terça-feira, 4 de janeiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 5. JANEIRO DE 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


5 DE JANEIRO DE 2022 - Quarta-feira depois da Epifania

Papa Francisco preside um consistório / Daniel Ibáñez (ACI) Vaticano, 04 jan. 22 / 11:50 am (ACI).- O ano de 2021 foi o primeiro de seu pontificado em que o papa Francisco não convocou um consistório para a criação de novos cardeais. É muito provável que 2022 veja a distribuição de novos barretes vermelhos, já que, durante o ano, dez cardeais farão 80 anos e, assim, perderão o direito de voto num futuro conclave para a escolha de um novo papa. O colégio dos cardeais é composto por 215 Cardeais. Desses, 120 eleitores, teto máximo estabelecido pelo papa são Paulo VI e sempre confirmado por seus sucessores, e 95 não eleitores. Neste ano, o número de eleitores cairá para 110. O primeiro cardeal a completar 80 anos em 2022 será Ricardo Ezzati Andrello, arcebispo emérito de Santiago do Chile, criado pelo papa Francisco no consistório de 2014, que faz aniversário na próxima sexta-feira, 7 de janeiro. Em abril, mais dois cardeais criados pelo papa Francisco deixarão o eleitorado. No dia 7 o cardeal Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perugia-Città della Pieve e presidente da Conferência Episcopal Italiana, faz 80 anos, e, no dia 13, o cardeal espanhol Ricardo Blazquez Perez, arcebispo de Valladolid. No dia 6 de junho será a vez do arcebispo emérito da Cidade do México, Norberto Rivera Carrera, nomeado cardeal por são João Paulo II em 1998. Em setembro, o cardeal Gregorio Rosa Chavez, bispo auxiliar de San Salvador, que recebeu o barrete vermelho do papa Francisco em 2017, faz 80 anos no dia 3, e, no dia 22, o cardeal Ruben Salazar Gomez, colombiano, arcebispo emérito de Bogotá, criado por Bento XVI no consistório de novembro de 2012. No dia 1º de outubro o cardeal Giuseppe Bertello, ex-governador da Cidade do Vaticano, fará 80 anos e no dia 18 do mesmo mês o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, perderá o direito de voto no conclave. Ele foi criado cardeal por Bento XVI em 2010. No dia 7 de novembro será o 80º aniversário de outro cardeal criado por Bento XVI: Andrè Vingt-Trois, arcebispo emérito de Paris. O último a completar 80 anos em 2022 será um dos homens mais próximos e ouvidos pelo papa Francisco: o cardeal hondurenho Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga, arcebispo de Tegugicalpa, que recebeu a púrpura de João Paulo II em fevereiro de 2001. A Europa tem atualmente 52 cardeais eleitores, que cairão para 47 no final de 2022. Três italianos, um espanhol e um francês perderão o direito de voto. As Américas contam com 36 votantes no colégio cardinalício, mas ao longo do ano o número cairá para 31, chegando aos 80 anos de idade um chileno, um mexicano, um salvadorenho, um colombiano e um hondurenho. Ásia, com 15 eleitores, África, com 14, e Oceania, cm três, não terão nenhum cardeal octogenário em 2022. A África perdeu em 2021 três cardeais eleitores. Os cardeais Gabriel Zubeir Wako, do Sudão do Sul, Wilfrid Napier, da África do Sul, e Maurice Evenor Piat, das Ilhas Maurício, chegaram aos 80 anos. Dos atuais 120 cardeais eleitores, 12 foram criados por são João Paulo II, 38 por Bento XVI e 70 por Francisco. Ao final deste ano serão respectivamente dez, 34 e 66.

Oração: Deus de amor e de bondade, cuja graça renova a vida humana a cada dia, concedei-nos, pela intercessão de São João Neumann, as forças necessárias para enfrentar os desafios que pretendem enfraquecer nossa fé. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 6,45-52):

 Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele mesmo despediria a multidão. Depois de os despedir, subiu a montanha para orar. Já era noite, o barco estava no meio do mar e Jesus, sozinho, em terra.
Vendo-os com dificuldade no remar, porque o vento era contrário, nas últimas horas da noite, foi até eles, andando sobre as águas; e queria passar adiante. Quando os discípulos o viram andar sobre o mar, acharam que fosse um fantasma e começaram a gritar. Todos o tinham visto e ficaram apavorados. Mas ele logo falou: «Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!» Ele subiu no barco, juntando-se a eles, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados. De fato, não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles continuava sem entender
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«Depois de os despedir, subiu a montanha para orar» - Rev. D. Melcior QUEROL i Solà(Ribes de Freser, Girona, Espanha)

