sábado, 12 de dezembro de 2020

bom dia evangelho - 14. dezembro. 2020

 

BOM DIA EVANGELHO


14 DE DEZEMBRO DE 2020

Segunda-feira da 3ª semana do Advento

Imagem original de Nossa Senhora de Guadalupe em seu santuário na Cidade do México. Foto: David Ramos / ACI Prensa

Cidade do México, 12 dez. 20 / 07:00 am (ACI).- Pe. Eduardo Chávez, diretor do Instituto Superior de Estudos de Guadalupe (ISEG) e postulador da causa de canonização de São Juan Diego, disse que “Santa Maria de Guadalupe é a mulher do Apocalipse”, assim como “modelo de evangelização perfeitamente inculturado". Em diálogo com ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI –,  Pe. Chávez, um dos principais especialistas em Nossa Senhora de Guadalupe, assinalou que, “se prestarmos atenção e refletirmos no que diz a Sagrada Escritura, a imagem da Virgem de Guadalupe é Apocalipse 12,1-2: um grande sinal no céu, uma mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e, coroada de doze estrelas, está a ponto de dar à luz. Está grávida”. O sacerdote mexicano indicou que “o que o Apocalipse diz é exatamente o que é a iconografia de Santa Maria de Guadalupe. Recordem que ela é o modelo de evangelização perfeitamente inculturado, como disse o Papa João Paulo II, e assim como fala com sua própria voz através de São Juan Diego, também fala através da imagem e é entendida perfeitamente pelos indígenas, porque tem essas sementes do verbo de sua cultura”.  “Ao mesmo tempo, é entendida pelos europeus. Por isso ela tem esta figura, como descreve o Apocalipse 12, perfeitamente conhecida pelos europeus”. “E, se lermos ainda mais adiante, Apocalipse 21, perceberemos que tem esta profundidade de ser Ela a Mãe da Igreja, como diz o Papa Francisco. Ela é a nova Jerusalém que vem vestida de noiva, como diz o Apocalipse 21”, acrescentou. Em seguida, Pe. Chávez assinalou que “neste templo que ela efetivamente constrói é onde podemos chegar com nossos sofrimentos, com nossas dores, com nossas doenças, para que ela nos cure, nos incentive, nos encha de seu amor. Assim como faz com São Juan Diego, faz isso com cada um de nós: não tenha medo, acaso não estou eu aqui que tenho a honra, a alegria de ser tua mãe?”. “Ela, uma mulher grávida, daquele que é o verdadeiríssimo Deus por quem se vive. Por isso, é esta imagem da Imaculada Conceição que toma sua figura de Apocalipse 12”, disse. “Não a inventaram, nem colocaram por aqui e por lá alguns sinais europeus. Pelo contrário, ela é quem pega tudo isso levando à plenitude”, destacou. A Virgem de Guadalupe apareceu ao indígena São Juan Diego entre 9 e 12 de dezembro de 1531 e lhe pediu que intercedesse diante do primeiro Bispo do México, o franciscano Frei Juan de Zumárraga, para construir um templo aos pés da colina de Tepeyac.

Como prova da veracidade da aparição, a Virgem Maria pediu ao indígena que levasse as flores de uma roseira aparecida milagrosamente no árido Tepeyac. Quando São Juan Diego apresentou as flores ao Bispo, sua tilma, o pano no qual as levava, ficou marcado com a imagem de Nossa Senhora de uadalupe.A imagem da Virgem, cheia de simbologia que podia ser lida pelos indígenas mexicanos, promoveu a evangelização do México, facilitando milhões de conversões nos anos seguintes. O diretor do ISEG explicou que a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe possui sinais claramente entendidos pelos indígenas, como “este manto, por exemplo, azul esverdeado, que significa o azul do céu e o verde da vida, e que somente os imperadores podiam usá-lo. Ao ver esse manto nela, os indígenas entenderam que ela é imperatriz”. “Ao vê-la nesta lua negra, em eclipse, ela está esmagando o eclipse, o que para os indígenas significa a mesma coisa que a serpente para os europeus, o diabo. Mas é o eclipse, porque para os indígenas a serpente é algo bom, não é ruim”. Pe. Chávez destacou que, “para os indígenas, preto significa morte e o eclipse é o mais terrível, pois a lua está devorando o sol. Eles são filhos do sol”. "Assim, lá está, no meio da lua, pisando na lua, está no umbigo da lua, que é uma coisa boa, porque é o umbigo da lua, o que significa México, é o lar de Deus onipotente", acrescentou. No entanto, destacou, “o centro de sua imagem não é ela, ela é o sinal, uma Virgem Mãe. Jesus Cristo é o centro de sua imagem, mas também o centro de sua mensagem: quero, com tanto desejo, diz a Virgem de Guadalupe, uma casinha sagrada, para exaltá-lo, para manifestá-lo, para oferecer-lhe meu amor-pessoa, Ele que é meu olhar misericordioso, Ele que é meu auxílio, Ele que é minha salvação”. “E também, o centro dessa casinha sagrada que ela tanto deseja que ao mesmo tempo significa templo, igreja, santuário, civilização do amor de Deus e ao dizer casinha sagrada obviamente também está dizendo família”, disse. “Por isso, é a mulher do Apocalipse, é como a custódia onde está no centro Jesus Cristo Nosso Senhor. Ela também é Mãe da Igreja, ela também é Mulher Eucarística”, finalizou.

