Imagem referencial. Crédito: Unsplash. VATICANO, 14 dez. 20 / 10:00 am (ACI).- Na terça-feira, 8 de dezembro, o Papa Francisco convocou o Ano de São José para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus, com o qual o beato Pio IX declarou São José Padroeiro da Igreja universal. O Papa Francisco indicou que este ano está estabelecido para que "todos os fiéis com o seu exemplo (de São José) possam fortalecer diariamente a sua vida de fé em plena realização da vontade de Deus". Conheça algumas informações importantes sobre este ano dedicado ao guardião da Sagrada Família e padroeiro dos trabalhadores:1. Por que a Igreja dedica anos a temas específicos? A Igreja observa a passagem do tempo através do calendário litúrgico, que inclui feriados como a Páscoa e o Natal, e épocas como a Quaresma e o Advento. No entanto, os papas podem reservar um tempo para refletir mais profundamente sobre um aspecto específico do ensinamento ou crença católica. Alguns temas que os Papas escolheram recentemente são: o Ano da Fé, o Ano da Eucaristia e o Ano do Jubileu da Misericórdia. 2. Por que o Papa Francisco declarou o Ano de São José? Ao fazer o anúncio, o Papa Francisco assinalou que este ano marca o 150º aniversário da proclamação do santo como Padroeiro da Igreja universal pelo Beato Papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1870. O Santo Padre observou que a pandemia do coronavírus aumentou seu desejo de refletir sobre São José, visto que muitas pessoas durante a pandemia fizeram esforços ocultos para proteger os outros, assim como São José silenciosamente protegeu e cuidou de Maria e Jesus. “Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”, escreveu o Papa na carta apostólica Patris corde. O Pontífice indicou que deseja destacar o papel de São José como um pai que serviu sua família com caridade e humildade, acrescentando que “a Igreja hoje precisa dos pais”. 3. Quando começa e termina o Ano de São José? O ano começou em 8 de dezembro de 2020 e termina em 8 de dezembro de 2021. 4. Que graças especiais podem ser obtidas este ano? Durante o Ano de São José, a Igreja Católica concederá indulgências de acordo com uma série de condições estabelecidas pela Penitenciária Apostólica. Para lucrar a indulgência plenária, devem ser satisfeitas as condições prescritas pela Igreja para este fim: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre. As indulgências podem ser recebidas este ano por meio de mais de dezenas de orações e ações diferentes, incluindo rezar pelos desempregados, confiar a São José o trabalho diário, realizar uma obra de misericórdia corporal ou espiritual, ou meditar por pelo menos 30 minutos na oração do Pai-Nosso. 5. Por que a Igreja honra São José? Os católicos não adoram os santos, mas pedem sua intercessão celestial diante de Deus e procuram imitar suas virtudes aqui na terra. A Igreja Católica homenageia São José como pai adotivo de Jesus e é invocado como o santo padroeiro da Igreja universal. Ele também é o padroeiro dos trabalhadores, dos pais e da boa morte. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Deus de amor, guia-nos pelos caminhos da fé e concedei-nos, pela intercessão de santa Cristiana, as virtudes necessárias para o cuidado com os mais necessitados, sobretudo os enfermos e enfraquecidos. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Mt 21,28-32):
Naquele tempo, Jesus
disse aos sacerdotes: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se
ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu:
‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho
e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. Qual
dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam:
“O primeiro.” Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e
as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós,
caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as
prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes,
para crer nele».
«‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi?» -Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje contemplamos o pai que
tem dois filhos e diz ao primeiro: «Filho, vai trabalhar hoje na vinha» (Mt
21,28). O filho respondeu: «‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi» (Mt
21,29). Ao segundo lhe disse o mesmo. Este respondeu: «Sim, senhor, eu vou»;
mas não foi... (cf. Mt 21,30). O importante não é dizer “sim”, mas “fazer”. Há
um dito que afirma «obras são amores e não boas razões».
Em outro momento, Jesus dará a doutrina que ensina esta parábola: «Nem todo
aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele
que faz a vontade de meu Pai que está nos céus». (Mt 7,21). Como escreveu Santo
Agostinho, «Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se
identificar com a vontade de Deus; e não torcida a de Deus para se acomodar à
tua». Na língua catalã se diz que um menino “creu” (“crê”), quando ele obedece:
crê!, quer dizer, identificamos a obediência com a Fé, com a confiança naquilo
que nos dizem.
Obediência vem de “ob-audire”: escutar com grande atenção. Manifesta-se na
oração, em não nos fazer-nos de surdos à voz do Amor. «Os homens tendemos a nos
“defender”, a nos apegar ao nosso egoísmo. Deus exige que, ao obedecer,
ponhamos em exercício a Fé. As vezes o Senhor sugere seu querer em voz baixa,
lá no fundo da consciência: e é necessário estarmos atentos, para distinguir
essa voz e ser-lhe fiel» (São Josemaría Escrivá). Cumprir a vontade de Deus é
ser santo; obedecer não é ser uma simples marionete nas mãos dos outros, mas
interiorizar o que se deve cumprir: e, assim, fazê-lo porque “tenho vontade”.
Nossa Mãe a Virgem, mestra na “obediência da Fé”, nos ensinará a forma de
aprender a obedecer a vontade do Pai.
Santo do Dia: Santa Nina ou Cristiana
No século IV viveu a escrava Nina, que embora
residisse em território pagão, era uma devota convertida do cristianismo. Seu
exemplo de vida era tão fabuloso entre os pagãos que estes a chamavam de
Cristiana, ou seja, a serva de Cristo.
Sua história confunde dados históricos e fictícios. O certo é que Cristiana era
muito procurada pelas pessoas que desejavam conforto espiritual e corporal. Uma
das histórias sobre esta jovem nos conta que ela, procurada por uma senhora
cuja filha estava gravemente enferma, rezou a Deus e fez com que a menina
levantasse da cama sem sinal de dor ou enfermidade.
Mas o grande fato da vida de Cristiana foi sua intervenção na vida de uma
rainha da região onde morava. A pobre escrava, reconhecida pelos seus dons de
cura, foi levada a presença da soberana, já desenganada pelos médicos. Com uma
profunda oração Cristiana clamou a Deus e logo a rainha já estava recuperada.
Também o rei, perdido durante uma tempestade na floresta, lembrou-se de
Cristiana e de suas orações, e pediu ao Deus da jovem que o auxiliasse. A
tempestade amainou e o rei pode retonar para casa. Nesse instante o rei sentiu
a fé invadir seu coração.
A partir da conversão dos soberanos, toda a nação foi progressivamente tomada
pela fé cristã. Cristiana instruía o povo, catequizando e ensinando a vida de
fé. Depois de uma vida fecunda, Cristiana faleceu em 330.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: A santidade é uma vocação de todo cristão. O bom
Deus nos permite que pessoas nos inspirem a vida cristã, mostrando-nos como é
bonito e valioso seguir o caminho de Jesus. Santa Cristiana marcou a história
da Igreja oriental com seus belos exemplos de bondade e alegria. Que ela nos
inspire palavras e ações, sobretudo para com os enfermos, os quais eram amados
pela jovem santa.
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