Hoje, contemplamos como Jesus, depois de se despedir dos Apóstolos e das pessoas, retira-se sozinho a rezar. Toda sua vida é um dialogo constante com o Pai e, não obstante, vai-se à montanha a rezar. E nós? Como rezamos? Frequentemente levamos um ritmo de vida atarefado, que termina sendo um obstáculo para o cultivo da vida espiritual e não damo-nos conta que é tão necessário “alimentar” a alma quanto alimentar o corpo. O problema é que, com muita frequencia, Deus ocupa um lugar pouco relevante em nossa ordem de prioridades. Nessa circunstância é muito difícil rezar de verdade. Não podemos dizer que se tenha um espírito de oração quando somente imploramos ajuda nos momentos difíceis.
Achar tempo e espaço para a oração pede um requisito prévio: o desejo de encontro com Deus com a consciência clara de que nada nem ninguém o pode substituir. Se não há sede de comunicação com Deus, facilmente transformaremos a oração num monólogo, porque a utilizamos para tentar solucionar os problemas que nos incomodam. Também é fácil que, nos momentos de oração, nos distraiamos porque nosso coração e nossa mente estão invadidos constantemente por pensamentos e sentimentos de todo tipo. A oração não é charlatanice, senão um simples e sublime encontro com o Amor; é relação com Deus: comunicação silenciosa do “Eu necessitado” com o “Você rico e transcendente”. O prazer da oração é se saber criatura amada diante do Criador.
Oração e vida cristã vão unidas, são inseparáveis. Nesse sentido, Orígenes diz que «reza sem parar aquele que une a oração às obras e as obras à oração. Somente assim podemos considerar realizável o princípio de rezar sem parar». Sim, é necessário rezar sem parar porque as obras que realizamos são fruto da contemplação e, feitas para sua glória. Devemos agir sempre desde o diálogo contínuo que Jesus oferece-nos, no sossego do espírito. A partir dessa certa passividade contemplativa veremos que a oração é o respirar do amor. Se não respiramos morremos, se não rezamos expiramos espiritualmente.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Não quero (…) desconfiar da bondade de Deus, por mais fraco e frágil me sinta. Além disso, se por causa do medo e do espanto visse que estou prestes a ceder, lembrar-me-ei de São Pedro, quando, devido à sua pouca fé, começou a afundarse por causa de uma única rajada de vento, e farei o que ele fez. Clamarei a Cristo: Senhor, salva-me» (Santo Tomás More) «[Hoje em dia] Deus pode agir na esfera espiritual, mas não na matéria. Isto atrapalha-nos! Se Deus não tem poder também sobre a matéria, entao ele não é Deus» (Bento XVI) «Nada existe que não deva a sua existência a Deus Criador: O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus: todos os seres existentes, toda a Natureza, toda a história humana radicam neste acontecimento primordial: é a própria génese, pela qual o mundo foi constituído e o tempo começado» (Catecismo da Igreja Católica, nº 338)

Santo do Dia:  São João Nepomuceno Neumann

João Nepomuceno nasceu na Boêmia, no dia 28 de março de 1811. Entrou para o seminário em 1831. Era autodidata e tornou-se fluente em vários idiomas. Por causa do grande número de padres de sua região, o bispo não queria ordená-lo sacerdote. João então resolveu mudar-se para os Estados Unidos da América.

A diocese de Nova Iorque possuía apenas 36 padres para mais de duzentos mil católicos. Padre João Neumann recebeu uma paróquia onde a igreja não tinha torre e o chão era de terra. Mas isso não o preocupava muito, pois ele passava o seu tempo visitando doentes, ensinando e evangelizando.

Padre João tinha a intenção de participar de uma congregação, por isto procurou os padres redentoristas, que se dedicavam aos pobres e abandonados. Foi aceito e ingressou na Congregação e se tornou o primeiro padre ordenado no novo continente a professar as regras dos redentoristas na América, em 1842. Em 1847 foi eleito pela Congregação como o superior dos redentoristas nos Estados Unidos.

O Padre João Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia em 1852. Sua diocese era muito grande e se desenvolvia com muita rapidez. Por isto, decidiu introduzir no país as escolas católicas. Ele morreu de repente, no dia 05 de janeiro de 1860, enquanto caminhava pela rua de sua cidade episcopal.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Padre João Neumann era um homem de estatura pequena e de saúde frágil, mas sempre se manteve muito ativo. Além das obrigações pastorais, achou tempo para a atividade literária. Foi um grande missionário e exemplo de disponibilidade e atenção pelos mais necessitados.

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