Oração: Senhor, Nosso Deus, que inspirastes a São João da Cruz extraordinário amor à Cruz e perfeita abnegação de si mesmo, concedei que, imitando o seu exemplo, cheguemos à contemplação eterna da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Evangelho (Mt 21,23-27):

 Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele, perguntando: «Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu essa autoridade?». Jesus respondeu-lhes: «Eu também vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço isso. De onde era o batismo de João, do céu ou dos homens?». Eles ponderavam entre si:«Se respondermos: Do céu, ele nos dirá: Por que não acreditastes nele? Se respondermos: Dos homens, ficamos com medo do povo, pois todos têm João em conta de profeta». Então responderam-lhe: «Não sabemos». Ao que ele retrucou: «Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas».

«Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu essa autoridade?»

Rev. D. Melcior QUEROL i Solà(Ribes de Freser, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos convida a contemplar dois aspectos da personalidade de Jesus: astúcia e autoridade. Olhemos primeiro a astúcia: Ele conhece profundamente o coração do homem, conhece o interior de cada pessoa que chega perto dele. E, quando os sumos sacerdotes e os notáveis do povo se dirigem a Ele para perguntar-lhe, com malícia: «Com que autoridade fazes essas coisas?» (Mt 21,23), Jesus, que conhece a falsidade deles, lhes responde com outra pergunta: «De onde era o batismo de João, do céu ou dos homens?» (Mt 21,25). Eles não sabiam o que responder, pois se respondiam que era do céu, estariam se contradizendo eles mesmos por não terem acreditado e, se respondiam que era dos homens, estariam em contra do povo, que o via como profeta. Estão num beco sem saída. Astutamente, Jesus com uma simples pergunta há denunciado sua hipocrisia; lhes deu a verdade. E a verdade sempre incomoda, faz estremecer.
Também nós estamos chamados a ter a astúcia de Jesus, para fazer estremecer a mentira. Tantas vezes os filhos das trevas usam de toda a astúcia para conseguir mais dinheiro, mais poder e mais prestígio; enquanto que os filhos da luz parecem que temos a astúcia e a imaginação um pouco adormecidas. Do mesmo modo que um homem do mundo utiliza a imaginação ao serviço de seus interesses, os cristãos devemos usar nossos talentos ao serviço de Deus e do Evangelho. Por exemplo; quando nos encontramos ante uma pessoa que fala mal da Igreja (coisa que acontece com frequência), com que astúcia sabemos responder a uma critica negativa? Ou em um ambiente de trabalho, com um colega que vive só para si mesmo e não enxerga mais ninguém, com que astúcia saberemos devolver bem por mal? Se o amamos, como Jesus, nossa presença lhe será muito “incômoda”.
Jesus exercia sua autoridade graças ao profundo conhecimento que tinha das pessoas e das situações. Também nós estamos chamados a ter essa autoridade. É um dom que nos vem do alto. Quanto mais pratiquemos colocar as coisas no seus lugares —as pequenas coisas de cada dia— melhor saberemos orientar às pessoas e as situações, graças às inspirações do Espírito Santo.

Santo do Dia: São João da Cruz

João nasceu na Espanha em 1542. Ainda na infância, ficou órfão de pai. Sua mãe mudou-se então para Medina, onde João trabalhava num hospital de dia e estudava gramática a noite.
Ainda jovem sentiu-se atraído pela vida religiosa e tornou-se carmelita, indo estudar em Salamanca. Mesmo dedicando-se totalmente aos estudos, encontrava tempo para visitar doentes em hospitais ou em suas casas, prestando serviço como enfermeiro.
Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos. Foi então que a futura Santa Tereza de Ávila cruzou seu caminho. Com autorização para promover, na Espanha, a fundação de conventos reformados, ela atraiu João da Cruz para esse trabalho. Com isso ele passou a trabalhar na reforma do Carmelo, recuperando os princípios e a disciplina.
Os escritos sobre sua vida dão conta de que abraçou a cruz dos sofrimentos e contrariedades. Conta-se que ele pedia insistentemente três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos homens.
Faleceu após uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade, na Espanha.(
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A doutrina de João da Cruz é plenamente fiel à antiga tradição: o objetivo do homem na terra é alcançar "Perfeição da Caridade e elevar-se à dignidade de filho de Deus pelo amor"; a contemplação não é um fim em si mesma, mas deve conduzir ao amor e à união com Deus pelo amor.

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