Cartaz da marcha e neo-sacerdote com a mãe depois da ordenado no rito antigo / La Voie Romaine PARIS, 11 jan. 22 / 04:00 pm (ACI).- “Descobri o rito tridentino há cerca de 30 anos graças aos dominicanos do Espírito Santo e fui tocada pela sacralidade litúrgica que não conhecia até então. Os sacerdotes, assim como os fiéis que conhecemos, foram um grande apoio para o crescimento espiritual de toda a nossa família.” Esse é o testemunho de uma das mães que marchará a Roma para levar ao papa a sua experiência e o apego de muitos fiéis à liturgia anterior à reforma do Concílio Vaticano II. Em julho passado, o papa Francisco publicou o motu proprio Traditionis custodes que restringe a celebração da missa tradicional, que Bento XVI e são João Paulo II haviam liberado. O papa alegou a necessidade de garantir a unidade na Igreja. A associação La voie Romane (A Via Romana), criada para levar, em uma marcha a pé até Roma, cartas de fiéis de toda a França e de outros países em defesa da liturgia antiga, reúne mães de sacerdotes que celebram segundo o missal de 1962. Não há nenhuma garantia de que o papa receberá essas mães, mas o testemunho que dão é o de um vínculo muito particular com os filhos que acompanham na sua vocação religiosa, e poderão expressar, explicam os organizadores, "esse sofrimento, humano e espiritual ao papa Francisco. O objetivo é receber dele “um encorajamento e talvez milagrosamente, uma mudança sobre a liberdade de celebrar o rito tridentino na Igreja”. A marcha sairá de Paris no dia 6 de março de 2022. Serão etapas de cerca de vinte quilômetros, até Roma, aonde os participantes deverão chegar em 1º de maio. As paradas também serão ocasiões de encontros espirituais. As redes sociais vão permitir que quem não puder participar acompanhe a marcha. A marcha que é apoiada pelas mães dos sacerdotes ligados ao "vetus ordo" é aberta a todos e os organizadores sublinham: "desejamos confiar às mães dos sacerdotes a tarefa de marchar de Paris a Roma para colocar aos pés do Santo Padre a petição de todos os fiéis que vivem a fé através do rito tridentino e em plena comunhão com a Igreja. Fortalecidos pelo nosso amor por esta liturgia que ainda hoje leva muitas almas a voltar ao Senhor”. E acrescentam: “Surpreendentemente, a maioria das cartas que recebemos para nossa marcha não vêm de cristãos tradicionalistas, mas de cristãos que querem testemunhar seu apego a esse rito”. O motu propio Traditiones custodes dá ao bispo local a responsabilidade de autorizar ou não a celebração da missa tradicional em sua diocese. Desde julho, as reações dos bispos são variadas. Em muitos casos, os bispos locais confirmaram de fato, em acordo com a Santa Sé, os compromissos com as celebrações do vetus ordo já existentes em várias paróquias. Outras dioceses restringiram parcial ou totalmente a celebração da missa tradicional. No dia 18 de dezembro a Congregação para a Divina Liturgia e a Disciplina dos Sacramentos publicou um documento em forma de respostas a perguntas que restringe mais a possibilidade de missas tradicionais e veta o uso da liturgia anterior ao Vaticano II para qualquer outro sacramento que não a eucaristia.
Oração: Querido Pai de bondade, olhai com solicitude seu povo e pela intercessão de Santo Antonio Maria Pucci, dai-nos santos pastores para nossas comunidades, que nos guiem pelos caminhos da fraternidade e da justiça. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 1,29-39):
Logo que saíram da sinagoga,
foram com Tiago e João para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de
cama, com febre, e logo falaram dela a Jesus. Ele aproximou-se e, tomando-a
pela mão, levantou-a; a febre a deixou, e ela se pôs a servi-los.
Ao anoitecer, depois do pôr do sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que
tinham demônios. A cidade inteira se ajuntou à porta da casa. Ele curou muitos
que sofriam de diversas enfermidades; expulsou também muitos demônios, e não
lhes permitia falar, porque sabiam quem ele era.
De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a
um lugar deserto. Lá, ele orava. Simão e os que estavam com ele se puseram a
procurá-lo. E quando o encontraram, disseram-lhe: «Todos te procuram». Jesus
respondeu: «Vamos a outros lugares, nas aldeias da redondeza, a fim de que, lá
também, eu proclame a Boa Nova. Pois foi para isso que eu saí».E foi
proclamando nas sinagogas por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.
