rei de Protugal solicitou ajuda dos jesuítas para a
evangelização das Índias. Com ímpeto missionário Francisco aceitou.
No Oriente ele realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica.
Evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias
em grupos, fundava comunidades eclesiais. Acabou saindo das Índias, para pregar
no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China. Neste país
ele faleceu em 1552, vítima de uma febre.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua
expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam
pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento,
entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da
Companhia de Jesus a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente.
Entre eles destacou Francisco Xavier.
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