Padre celebra missa tradicional / Shalone Cason (Unsplash) PARIS, 05 jan. 22 / 03:00 pm (ACI).- Fiéis ligados à missa tradicional estão se mobilizando para convencer o papa Francisco a moderar as restrições ao uso da liturgia romana pré-Vaticano II decorrentes do motu proprio Traditionis custodes, de julho passado. Considerando que o documento papal resulta de uma percepção errada sobre as comunidades tradicionais pela hierarquia da Igreja, fiéis franceses formaram a associação La Voie Romaine (A via romana), para recolher cartas nas quais fiéis de toda a França e de outros países expressem sua preocupação e deem testemunho das razões de seu apego aos ritos tradicionais.
Evangelho (Lc 4,14-22):
Jesus voltou para a
Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região.
Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam.
Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de
sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do
profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: «O
Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para
anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos
presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e
proclamar um ano de graça da parte do Senhor».
Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos,
na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes:«Hoje se cumpriu
esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir».Todos testemunhavam a favor
dele, maravilhados com as palavras cheias de graça que saíam de sua boca. E
perguntavam: «Não é este o filho de José?».
«O Espírito do Senhor
está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção»
Rev. D. Jordi
POU i Sabater(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje
lembramos que «quem ama a Deus, ame também seu irmão» (1Jo 4,21). Como
poderíamos amar a Deus a quem não vemos, se não amamos a quem vemos, imagem de
Deus? Depois que São Pedro renegara, Jesus lhe perguntou se o amava: «Senhor,
tu sabes tudo; tu sabes que te amo» (Jo 21,17), respondeu. Como a São Pedro,
também Jesus nos pergunta: «Tu me amas?»;e queremos lhe responder agora mesmo:
«Tu o sabes tudo, Senhor, tu sabes que te amo apesar de minhas deficiências;
mas, ajuda-me a demonstrar-te; ajuda-me a descobrir as necessidades de meus
irmãos, a me entregar de verdade aos outros, a aceita-los tal como são, a
valorizá-los».
A vocação do homem é o amor, é vocação a se entregar, procurando a felicidade
do outro e, assim encontrar a própria felicidade. Como diz São João da Cruz,
«No crepúsculo da vida, seremos julgados no amor». Vale a pena que nos
perguntemos ao terminar cada jornada, cada dia, num breve exame de consciência,
com foi este amor e, pontualizar algum aspecto a melhorar para o dia seguinte.
«O Espírito do Senhor está sobre mim» (Lc 4,18), dirá Jesus, fazendo seu este
texto messiânico. É o Espírito do Amor que assim como fez o do Messias a «que
consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres» (cf. Lc 4,18),
também “repousa” sobre nós e nos conduz até o amor perfeito: Como diz o
Concilio Vaticano II: «Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem,
são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade». O Espírito
Santo nos transformará como fez com os Apóstolos, para que possamos agir sob
sua moção, nos outorgando seus frutos e, assim levá-los a todos os corações: «O
fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio» (Gal 5,22-23).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Nosso Salvador foi verdadeiramente homem, e Ele
conseguiu a salvação do homem inteiro. Porque de forma nenhuma nossa salvação é
fictícia nem afeta só o corpo, se não que a salvação de todo o homem foi
realizada naquele que é o Verbo» (Santo Atanásio) «Tem muitos cristãos com uma
esperança com demasiada água. Para ser “cristãos vencedores” devemos crer
confessando a fé, e custodiando a fé, e encomendando-nos a Deus, ao Senhor. E
esta é a vitória que venceu o mundo: nossa fé» (Francisco) «Cremos e
confessamos que Jesus de Nazaré, nascido judeu de uma filha de Israel, (..) é o
Filho eterno de Deus feito homem; “vindo de Deus” (Jn 13,3), “decido do céu”
(Jn 3,13; 6,33), “veio na carne”, (1Jn 4,2) (...). De sua plenitude todos nós
recebemos, graça por graça” (Jn 1,14.16)» (Catecismo da Igreja Católica, n°423)
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