Missa tradicional celebrada pelo Instituto Bom Pastor em Curitiba. Foto: Facebook Missa Tridentina IBP Curitiba Curitiba, 13 jan. 22 / 12:36 pm (ACI).- O arcebispo de Curitiba (PR), dom José Antônio Peruzzo, nomeou dois padres diocesanos para celebrar a missa no rito anterior à reforma do Concílio Vaticano II na cidade, excluindo, assim, de suas funções o Instituto Bom Pastor, que desde 2018 mantém um apostolado ligado à missa tradicional na cidade. Um abaixo-assinado pela manutenção do instituto na arquidiocese até o momento já conta com 13,7 mil assinaturas de fiéis. O Instituto Bom Pastor é uma sociedade de vida apostólica de direito pontifício estabelecido por são João Paulo II. Em seu site, o instituto diz que sua “especificidade” é a “missão, confiada pela própria Santa Sé, de defender e difundir a tradição católica sob todas as suas formas: doutrinal, apostólica e litúrgica”. Esta missão “é concretizada primeiramente pelo uso exclusivo do Rito Romano Tradicional em todos os atos litúrgicos”.
Oração: Pai de amor e de bondade, que escolhestes ao longo dos tempos homens e mulheres para proclamar as maravilhas de vosso amor, servindo os pobres e abandonados. Concedei-nos, pela intercessão do Beato Pedro Donders, a paciência e a coragem de vos servir todos os dias de nossa vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 2,1-12):
Alguns
dias depois, Jesus passou novamente por Cafarnaum, e espalhou-se a notícia de
que ele estava em casa. Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar, nem
mesmo à porta. E Jesus dirigia-lhes a palavra.
Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não conseguiam
apresentá-lo a ele, por causa da multidão, abriram o teto, bem em cima do lugar
onde ele estava e, pelo buraco, desceram a maca em que o paralítico estava
deitado. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus
pecados são perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas, que no seu coração pensavam: «Como pode
ele falar deste modo? Está blasfemando. Só Deus pode perdoar pecados»! Pelo seu
espírito, Jesus logo percebeu que eles assim pensavam e disse-lhes: «Por que
pensais essas coisas no vosso coração? Que é mais fácil, dizer ao paralítico:
‘Os teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te, pega a tua maca e anda’? Ora,
para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados —
disse ao paralítico — eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para
casa!»
O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos
ficaram admirados e louvavam a Deus dizendo: «Nunca vimos coisa igual!».
«Filho, os teus pecados são perdoados(...)Levanta-te, pega a tua maca e anda» - Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido(Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje,
vemos novamente Jesus rodeado de uma multidão: «Ajuntou-se tanta gente que já
não havia mais lugar, nem mesmo à porta» (Mc 2,2). O Seu coração abre-se
perante as necessidades dos outros e faz-lhes todo o bem possível: perdoa,
ensina e cura ao mesmo tempo. Dá-lhes certamente ajuda a nível material (no
caso de hoje, fá-lo curando-o de uma paralisia), mas — no fundo— procura o
melhor e o primeiro para cada um de nós: o bem da alma.
Jesus Salvador quer deixar-nos uma esperança certa de salvação: Ele é capaz até
de perdoar os pecados e de se compadecer da nossa debilidade moral. Antes de
mais, diz taxativamente: «Filho, os teus pecados são perdoados» (Mc 2,5).
Depois, contemplamo-lo associando o perdão dos pecados —que dispensa generosa e
incansavelmente— a um milagre extraordinário, “palpável” aos nossos olhos
físicos. Como uma espécie de garantia externa, para nos abrir os olhos da fé,
depois de declarar o perdão dos pecados do paralítico, cura-o da paralisia: «Eu
te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa! O paralítico se levantou
e, à vista de todos, saiu carregando a maca» (Mc 2,11-12).
Podemos reviver frequentemente este milagre na Confissão. Nas palavras da
absolvição que o ministro de Deus pronuncia («Eu te absolvo em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo») Jesus oferece-nos novamente — de maneira discreta—a
garantia externa do perdão dos nossos pecados, garantia equivalente à cura
espetacular que realizou com o paralítico de Cafarnaúm.
Começamos agora um novo tempo comum. E recorda-se a nós, os crentes a
necessidade urgente que temos de um encontro sincero e pessoal com Jesus
misericordioso. Neste tempo, Ele convida-nos a não fazer “descontos”, a não
descuidar o perdão necessário que Ele nos oferece no Seu seio, na Igreja.
Pensamentos para o Evangelho de hoje:
«Ao perdoar os pecados, salvou o homem
e deu a entender visivelmente quem era Ele, na sua pessoa: Ele era o Verbo de
Deus encarnado, com potestade para perdoar os pecados. Como homem se compadece
de nós, e como Deus tem piedade de nós e perdoa as nossas ofensas» (Santo
Ireneu). «O Evangelho apresenta-nos a Cristo que vence a parálise da
humanidade. Descreve o poder da Misericórdia divina que perdoa e anula todo
pecado quando encontra uma fé autêntica. O mandato de Cristo pode dar um giro à
situação: ‘¡Levanta-te, caminha!’» (Francisco). «O Senhor Jesus Cristo, médico
das nossas almas e dos nossos corpos, que perdoou os pecados ao paralítico e
lhe restituiu a saúde do corpo, quis que a sua Igreja continuasse, na força do
Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvação, mesmo para com os seus
próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: do
sacramento da Penitência e o da Unção dos enfermos» (Catecismo de la Igreja
Católica, nº 1.421)
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