O Cardeal Sako celebra o Natal em Mosul depois de ser libertada do Estado Islâmico. Foto: Saint-adday.com - BAGDÁ, 17 dez. 20 / 01:15 pm (ACI).- O Parlamento do Iraque, um país majoritariamente muçulmano, aceitou por unanimidade que o dia do Natal será um feriado em todo o país. Trata-se de uma proposta do Cardeal Louis Raphael Sako, Patriarca da Babilônia dos Caldeus, aceita pelos parlamentares iraquianos, decisão que, segundo a Agência Fides, foi divulgada após um encontro entre o Presidente do Iraque, Barham Salih, e o Patriarca Cardeal Sako. A decisão, também interpretada como um gesto para com os cristãos em vista da próxima visita do Papa Francisco ao Iraque, de 5 a 8 de março de 2021, não se limitará apenas a este Natal de 2020-2021, mas será uma medida definitiva: O Natal fica incluído como feriado no calendário do Iraque. O Cardeal Sako agradeceu o gesto ao presidente da nação, ao presidente do Parlamento e a todos os deputados por esta medida que significará "o bem para seus irmãos cristãos". Conforme noticiado pela Agência Fides, a proposta foi feita em 17 de outubro, durante uma conversa entre o Patriarca e o Presidente Salih na residência presidencial. O presidente reconheceu então e agradeceu o esforço dos cristãos no processo de reconstrução do país após anos de guerra, principalmente após a ofensiva do Estado Islâmico que ocupou parte do norte do país. Nessa mesma conversa, o presidente afirmou ainda que seu governo vai se envolver nos esforços para fazer com que os cristãos, e membros de outras minorias, que foram forçados a abandonar suas casas por causa do Estado Islâmico, retornem aos seus lugares de origem. Em particular, citou os esforços centrados em Mosul e na planície de Nínive, onde a maioria dos cristãos iraquianos vivia antes da chegada dos terroristas. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Evangelho (Mt 1,18-24):
Ora, a origem de Jesus
Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes
de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo.
José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, pensou
em despedi-la secretamente.
Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor,
que lhe disse: «José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua
esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e
tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados».
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta:
«Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome
de Emanuel, que significa: Deus-conosco». Quando acordou, José fez conforme o
anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa.
«José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, a liturgia da palavra
convida-nos a considerar o maravilhoso exemplo de São José. Ele foi
extraordinariamente sacrificado e delicado com sua noiva Maria.
Não há dúvidas de que ambos eram excelentes pessoas, apaixonados como nenhum
outro casal. Mas, também temos que reconhecer que o Altíssimo quis que seu amor
esponsalício passasse por circunstâncias muito exigentes.
O Papa são João Paulo II escreveu, que «O cristianismo é a surpresa de um Deus
que saiu ao encontro da sua criatura». De fato, foi Ele quem tomou a
“iniciativa”; para vir a este mundo, não esperou que tivéssemos merecimentos.
Apesar de tudo, Ele propõe, não impõe: quase —diríamos — nos pede “licença”. A
Santa Maria propôs — não lhe impôs!— a vocação de Mãe de Deus: «Ele, que tinha
o poder de criar tudo a partir de nada, negou-se a refazer o que tinha sido
profanado se Maria não participasse» (Santo Anselmo)
Mas Deus não só nos pede licença, mas também contribuição para seus planos, e
contribuição heróica. E assim foi o que aconteceu com Maria e José. Em resumo,
o Menino Jesus necessitou ter pais. Mais ainda: Necessitou o heroísmo de seus
pais, que tiveram que se esforçar muito para defender a vida do “pequeno
Redentor”.
O mais bonito é que Maria revelou poucos detalhes do seu parto: um fato tão
emblemático está relatado só em dois versículos (cf. Lc 2,6-7). Porém, foi mais
explícita ao falar da delicadeza que seu esposo José teve com Ela. O fato foi
que «antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do
Espírito Santo» (Mt 1,18) e, para não infamá-la, José teria preferido
desaparecer discretamente e renunciar ao seu amor (circunstância que a
desfavorecia socialmente). Dessa maneira, antes de ter sido promulgada a lei da
caridade, São José já a praticou: Maria (e o tratamento justo com ela) foi sua
lei.
Nobre de coração e de linhagem, Vunibaldo nasceu em
701. Era filho de Ricardo, rei da Inglaterra e irmão de Vilibaldo e Valburga,
todos também santificados pela igreja.
Em 720 partiu com o pai e o irmão em peregrinação para a Terra Santa, passando
antes por Roma. Mas seu pai adoeceu durante a viagem e morreu na cidade
italiana de Luca. Os dois irmãos ficaram juntos em Roma, por dois anos e depois
seguiram rumos diferentes.
Em 738, Vunibaldo foi ordenado sacerdote e foi auxiliar a evangelização da
Alemanha, ao lado do tio Bonifácio. Por algum tempo ficou acompanhando o tio na
sua obra apostólica. Porém cada vez mais ansiava pela vida monástica e pela
contemplação na solidão. Juntou seus bens e construiu um mosteiro.
Logo foi nomeado abade, dedicando-se ao apostolado para reforçar a fé da
população que vivia mergulhada em situações de pecado. Passou a vida em constante
oração. Quando já não conseguia mais caminhar até a igreja, pediu para
colocarem um pequeno altar em sua cela. Pouco tempo depois morreu, em 18 de
dezembro de 761.
Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR
Reflexão: Vunibaldo tinha
fama de santidade em vida. O seu culto se difundiu principalmente entre os
povos germânicos. A biografia de Santo Vunibaldo foi escrita por sua irmã Santa
Valburga, que relatou com detalhes os prodígios que aconteciam com sua simples
presença. Vunibaldo dedicou sua vida a oração contemplativa e ao apostolado.
Preferia ficar retirado na solidão, mas colocava-se sempre disponível para
difundir o Evangelho.
TJL@
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