Cardeal Sepe com Papa Francisco Foto: Daniel Ibañez
CNA
NÁPOLES, 09 dez. 20 / 07:41 pm (ACI).- O Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo de Nápoles, afirmou no seu discurso anual à cidade por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição que talvez “nada volte a ser como antes” e por isso, assinalou a possibilidade de que a pandemia de covid-19 nos estimule a ser mais fraternos que nunca, tal como nos convida o Papa Francisco em sua Encíclica Fratelli Tutti. "Mudar a situação não pode ser apenas fruto do resultado de projetos e esforços humanos. As ansiedades da nossa existência são demasiado profundas para serem curadas apenas por expedientes humanos. Precisamos de uma intervenção da livre iniciativa de Deus”, destacou o purpurado. "Dado que este vírus atingiu toda a humanidade, semeando pânico, sofrimento e morte, ouvimos muitas vezes que nada será o mesmo que antes. Mas será verdade que nada será como antes? Com todos estes sacrifícios, dores, desconfortos e sofrimentos que estamos a viver, não teremos aprendido a ser um pouco mais irmãos e irmãs, como convidou o Papa Francisco? ". Segundo o Cardeal Sepe "para algumas pessoas o "eu" continua a prevalecer, enquanto o vírus, nivela a todos, e isto convida-nos a unir-nos, à fraternidade na hora do perigo e na busca de uma sinergia indispensável sem a qual não será suficiente uma vacina que nos contenha nem hospitais para receber-nos e curar-nos, não há futuro para ninguém. "O vírus está nos levando a compreender que somos pessoas frágeis e inconsistentes, levando-nos a semear terror e dor, fazendo-nos continuar a contar dezenas e centenas de mortes todos os dias", pontuou. "Se as prescrições dadas - ressaltou - devem ser observadas por cada um de nós, aqueles que têm a responsabilidade de governar a comunidade têm, portanto, a obrigação de unir forças, encontrar os entendimentos certos e trabalhar pelo bem comum, colaborando e integrando-se na busca de possíveis soluções e medidas necessárias para satisfazer os direitos de cada indivíduo e de todos. Afinal de contas, a saúde de cada pessoa deve ser protegida em primeiro lugar, mas é também obrigatório assegurar trabalho e rendimentos para todos, condições prévias para uma vida viável e digna. O verdadeiro risco é que, se não se morre do vírus, se morre de miséria e fome", asseverou o arcebispo. "Pensemos seriamente - concluiu o Arcebispo de Nápoles – sobre aquilo de que “nada será como antes” e digamos com coragem que nada tem que ser como antes e tornemo-nos mais fraternos do que nunca, abrindo espaço para uma maior solidariedade, respeitando-nos mutuamente e apertando as mãos para nos colocarmos juntos ao serviço do bem de todos”. “Mostremos que o sofrimento e a dor, juntamente com sacrifícios e desconforto, nos tornaram homens diferentes, reais, mais responsáveis, mais dispostos a interagir e, na medida do possível, de satisfazer as necessidades e os direitos dos outros; de compreender o estado de espírito daqueles que são forçados a pedir ajuda. Então, até mesmo as mortes, que temos lamentado com tanta dor, tornar-se-ão geradores de vida nova em cada um de nós e em toda a comunidade, para que assim possamos ter mais saúde, mais trabalho, mais bem comum, mais justiça e mais paz". Publicado orginalmente em ACI Stampa, traduzido e adaptado por Fabio Loutfi.
Evangelho (Mt 11,11-15)
Naquele tempo,
Jesus disse: «Em verdade, eu vos digo, entre todos os nascidos de mulher não
surgiu quem fosse maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus
é maior do que ele. A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos
Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo. Pois até João foi o
tempo das profecias — de todos os Profetas e da Lei. E, se quereis aceitar, ele
é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos, ouça».
«O Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo» -Rev. D. Ignasi FABREGAT i Torrents(Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho
nos fala de São João Batista, o Precursor do Messias, aquele que veio preparar
os caminhos do Senhor. Também a nós, ele nos acompanhará desde hoje até o dia
dezesseis, dia que acaba a primeira parte do Advento.
João é um homem firme, que sabe o quanto as coisas custam, é consciente de que
há de se lutar para melhorar e ser santo, e por isso Jesus exclama: «A partir
dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e
violentos procuram arrebatá-lo» (Mt 11,12). Os “violentos” são os que se fazem
a si mesmos a violência: —Eu me esforço para crer que o Senhor me ama? Eu me
sacrifico para ser “pequeno”? Eu me esforço para ser consciente e viver como um
filho do Pai?
Santa Teresinha de Lisieux se refere também a estas palavras de Jesus dizendo
algo que pode nos ajudar na nossa conversa pessoal e intima com Jesus: «Ó
pobreza, meu primeiro sacrifício, até a morte por toda à parte me seguirás,
pois eu sei que para correr no estádio, o atleta tem de despojar-se de tudo.
Provai, mundanos, o remorso e a pena, esses frutos amargos da vossa vaidade;
alegremente, eu acolho na arena, as palmas da Pobreza». —E eu, porque reclamo
quando me dou conta de que me falta alguma coisa que considero necessária?
Tomara que eu veja, nos diversos aspectos da minha vida, tão claramente como a
Doutora!
De uma forma enigmática Jesus nos diz hoje também: «João (...) é o Elias (...).
Quem tem ouvidos, ouça» (Mt 11,14-15). O que quer dizer? Quer nos aclarar que
João era verdadeiramente o precursor, quem finalizou a mesma missão do Elias,
conforme a crença que existia naquele então, de que o profeta Elias teria que
voltar antes do Messias.
Santo do Dia Santa Joana de Chantal
Joana nasceu em uma família cristã
com boas condições sociais. Ainda jovem enamorou-se do Barão de Chantal, de
quem se fez esposa. Foi excelente mãe e zelava pela educação cristã dos filhos,
do marido e dos empregados.
Certo dia seu esposo foi caçar e morreu ferido, deixando-a ainda com 18 anos de
idade e quatro filhos pequenos. Com muita oração, os filhos e ela foram aos
poucos superando a ausência do pai.
Quatro anos depois conheceu Francisco de Sales, bispo de Genebra, que se tornou
seu diretor espiritual. Graças a ele, Joana e mais duas senhoras fundaram a
Congregação da Visitação de Santa Maria. Transcorridos mais três anos, os
filhos já criados, encaminhados na vida, entrou para o Convento que havia
criado, abraçou os trabalhos da congregação e fundou muitos outros conventos na
França.
Morreu com fama de santidade em 1641. (Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão:
Buscar a santidade é um convite feito para todos os
cristãos do mundo. Na liberdade da vida, somos convidados por Deus a fazer de
nossa existência uma prova de amor aos mais fracos e abandonados. Quem serve
aquele que mais necessita responde fielmente à sua vocação batismal.
TJL@- ACIDIGITAL.COM – A12.COM
– EVANGELI.NET
Nenhum comentário:
Postar um comentário