O papa
Francisco interrompeu sua catequese semanal na Audiência Geral nesta
quarta-feira, 12 de janeiro, para rezar em silêncio pelos homens e mulheres
desesperados em busca de trabalho e recordou em particular aqueles que chegaram
ao ponto de tirar a própria vida.
Oração: Ó Deus,
que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Hilário de Poitiers,
concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a
proclamemos em nossas ações. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 1,40-45):
Um
leproso aproximou-se de Jesus e, de joelhos, suplicava-lhe: «Se queres, tens o
poder de purificar-me!». Jesus encheu-se de compaixão, e estendendo a mão sobre
ele, o tocou, dizendo: «Eu quero, fica purificado». Imediatamente a lepra
desapareceu, e ele ficou purificado. Jesus, com severidade, despediu-o e
recomendou-lhe: «Não contes nada a ninguém! Mas vai mostrar-te ao sacerdote e
apresenta, por tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés. Isso lhes
servirá de testemunho”.
Ele, porém, assim que partiu, começou a proclamar e a divulgar muito este
acontecimento, de modo que Jesus já não podia entrar, publicamente, na cidade.
Ele ficava fora, em lugares desertos, mas de toda parte vinham a ele».
«‘Se queres, tens o
poder de purificar-me’(...)‘Eu quero, fica purificado’!»
Rev. D. Xavier
PAGÉS i Castañer(Barcelona, Espanha)
Hoje, na primeira
leitura, lemos: «Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos
corações!» (Heb 3,7-8). E repetimos-lo insistentemente na resposta ao Salmo 94.
Esta breve citação contém duas coisas: um desejo e uma advertência. Ambas
convêm nunca esquecer.
Durante o nosso tempo diário de oração desejamos e pedimos para ouvirmos a voz
do Senhor. Mas, provávelmente, com demasiada frequência preocupamo-nos em
preencher esse tempo com as palavras que Lhe queremos dizer e não deixamos
tempo para ouvir o que Deus nos quer comunicar. Velemos pois para cuidarmos o
silêncio interior que —evitando distrações e concentrando a nossa atenção—abre
um espaço para acolhermos os afetos, inspirações… que o Senhor, certamente,
quer suscitar nos nossos corações.
Um risco que não podemos esquecer, é o perigo de que o nosso coração —com o
tempo —se vá endurecendo. Por vezes, os golpes da vida podem-nos converter,
mesmo sem nos darmos conta, numa pessoa mais desconfiada, insensível,
pessimista, sem esperança… Devemos pedir ao Senhor que nos torne conscientes
desta possível deterioração interior. A oração é uma ótima ocasião para dar uma
olhadela serena à nossa vida e a todas as circunstâncias que a rodeiam. Devemos
ler os diversos acontecimentos à luz dos Evangelhos, para descobrirmos que
aspectos necessitam uma verdadeira conversão.
Tomara que peçamos a nossa conversão com a mesma fé e confiança com que o
leproso se apresentou a Jesus!: «De joelhos, suplicava-lhe: “Se queres, tens o
poder de purificar-me”!». (Mc 1,40). Ele é o único que pode tornar possível
aquilo que por nós próprios resultaria impossível. Desejamos que Deus atue com
a sua graça em nós, para que o nosso coração seja purificado e, dócil no seu
agir, seja cada dia mais um coração à imagem e semelhança do coração de Jesus.
Ele, com confiança, diz-nos: «‘Eu quero, fica purificado’» (Mc 1,41).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Jesus,
sobretudo com seu estilo de vida e com suas ações, há demostrado como no mundo
em que moramos está presente o amor. Este amor [misericordioso de Deus] se faz
notar particularmente no contato com o sofrimento, a injustiça, a pobreza» (São
Joao Paulo II) «Vivemos neste mundo no que Deus não tem a evidência do
palpável. Só se pode lhe encontrar com o impulso do coração e reconhecer que
não só vivemos de “pão”, se não ante tudo da obediência à Palavra de Deus»
(Bento XVI) «Os homens, cooperadores muitas vezes inconscientes da vontade
divina, podem entrar deliberadamente no plano divino, por suas ações por suas
orações e também por seus sofrimentos (cf. Col 1,24). Tornam-se então
plenamente “cooperadores de Deus” (1Cor 3,9) e do seu Reino» (Catecismo da
Igreja Católica, n°307)
Santo do Dia: São Hilário de Poitiers
Hilário
era francês, nasceu em 315, de família rica e pagã, recebendo educação e
instrução privilegiada. Sua busca por respostas levou-o ao caminho da fé.
Fez-se batizar aos trinta anos de idade, junto com a esposa e a filha, e passou
a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos.
Hilário
viveu numa fase onde a Igreja sofria com a heresia ariana, uma doutrina que
negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com palavras e escritos, ele
defendeu amorosamente a plenitude de Jesus, Homem e Deus.
Sua
ação era tão bonita que povo o escolheu para ser bispo. Foi difícil aceitar o
cargo, pois para isso precisava deixar de lado os cuidados com a família de
sangue. Mas a fé falou mais alto e Hilário foi ordenado bispo de Poitiers, de
onde lutou contra a expansão do arianismo.
Hilário
foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. No Oriente, longe dos seus,
aproveitou para estudar a língua grega. Corajoso, durante o exílio de cinco
anos, escreveu livros contra os imperadores e contribuiu para a teologia da
revelação.
De
volta para a França, fez o casamento da filha e ajudou a esposa a entrar num
convento. Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo. Recebeu o
título de doutor da Igreja.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Os
Doutores da Igreja são homens e mulheres que são reverenciados pela Igreja pelo
especial valor dos seus escritos, pregações e a santidade de suas vidas. Cada
um deles deu uma contribuição especial e muito valiosa à fé, ao entendimento
dos evangelhos, da doutrina e de Jesus.
TJL-
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