Papa Francisco na Audiência Geral. Foto: Vatican Media Vaticano, 16 dez. 20 / 03:20 pm (ACI).- O Papa Francisco convidou a abandonar o consumismo neste Natal e festejar de um modo “mais religioso, mais autêntico, mais verdadeiro”. O Santo Padre fez esta exortação durante a audiência geral desta quarta-feira, 16 de dezembro. O Pontífice reconheceu que, devido ao Covid-19, “este ano, nos aguardam restrições e dificuldades”, mas exortou a pensar “no Natal da Virgem Maria e de São José: não foi 'um mar de rosas'. Quantas dificuldades eles tiveram! Quantas preocupações! Não obstante tudo, a fé, a esperança e o amor os guiaram e ampararam”. “Que seja assim também para nós! Que esta dificuldade também nos ajude a purificar um pouco o modo de viver o Natal, de festejar, saindo do consumismo: que seja mais religioso, mais autêntico, mais verdadeiro”. Nesse sentido, o Papa Francisco destacou que esses dias “a liturgia se centra com maio ênfase na preparação para o Natal”, por isso, sugeriu também que se dedique “mais tempo à oração de intercessão: rezemos com maior intensidade pedindo uns pelos outros, em particular pelos que mais sofrem”, pediu. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
Oração: Pai de bondade e amor, abençoai nossa vida e daí-nos viver de acordo com o exemplo de santa Olímpia, que em tudo seguiu os caminhos de Cristo, vosso filho e senhor nosso. Inspirai-nos gestos concretos de solidariedade com os mais pobres e abandonados. Amém.
Evangelho (Mt 1,1-17):
Livro da origem de Jesus
Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó,
Jacó gerou Judá e seus irmãos, Judá gerou Farés e Zara, de Tamar. Farés gerou
Esrom; Esrom gerou Aram; Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson
gerou Salmon; Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou
Jessé. Jessé gerou o rei Davi.
Davi gerou Salomão, da mulher de Urias. Salomão gerou Roboão; Roboão gerou
Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou
Ozias; Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou
Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. Josias gerou Jeconias e seus
irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou
Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar;
Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da
qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. No total, pois, as gerações desde
Abraão até Davi são quatorze; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze; e do
exílio na Babilônia até o Cristo, quatorze.
«Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão» -Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje, na liturgia da missa
lemos a genealogia de Jesus, e vem ao pensamento uma frase que se repete nos
ambientes rurais catalães: «Josés, burros e Joões, há-os em todos os lugares».
Por isso para distingui-los, se usa como motivo o nome das casas. Assim, fala-se,
por exemplo: José, o da casa de Filomena; José, o da casa de Soledade… dessa
maneira, uma pessoa fica facilmente identificada. O problema é que se fica
marcado pela boa ou má fama dos seus antepassados. É o que sucede com o «Livro
da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão» (Mt 1,1).
São Mateus nos disse que Jesus é verdadeiro Homem. Dito de outro modo, que
Jesus —como todo o homem e como toda a mulher que chega a este mundo — não
parte do zero, mas trás já atrás de si toda uma história. Isto quer dizer que a
Encarnação é a sério, que quando Deus se faz homem, o faz com todas as
consequências. O Filho de Deus, ao vir a este mundo, assume também um passado
familiar.
Rasteando os personagens da lista, podemos ver que Jesus —pelo que refere a sua
genealogia familiar—não apresenta um “processo imaculado”. Como escreveu o
Cardeal Nguyen van Thuan, «neste mundo, se um povo escrever a sua história
oficial, falará da sua grandeza… É um caso único, admirável e esplêndido
encontrar um povo cuja história oficial não esconde os pecados dos seus
antepassados». Aparecem pecados como o homicídio (Davi), a idolatria (Salomão),
ou a prostituição (Rahab). E junto com isso há também momentos de graça e de
fidelidade a Deus, e sobretudo as figuras de José e Maria, «da qual nasceu
Jesus, chamado Cristo» (Mt 1,16).
Definitivamente, a genealogia de Jesus nos ajuda a contemplar o mistério que
estamos quase a celebrar: que Deus se fez Homem, verdadeiro Homem, que «habitou
entre nós» (Jo 1,14).
Olímpia nasceu no ano 361, na Capadócia. Pertencia
a uma família muito ilustre e rica dessa localidade, mas ficou órfã logo cedo.
Aos vinte anos de idade se casou com o governador de Constantinopla, ficando
viúva alguns meses depois. Desejando ingressar para a vida religiosa afastou-se
de todos os possíveis pretendentes.
Esta atitude irritou o imperador Teodósio, que mandou confiscar-lhe os bens. Ao
invés de reclamar, Olímpia agradeceu porque não precisaria mais perder tempo
com a administração das propriedades. Entretanto o imperador, ao saber da
generosidade de Olímpia, acabou restituindo-lhe os bens. Ela pode então
continuar suas obras de caridade com maior intensidade.
Mas seu sofrimento não acabou. Contraiu doenças dolorosas. Conta a tradição que
Olímpia jamais pronunciou qualquer reclamação. Desse modo de tornou um modelo
perfeito aos cristãos de seu tempo. Era tão competente que aos trinta anos de
idade se tornou diaconisa da Igreja, dignidade só concedida às viúvas com mais
de sessenta anos. Olímpia morreu no ano 408.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
Olímpia
significa aquela que é celestial. A vida desta santa era um motivo constante
para dar glórias a Deus, amando seus perseguidores e aceitando fielmente os
sofrimentos da vida. Em tudo soube colocar Deus em primeiro lugar, fazendo
sempre a vontade daquele que o redimiu.
tjl@
- acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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