Do Líbano o grande testemunho da unidade entre os cristãos O Patriarca católico armênio Raphaël Bedros XXI Minassian elogia as Igrejas cristãs de seu país e aponta o egoísmo como o pecado mais grave que impede a unidade entre os cristãos. "A única coisa que nos aproxima um do outro é a oração, o diálogo com Deus". Francesca Sabatinelli – Vatican News
Os cristãos
estão "espalhados pela terra e caíram na agitação do egoísmo individual e
coletivo", esquecendo-se de seu Senhor. Estas foram palavras firmes
pronunciadas pelo patriarca católico armênio Raphaël Bedros XXI Minassian ao
abrir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos no domingo passado (16/01)
na Catedral dos Santos Elias e Gregório em Beirute.
As feridas profundas impedem a unidade. O Patriarca destacou o sofrimento que as Igrejas cristãs ainda hoje vivem por causa das "feridas profundas e dolorosas, causada pelos séculos", invocou a unidade querida por Deus Criador e exortou a um retorno à oração. Para ouvi-lo estavam presentes pela primeira vez unidos para a ocasião patriarcas, bispos, sacerdotes e representantes das Igrejas cristãs do país, incluindo o Patriarca dos Maronitas, o Cardeal Béchara Boutros Pierre Rai, o Patriarca dos Melquitas, o Arcebispo Youssef Absi, o Patriarca católico sírio de Antioquia, Youssef Younan, e o Núncio Apostólico no Líbano, Dom Joseph Spiteri.
Oração: Senhor nosso Deus, que deste Santa Inês como modelo e guia à numerosas virgens, concedei que conservemos sempre bem vivo aquele espírito seráfico, que ela ensinou com sabedoria e confirmou com magníficos exemplos de santidade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 3,13-19)
Jesus subiu a montanha e chamou os que ele
quis; e foram a ele. Ele constituiu então doze, para que ficassem com ele e
para que os enviasse a anunciar a Boa Nova, com o poder de expulsar os
demônios. Eram: Simão (a quem deu o nome de Pedro); Tiago, o filho de Zebedeu,
e João, seu irmão(aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do
trovão”); e ainda André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago filho de
Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
«Jesus subiu a montanha e chamou os que ele quis» - Rev. D. Jordi POU i Sabater(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje o Evangelho condensa a teologia da vocação
cristã: O Senhor elege os que quer para estarem com Ele ou para os enviar como
apóstolos (cf. Mc 3,13-14). Em primeiro lugar, escolheu-os: antes da criação do
mundo, destinou-nos a sermos santos (cf. Ef 1,4). Ama-nos em Cristo, e é nele
que nos modela, dando-nos qualidades para sermos seus filhos. Apenas face à
vocação se entendem as nossas qualidades; a vocação é o “papel” que nos deu na
redenção. É no descobrimento do íntimo “porquê” da minha existência, quando me
sinto plenamente ”eu”, quando vivo a minha vocação.
E para que somos chamados? Para estarmos com Ele. Esta chamada implica
correspondência: «Um dia —não quero generalizar, abre o seu coração ao Senhor e
conta-lhe a sua história—, provávelmente um amigo, um cristão igual a você,
descobriu-lhe um panorama profundo e novo, sendo ao mesmo tempo velho como o
Evangelho. E lhe sugira a possibilidade de se empenhar seriamente em seguir a
Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenha então perdido a tranquilidade
e não a recupere, convertida em paz, até que, livremente, porque quis —que é a
razão mais sobrenatural—, responda que sim a Deus. E chega a alegria,
magnífica, constante, que apenas desaparece quando se afaste dele» (São
Josémaria).
É dom, mas também tarefa: Santidade mediante a oração e os sacramentos e, além
disso, luta pessoal. «Todos os fieis, de qualquer estado e condição de vida,
estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição na caridade, santidade
que, mesmo na sociedade terrena, promove um modo mais humano de viver»
(Concílio Vaticano II).
Assim, podemos sentir a missão apostólica: levar Cristo aos outros; tê-lo e
levá-lo. Hoje podemos considerar mais atentamente a chamada e afinar algum
detalhe da nossa resposta de amor.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «‘Exorto-vos a apresentar os vossos corpos’ (Rom 12,1). Orando assim, o Apóstolo eleva todos os homens à dignidade do sacerdócio; exorta todos a apresentarem os seus corpos como sacrifício vivo» (São Pedro Crisólogo) «O bem tende sempre a se comunicar. Ao comunicá-lo, o bem se enraíza e se desenvolve (...). Não deveriamos de nos surpreender entao com algumas expressões de São Paulo: ‘O amor de Cristo nos urge’ (2Cor 5,14); ‘Ai de mim se não proclamava o Evangelho!’ (1Cor 9,16)» (Francisco) «Desde o princípio da sua vida pública, Jesus escolheu alguns homens, em número de doze, para andarem com Ele e participarem na sua missão; Deu-lhes parte na sua autoridade ‘e enviou-os a pregar o Reino de Deus e a fazer curas’ (Lc 9, 2) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 551)
Santo do Dia: Santa Inês
Inês
pertencia a uma rica e nobre família cristã romana. Isso lhe possibilitou
receber uma bela educação. Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como
cristã. Tudo porque não aceitou casar-se com o prefeito de Roma.
A narração
que nos chegou conta que o rapaz tentou a todo custo casar-se com Inês, mas
nada convencia Inês. Um dia tentou agarrá-la a força e acabou sendo atingido
por um raio. O pai do rapaz suplicou a Inês que recuperasse a vida do filho.
Inês, armada de fé, rezou e trouxe de novo respiração ao rapaz.
Diante
disso, o rapaz converteu-se, mas o pai, endurecido de coração, passou a
perseguir Inês. Acabou presa, mas nem sob tortura renegou a fé em Cristo.
Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse,
Inês se manteve firme em suas orações a Cristo. Depois foi levada à uma casa de
prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer
num fio de seu cabelo.
Num ato de
desespero, o prefeito mandou decapitar a jovem menina, que tornou-se uma das
mártires mais conhecidas do cristianismo. Na arte, Santa Inês é comumente
representada com uma ovelha e uma palma.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: A santidade é o ideal do cristão. Todos somos chamados a ser
santos, realizando em nossas vidas o projeto sonhado por Deus. A exemplo de
santa Inês façamos gestos de amor ao próximo, sobretudo aos mais abandonados.
TJL-
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