quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 7. JANEIRO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO

7 DE JANEIRO DE 2022 - Sexta-feira depois da Epifania

Oração: Senhor, que destes a São Raimundo de Peñafort a virtude de uma admirável misericórdia para com os pecadores e os prisioneiros, dignai-vos, por sua intercessão, quebrar as cadeias dos nossos pecados para podermos cumprir livremente a vossa vontade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Lc 5,12-16):

 Estando Jesus numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao ver Jesus, ele caiu com o rosto em terra e suplicou-lhe: «Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me». Estendendo a mão, Jesus tocou nele e disse: «Quero, fica purificado». E imediatamente a lepra desapareceu. E ordenou-lhe que não o contasse a ninguém. «Mas», disse, «vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta por tua purificação a oferenda prescrita por Moisés. Isso lhes servirá de testemunho». Cada vez mais, sua fama se espalhava, e as multidões acorriam para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Ele, porém, se retirava para lugares desertos, onde se entregava à oração.

«Cada vez mais, sua fama se espalhava» - Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre(La Garriga, Barcelona, Espanha)

Hoje temos uma grande responsabilidade em fazer que «sua fama» (Lc 5,15) continue se estendendo, sobre tudo, a todos aqueles que não lhe conhecem ou que, por diversas razões e circunstâncias, se afastaram Dele.
Mas, este contágio não será possível se antes nós não temos sido capazes de reconhecer nossas próprias “lepras” particulares e de nos acercar a Cristo tendo consciência de que somente Ele nos pode liberar de maneira eficaz de todos nossos egoísmos, invejas, orgulhos e rancores...
Que a fama de Cristo se estenda a todos os cantos de nossa sociedade depende, em grande medida, dos ”encontros particulares” que tivemos com Ele. Quanto mais e mais intensamente nos impregnemos de seu Evangelho, de seu amor, de sua capacidade de escutar, de acolher, de perdoar, de aceitar o outro (por diferente que seja), mais capazes seremos nós de dá-lo a conhecer a nosso entorno.
O leproso do Evangelho que hoje se lê na Eucaristia é alguém que tem feito um duplo exercício de humildade. O de reconhecer qual é seu mal e, o de aceitar a Jesus como seu Salvador. Cristo é quem nos dá a oportunidade de fazer uma mudança radical e profunda na nossa vida. Diante de tudo aquilo que é impedimento para o amor e que tem se enquistado nos nossos corações e em nossas vidas, Cristo, com seu testemunho de vida e de Vida Nova, propõem-nos uma alternativa totalmente real e possível. A alternativa do amor, da ternura da misericórdia. Jesus, diante de quem é diferente a Ele (o leproso) não escapa, não o ignora, não o “despacha” à administração, nem às instituições ou às “ong’s”. Cristo aceita o reto do encontro e, ao “enfermo” lhe oferece aquilo que necessita, a cura/purificação.
Nós temos que ser capazes de oferecer aos que se aproximam a nossas vidas aquilo que recebemos do Senhor. Mas, antes será necessário encontrar-nos com Ele e renovar nosso compromisso de viver seu Evangelho nos pequenos detalhes de cada dia.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Aquele homem se ajoelha prostrando-se no chão —o que é um sinal de humildade e de vergonha— para que cada um se envergonhe das nódoas da sua vida. A sua confissão está cheia de piedade y de fé: esto é, reconheceu que curar-se estava nas mãos do Senhor» (Santo Beda o Venerável) «Através da sua Mãe é sempre Jesus quem sai ao nosso encontro para liberar-nos de toda doença do corpo e da alma. ¡Deixemo-nos tocar e purificar por Ele!» (Bento XVI) «Jesus acompanha as suas palavras com numerosos ‘milagres, prodígios e sinais, (Act 2,22), os quais manifestam que o Reino está presente n'Ele. Comprovam que Ele é o Messias anunciado (289)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 547)

Santo do Dia: São Raimundo de Peñafort

Raimundo era um fidalgo espanhol descendente dos reis de Aragão. Nasceu em 1175 e desde muito pequeno interessou-se pela vida religiosa e pelos estudos. Foi um ótimo professor de artes e direito e nunca deixou de cuidar das pessoas mais pobres.

Em 1220 foi ordenado sacerdote e escolhido vigário geral da diocese de Barcelona. Depois foi convocado para servir em Roma a pedido do Papa Gregório IX, do qual foi confessor cerca de oito anos. Estando ao lado do papa o exortava para que recebesse os pobres com a mesma dignidade com que acolhia os mais ricos.

Não aceitou ser ordenado bispo por considerar-se indigno do cargo. Na mesma época ajudou Pedro Nolasco, que também seria santo, a redigir as constituições da nascente Ordem das Mercês para a Redenção dos Cativos.

Com a chegada dos dominicanos em Barcelona, Raimundo volta para sua terra natal e torna-se um religioso dominicano, chegando depois a ser superior da Ordem na Espanha. Neste cargo foi zeloso e amigo de todos seus súditos.

Por inspiração, aos setenta anos, Raimundo voltou ao ensino. Fundou dois seminários onde o ensino era dado em hebraico e árabe, para atrair judeus e mouros ao Cristianismo. Raimundo de Peñafort morreu com cem anos, em janeiro de 1275.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Amor a Deus, preparação pessoal e zelo pelo próximo foram marcas registradas da vida de São Raimundo de Peñafort. Estes três elementos juntos são certamente a base de uma vida cristã digna e frutuosa. Que tal fazer de nossa vida uma profunda experiência de amor a Deus e aos irmãos?

TJL- A12.COM – EVANGELI.NET -

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