«De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava. » - + Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje vemos claramente como Jesus dividia a jornada.
Por um lado, dedicava-se à oração e, por outro, à missão de predicar com
palavras e com obras. Contemplação e ação. Oração e trabalho. Estar com Deus e
estar com os homens.
De fato, vemos Jesus entregado em Corpo e alma em sua tarefa de Messias e
Salvador: cura aos doentes, como à sogra de São Pedro e muitos outros, consola
os que estão tristes, expulsa demônios, predica. Todos levam-lhe seus doentes e
endemoniados. Todos querem escutá-lo: «Todos te procuram» (Mc 1,37),dizem os
discípulos. Seguro que tinha uma atividade frequentemente cansativa, que quase
não lhe deixava nem respirar.
Mas, Jesus procurava também tempo de solidão para se dedicar à oração: «De
madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um
lugar deserto. Lá, ele orava» (Mc 1,35). Em outras partes dos Evangelhos vemos
Jesus dedicado à oração em outras horas e, inclusive a altas horas da noite.
Sabia distribuir o tempo sábiamente, para que sua jornada tivesse um equilíbrio
razoável de trabalho e oração
Nós dizemos frecuentemente: Não tenho tempo! Estamos ocupados com o trabalho do
lar, com o trabalho profissional e, com as inumeráveis tarefas que enchem nossa
agenda. Com frequência cremo-nos dispensados da oração diária. Fazemos muitas
coisas importantes, isso sim, mas corremos o risco de esquecer a mais
necessária: a oração. Devemos criar um equilíbrio para fazer umas sem
desatender as outras.
São Francisco o propõe assim: «Há que trabalhar fielmente e com dedicação, sem
apagar o espírito da santa oração e devoção, para o que hão de servir as outras
coisas temporais».
Deveríamos nos organizar um pouco mais. Disciplinar-nos, “domesticando” o
tempo. O que é importante há de caber. Ainda mais o que é necessário.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Procurai reunir-vos
mais vezes para celebrardes em ação de graças e os louvores divinos. Quando vos
reunis com frequência, num mesmo lugar, debilita-se o poder de Satanás e a
unidade da vossa fé impede-o de vos causar qualquer tipo de mal» (Santo Ignácio
de Antioquía) «O “amor formoso” aprende-se, sobretudo, rezando. A oração leva
sempre consigo uma especie de esconderijo com Cristo, em Deus. Apenas num
esconderijo destes o Espirito Santo pode atuar, ele que é fonte do “amor
formoso”» (São João Paulo II) «Não se faz contemplação [oração] quando se tem
tempo; ao invés, arranja-se tempo para estar com o Senhor, com a firme
determinação de não Lho retirar durante o caminho, sejam quais forem as
provações e a aridez do encontro» (Catecismo da Igreja Catolica, nº 2.710)
Santo do Dia: Santo Antonio Maria Pucci
No
batismo recebeu o nome de Eustáquio Pucci. Nasceu na Itália em 1819. Aos
dezoito anos, ele ingressou no convento dos Servos de Maria, onde mudou o nome
para Antonio Maria. Em 1847 foi enviado como vice-pároco para a nova paróquia
confiada aos servitas e, três anos depois, tornou-se o pároco, função que
executou durante quarenta e oito anos, até morrer.
Dedicou-se
com zelo heroico à cura espiritual e material dos seus fiéis, que o chamavam
afetuosamente de "o curador". Padre Antonio Maria enfrentou duas
epidemias na cidade, tratando pessoalmente dos mais doentes, pois tinha o dom
da cura e do conselho.
Em 1853
fundou a congregação das Irmãs auxiliares Servas de Maria, direcionadas para a
educação dos adolescentes, e criou o primeiro orfanato mariano para as crianças
doentes e pobres. Além disto, introduziu outras organizações já existentes,
todas dedicadas às obras de caridade que atendiam os velhos, crianças, doentes
e pobres.
Depois de
socorrer um doente, numa noite fria e de tempestade, contraiu uma pneumonia,
que o levou à morte em 12 de janeiro de 1892.(Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR)
Reflexão: A vida de
Santo Antonio Maria Pucci leva-nos a lembrar de nossos párocos e a rezar por
eles. Não é fácil cuidar de uma paróquia e cada um de nós, que participamos de
comunidades, tem que saber amar e respeitar nossos pastores, ainda que eles
tenham suas fraquezas.
TJL- A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário