domingo, 27 de fevereiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 28.FEVEREIRO. 022

 BOM DIA EVANGELHO


28 DE FEVEREIRO DE 2022 - Segunda-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Francisco: calem-se as armas, quem faz a guerra esquece a humanidade: Depois do Angelus, novo apelo do Papa pela Ucrânia: as pessoas simples desejam a paz mas pagam na própria pele pelas loucuras da guerra, corredores humanitários são necessários para aqueles que buscam refúgio. Recordando os conflitos na Síria, Etiópia e Iêmen: "Deus está com os construtores de paz, não com aqueles que usam a violência". (Alessandro De Carolis – Vatican News) Uma voz contra o barulho dos mísseis, que o crepitar das armas não enfraquece. É uma voz sobre uma grande praça, mas acima de tudo sobre as consciências, a de Francisco. Não ouvida por aqueles que estão derramando sangue e transformando um pedaço da Europa em um campo de batalha, mas que não recua:

Nestes dias, ficamos abalados por algo trágico: a guerra. Muitas vezes rezamos para que este caminho não fosse percorrido. E não paramos de falar; pelo contrário, suplicamos a Deus com mais intensidade.  Angelus Praça São Pedro A verdadeira vítima, o povo: A mensagem do Papa no pós-Angelus é um refrão que liga todos os últimos apelos. A guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia torna ainda mais urgente a convocação, na Quarta-feira de Cinzas, de um Dia de oração e jejum para que a paz possa retornar onde pessoas indefesas buscam refúgio ou morrem, onde "as mães estão em fuga com seus filhos...". Rezaremos, é o convite de Francisco, "para sentir que somos todos irmãos e irmãs e para implorar a Deus o fim da guerra". Quem faz a guerra esquece a humanidade. Não parte do povo, não olha para a vida concreta das pessoas, mas coloca diante de tudo interesses de parte e de poder. Baseia-se na lógica diabólica e perversa das armas, que é a mais distante da vontade de Deus. E se distancia das pessoas comuns, que desejam a paz; e que em cada conflito - pessoas comuns - são as verdadeiras vítimas, que pagam as loucuras da guerra com a própria pele.  Angelus Praça São Pedro Pedaços de guerras que não devem ser esquecidos: Para os idosos, as crianças, as pessoas que procuram refúgio, "é urgente - insistiu Francisco - abrir corredores humanitários", eles são irmãos e irmãs "que devem ser acolhidos". E mais uma vez a voz se move sobre o mundo das guerras "em pedaços". Com o coração dilacerado pelo que está acorrendo na Ucrânia - e não esqueçamos as guerras em outras partes do mundo, como no Iêmen, na Síria, na Etiópia... -, repito: calem-se as armas! Deus está com os construtores de paz, não com aqueles que usam a violência. "Porque aqueles que amam a paz", concluiu o Papa, citando a Constituição italiana, "repudiam a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolver disputas". As bandeiras de muitos ucranianos na Praça São Pedro balançaram em sinal de agradecimento ao Papa. E Francisco saudou-os em seu idioma: Хвала Ісусу Христу, "Louvado seja Jesus Cristo".

Oração: Querido Deus, mais uma vez celebramos a vida de um mártir. Ajudai-nos a seguir o exemplo da vida de São Serapião e buscar em primeiro lugar a Verdade, que vem do seu Filho Jesus. Que nossa vida seja testemunha do amor e que vivamos a vocação de ser sal da terra e luz do mundo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 10,17-27)

 Jesus saiu caminhando, quando veio alguém correndo, caiu de joelhos diante dele e perguntou: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?». Disse Jesus: «Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Conheces os mandamentos: não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não prejudicarás ninguém, honra teu pai e tua mãe!». Ele então respondeu: «Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude». Jesus, olhando bem para ele, com amor lhe disse: «Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me». Ao ouvir isso, ele ficou pesaroso por causa desta palavra e foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens.
Olhando em volta, Jesus disse aos seus discípulos: «Como é difícil, para os que possuem riquezas, entrar no Reino de Deus». Os discípulos ficaram espantados com estas palavras. E Jesus tornou a falar: «Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!». Eles ficaram mais admirados e diziam uns aos outros: «Quem então poderá salvar-se?». Olhando bem para eles, Jesus lhes disse: «Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível!».

«Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres;(…) vem e segue-me» - P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.(Barcelona, Espanha)

Hoje a liturgia apresenta-nos um evangelho, onde é difícil ficar indiferente se o encaramos com sinceridade de coração.
Ninguém pode duvidar das boas intenções daquele jovem que se aproximou diante de Jesus para fazer-lhe uma pergunta: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?» (Mc 10,17). Segundo o que nos expressa São Marcos, é claro que nesse coração havia uma necessidade de algo mais, pois é fácil supor que —como bom israelita— conhecia bem o que dizia a Lei ao respeito, mas no seu interior havia uma inquietação, uma necessidade de ir mais além, e por isso, interpela a Jesus.
Na nossa vida cristã temos que apreender a superar essa visão que reduz a fé a uma questão de mero cumprimento. Nossa fé é mais que isso. É uma adesão a Alguém, que é Deus. Quando pomos o coração em algo, pomos também a vida, e no caso da fé, superamos o conformismo que hoje parece sufocar a existência de tantos crentes. Quem ama não se conforma com dar qualquer coisa. Quem ama busca uma relação pessoal, próxima, leva em conta os detalhes e sabe descobrir em tudo uma ocasião para crescer no amor. Quem ama se entrega.
Em realidade, a resposta de Jesus à pergunta do jovem é uma porta aberta a essa entrega total por amor: «Vende tudo o que tens, dá-lhe tudo aos pobres (…); depois, vem e segue-me» (Mc 10,21). Não é um deixar porque sim, esse deixar é um dar-se, e é um dar-se que é expressão genuína do amor. Abramos, pois, o nosso coração a esse amor-doação. Vivamos a nossa relação com Deus nessa chave. Orar, servir, trabalhar, superar-se... Todos são caminhos de entrega e, por tanto, caminhos de amor. Que o Senhor encontre em nós, não só um coração sincero, também um coração generoso e aberto às exigências do amor. Porque —em palavras de João Paulo II— «O amor que vem de Deus, amor terno e esponsal, é fonte de exigências profundas e radicais»
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Se estivesse sozinha, pouquíssima coisa poderia fazer, ou melhor, não poderia fazer absolutamente nada. O que me consola é que ao Vosso lado posso ser de alguma utilidade; de facto, o zero, por si só, não tem valor, mas colocado juntamente com a unidade, torna-se poderoso, desde que, claro, seja colocado no seu devido lugar» (Santa Teresa de Lisieux) «As riquezas terrestres ocupam e preocupam a mente e o coração. Jesus não diz que elas são más, mas que se afastam de Deus se, por assim dizer, não forem usadas para ajudar os pobres» (Benedito XVI) «(...) Seguir Jesus implica cumprir os mandamentos. A Lei não é abolida: mas o homem é convidado a reencontrá-la na Pessoa do seu Mestre, em Quem ela encontra o seu perfeito cumprimento. Nos três evangelhos sinópticos, o apelo de Jesus ao jovem rico, para O seguir na obediência de discípulo e na observância dos preceitos, está associado ao apelo à pobreza e à castidade (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº2.053)

Santo do Dia:  São Serapião, bispo(Localização: Egito)

Serapião foi um grande monge e bispo de Thmuis, no Egito. Temos poucas informações sobre ele, mas sabemos que estudou na escola catequética de Alexandria. Aí conheceu Santo Antão, de quem se fez discípulo e de quem herdou uma túnica de pelos. São Serapião também foi grande amigo de Atanásio e lutou contra o arianismo.

Quando recebeu a indicação para tornar-se bispo, São Serapião mostrou-se um pouco triste em ter que abandonar a vida monástica. Para ele a vida de perfeição cristã era a vida do monge.

O santo que hoje comemoramos escreveu muitos livros e cartas pastorais. Quando Atanásio foi preso, Serapião foi até o imperador Constâncio II interceder pelo amigo, mas o grupo dos defensores da heresia ariana conseguiram derrubar Serapião e martirizá-lo em 370 no Egito.

historiador Eusébio de Cesareia registra seu martírio, com as seguintes palavras: "Preso Serapião em sua casa, foram-lhe infligidas cruéis torturas. Desfizeram-lhe todas as juntas dos membros e o precipitaram do andar de cima da casa, de cabeça para baixo". Crucificaram-no numa cruz de santo André e, depois torturaram e decapitaram-no.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão: O mártir é a testemunha mais genuína da verdade da existência. Ele sabe que, no seu encontro com Jesus Cristo, alcançou a verdade a respeito da sua vida, e nada nem ninguém poderá jamais arrancar-lhe esta certeza. Nem o sofrimento, nem a morte violenta poderão fazê-lo retroceder da adesão à verdade que descobriu no encontro com Cristo.

TJL- A12.COM – EVANGELI.NET- VATICANNEWS.VT

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 25. FEVEREIRO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


25 DE FEVEREIRO DE 2022 - Sexta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

De Paris, as orações dos greco-católicos pela Ucrânia

"Cada vez que um regime russo, seja czarista, comunista ou putinista, toma uma parte da Ucrânia onde estamos instalados, nossa Igreja é destruída", observa Dom Borys Gudziak, da Igreja Greco-Católica ucraniana, ex-bispo de Paris, atualmente arcebispo de Filadélfia (Estados Unidos), Na Catedral de Saint Volodymyr le Grand, em Paris, pinturas de mártires da Europa Oriental estão ao lado de fotos de vítimas da repressão do levante de 2014 na Ucrânia. E as orações são dirigidas aos soldados que defendem "a pátria" contra a invasão russa. "Que o Senhor proteja (...) aqueles que sofreram as consequências da guerra", recita um sacerdote em francês durante a Missa. "Rezemos novamente para que Deus olhe por todos os soldados que cumprem seu dever de proteger e defender a pátria". A súplica, destinada aos militares, corresponde "à realidade da guerra", quando "há feridos, mortos", observa o padre Ihor Rantsya, reitor da catedral, entrevistado pela AFP. "Durante a pandemia, rezamos por hospitais e pelos profissionais de saúde. Agora lemos esta passagem. A fé não é algo abstrato." A realidade ucraniana é de fato onipresente na pequena igreja construída no século XVI, em um bairro no centro de Paris, onde as pregações são feitas na língua de Kiev. A bandeira nacional azul e amarela tremula ao lado de uma bandeira francesa. Em uma parede há uma pomba da paz desenhada. Os rostos de uma centena de "heróis", mortos em 2014 pelo então governo ucraniano pró-Rússia durante os protestos na Praça Maidan, no centro de Kiev, parecem olhar para o altar. Fundada no final do século X, a Igreja Greco-Católica Ucraniana, com cinco milhões de fiéis, incluindo mais de 4 na Ucrânia, é definida por seu lado "pró-europeu", explica padre Ihor. Colocada sob a jurisdição de Roma desde 1596, está muito mais próxima do modelo de sociedade ocidental do que russa, acrescenta. "Cada vez que um regime russo, seja czarista, comunista ou putinista, toma uma parte da Ucrânia onde (estamos) instalados, nossa Igreja é destruída", observa Dom Borys Gudziak, ex-bispo de Paris, agora arcebispo de Filadélfia (Estados Unidos), questionado após o reconhecimento pelo presidente Vladimir Putin da independência das regiões separatistas do leste da Ucrânia. Cerca de 400.000 greco-católicos ucranianos foram deportados para a Sibéria após a Segunda Guerra Mundial. As igrejas ativas nos territórios separatistas pró-russos de Donetsk e Luhansk foram fechadas após 2014, segundo o padre Ihor. "Nossa Igreja conhece a história e conhece seus perigos", diz Dom Borys, citando o Holodomor, a grande fome orquestrada pelo regime soviético, que matou milhões de ucranianos na década de 1930. E elogia a liberdade de religião e expressão existente na Ucrânia e na Europa, enquanto o regime russo "reprime". “O nível de estresse está aumentando” entre os paroquianos, “alguns dos quais estão se aproximando da depressão”, lamenta padre Ihor, 42 anos, que confidencia que ele mesmo tem dificuldade em desligar o telefone em busca de informações sobre seu país. Os fiéis “perguntam-nos como reagir, como estar nesta situação de cristão, como amar os inimigos”, diz. "Como podemos amar Putin?". Dom Borys confia assim “rezar” pelo presidente russo, “pela conversão de seu coração, porque o que ele está fazendo é devastador para seu povo, e ainda mais para a Ucrânia”. E o arcebispo de Filadélfia acrescenta “acreditar em milagres”, mesmo para um homem com as características de Putin.(*Com AFP)

Oração: Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de São Cesário de Nazianzo, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São Marcos 10,1-12.

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la.
Aproximaram-se então de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua mulher?».
Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher».
Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei.
Mas, no princípio da criação, "Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa,
e os dois serão uma só carne". Deste modo, já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-no de novo sobre este assunto.
Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».(Tradução litúrgica da Bíblia)

São Tiago de Sarug (c. 449-521) monge e bispo sírio(Homília sobre o sexto dia) - «Já não são dois, mas uma ó carne»

«Façamos o homem à nossa imagem e semelhança», disse Deus (Gn 1,26). Os outros seres da criação resultaram de uma simples ordem: «Faça-se luz», ou «Faça-se o firmamento». Porém, Deus não disse: «Faça-se o homem», mas: «Façamos o homem». Com efeito, achou conveniente dar forma a esta imagem de Si próprio, superior a todas as outras criaturas, com as suas próprias mãos. Esta obra era-Lhe particularmente próxima; Ele tinha-lhe um grande amor. [...] Adão é a imagem de Deus, porque traz a efígie do Filho único. [...] De certo modo, Adão foi criado simultaneamente singelo e duplo: Eva encontrava-se escondida nele. Antes mesmo de eles existirem, a humanidade estava destinada ao casamento, que os levaria, homem e mulher, a um só corpo, como no início. Nenhuma querela, nenhuma discórdia, se deveria levantar entre eles. Teriam um mesmo pensamento, uma mesma vontade. [...] O Senhor formou Adão do pó e da água, e tirou Eva dos ossos e do sangue de Adão (cf Gn 2,21). O profundo sono do primeiro homem antecipa os mistérios da crucifixão. A abertura do lado era o golpe de lança que o Filho único sofreria; o sono, a morte na cruz; o sangue e a água, a fecundidade do batismo (cf Jo 19,34). [...] A água e o sangue que correram do lado do Salvador são a origem do mundo do Espírito. [...] Adão não sofreu com a amputação feita na sua carne; o que lhe foi subtraído foi-lhe restituído, transfigurado pela beleza. O sopro do vento, o murmúrio das árvores e o cântico dos pássaros diziam aos noivos: «Levantai-vos, já dormistes o suficiente! A festa nupcial espera-vos!» [...] Adão viu Eva a seu lado, aquela que era a sua carne e os seus ossos, sua filha, sua irmã, sua esposa. Levantaram-se os dois, envoltos numa veste de luz, no dia que lhes sorria: estavam no Paraíso.

Santo do Dia: São Cesário de Nazianzo

O santo de hoje era irmão de São Gregório. Foi médico da corte imperial, sob o reinado de Juliano, que o tentou inutilmente convertê-lo ao paganismo. Cesário foi um catecúmeno durante grande parte da sua vida e só recebeu o batismo depois de sobreviver milagrosamente de um terremoto em Nicéia. Alguns detalhes de sua vida nos são conhecidos através da oração fúnebre composta por Gregório.

O nome Cesário, de origem latina, significa grande, honrado. Nasceu em 330 e viveu grande parte da vida em Alexandria, onde estudou geometria, astronomia e medicina. O ofício de médico o levou a corte imperial de Constantinopla. Como médico imperial, Cesário foi tentado várias vezes a abandonar o cristianismo e assumir a vida pagã.

Mas depois do episódio do terremoto, onde teve sua vida salva pela graça de Deus, Cesário deixou a medicina e passou a dedicar tempo para a salvação das pessoas. Recebeu o batismo, viveu vida de penitente, mas faleceu jovem, em 369.

Em seu testamento deixou o desejo expresso de doar sua riqueza aos pobres. Em tudo serviu a Deus e soube amar Jesus Cristo mesmo em situações adversas.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão: Às vezes, imaginamos os santos como homens extraordinários e especiais. São Cesário nos mostra que a vida dos santos não possui nada de especial, a não ser seu grande amor radical ao Cristo. Todos nós somos vocacionados à santidade, e buscar Jesus Cristo de maneira incondicional é dever de todo cristão.

TJL – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – VATICANNEWS.VA

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 24. FEVEREIRO . 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


24 DE FEVEREIRO DE 2022 - Quinta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

JMJ 2023: “os símbolos foram ter com as pessoas”

Peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude continua na diocese de Portalegre-Castelo Branco.

Rui Saraiva – Portugal . O anúncio de que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) seria em Portugal foi feito no Panamá em 2019. Um momento de grande alegria e esperança.

Essa mesma alegria alimenta agora a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude. Um acontecimento de grande intensidade espiritual e de especial importância para o país que acolhe o evento, pois ajuda na preparação. Neste mês de fevereiro é a diocese de Portalegre-Castelo Branco que está a acolher a peregrinação da cruz e do ícone. Segundo a Agência Ecclesia, os fiéis desta diocese do interior de Portugal, estão a deixar-se interpelar pelo desafio de “sair das igrejas”. Uma peregrinação que está a ser vivida com “muita emoção”. “A Pastoral Juvenil tem de sair das igrejas, tem de ir ter com as pessoas, como aconteceu agora: os símbolos foram ter com as pessoas e a Pastoral Juvenil tem de ser vista desta forma” – disse à Agência Ecclesia Vanessa Alves, responsável pela comunicação do Comité Organizador Diocesano de Portalegre-Castelo Branco.

D. Antonino Dias, bispo diocesano realça à Agência Ecclesia o “trabalho de base dos padres e dos catequistas” e assinala que o percurso dos símbolos “tem sido motivador”. Nos locais por onde passam, a cruz e o ícone “motivam as pessoas” – afirmou.

O Comité Organizador Local da JMJ Lisboa 2023 é o organismo que está a preparar o evento que vai decorrer em Lisboa, entre os dias 1 e 6 de agosto de 2023.

Primeiro foi a fase de planeamento, feita em muitas horas de reunião, em momentos de reflexão e oração, e agora é a fase da implementação. Uma nova etapa na qual os voluntários e colaboradores do Comité Organizador Local assumem esta importante missão com grande entusiasmo. E na qual, a voz de cada um, conta para o trabalho de preparação da jornada. A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar cada vez com maior intensidade a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em 2023.(Laudetur Iesus Christus)

 Oração: O Pai querido, vós que escolhestes São Sérgio para servir os irmãos e irmãs pelo martírio, concedei-nos também ouvir o clamor dos mais sofredores e permita-nos doar um pouco de nossa vida em favor destes pequeninos. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 9,41-50):

 «Quem vos der um copo de água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E quem provocar a queda um só destes pequenos que crêem em mim, melhor seria que lhe amarrassem uma grande pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no mar. Se tua mão te leva à queda, corta-a! É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos do que, tendo as duas, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Se teu pé te leva à queda, corta-o! É melhor entrar na vida tendo só um dos pés do que, tendo os dois, ser lançado ao inferno. Se teu olho te leva à queda, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus tendo um olho só do que, tendo os dois, ir para o inferno, onde o verme deles não morre e o fogo nunca se apaga. Todos serão salgados pelo fogo. O sal é uma coisa boa; mas se o sal perder o sabor, como devolver-lhe o sabor? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros».

«Quem vos der um copo de água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa» - Rev. D. Xavier PARÉS i Saltor(La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho proclamado é difícil de ser compreendido pela dureza das palavras de Jesus: «Se tua Mão te leva à queda, corta-a! (...). Se teu olho te leva à queda, arranca-o!» (Mc 9,43.47). É que Jesus é muito exigente com aqueles que somos seus seguidores. Simplesmente, Jesus nos diz que temos de saber renunciar às coisas que nos fazem mal, ainda que sejam coisas que gostamos muito, mas que podem ser motivo de pecado e de vicio. São Gregório deixou escrito «que não temos de desejar as coisas que só nos satisfazem as necessidades materiais e pecaminosas». Jesus exige que sejamos radicais. Em outro trecho do Evangelho também diz: «Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará» (Mt 10,39).
Por outro lado, esta exigência de Jesus quer ser uma exigência de amor e crescimento. Não quedaremos sem a sua recompensa. O que dará sentido às nossas coisas tem de ser sempre o amor: temos de aprender a dar um copo de água a quem o necessita, e não por interesse pessoal, senão por amor. Temos que descobrir Jesus Cristo nos mais necessitados e pobres. Jesus só denuncia severamente e condena aos que fazem mal e escandalizam e aos que afastam os pequenos do bem e da graça de Deus.
Finalmente, todos temos de passar a prova do fogo. É o fogo da caridade e do amor que purifica os nossos pecados, para poder ser o sal que dá bom gosto ao amor, ao serviço e à caridade. Na oração e na Eucaristia é onde os cristãos encontramos a força da fé e o bom gosto do sal de Cristo. Não ficaremos sem recompensa!

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Depois de que o Senhor nos ensinara que não devemos escandalizar aos que acreditam em Ele, nos adverte com quanto cuidado devemos evitar aos que nos escandalizam, esto é, que nos levam com a sua palavra e o seu exemplo à ruina do pecado» (São Beda o Venerável) «A fé abre a “janela” à presença atuante do Espírito e nos mostra que, como a felicidade, a santidade está sempre ligada aos pequenos gestos. São gestos da quotidianidade, mas que fazem diferente cada dia» (Francisco) «O escândalo é a atitude ou comportamento que leva outrem a fazer o mal. O escandaloso transforma-se em tentador do seu próximo; atenta contra a virtude e a retidão, podendo arrastar o irmão para a morte espiritual. O escândalo constitui uma falta grave se, por ação ou omissão, levar deliberadamente outra pessoa a cometer uma falta grave» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.284)

Santo do Dia: São Sérgio(Localização: Capadócia)

Existem vários santos com o nome de Sérgio. Hoje celebramos aquele que foi martirizado em Cesaréia da Capadócia, no tempo do imperador Diocleciano. São Sérgio vivia no deserto enquanto os cristãos estavam sendo perseguidos e entregando a vida em sacrifício de louvor.

Por ocasião das festas em honra a Júpiter, Saprício, governador da Armênia e da Capadócia, mandou reunir os cristãos no templo dedicado a Júpiter. Obrigou-os a prestar culto ao deus pagão. Movido pelo Espírito Santo para ir à Cesareia, lá ele encontrou no centro da praça a imagem de Júpiter, considerado como o maior dos deuses entre os pagãos.

Diante da imagem os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, com o motivo de serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das necessidades do povo.

Sérgio, o venerado eremita, reprovou com veemência o culto ao ídolo, proclamando a todos que somente o Deus vivo e verdadeiro, Jesus Cristo, o Deus dos cristãos, era digno de todo louvor e adoração.

Foi, então, conduzido perante o governador que o condenou a morte. São Sérgio foi imediatamente decapitado. Os cristãos recolheram seu corpo e uma piedosa senhora sepultou-o em sua própria casa.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão; O mártir São Sérgio soube reconhecer a presença de Jesus Cristo na sua vida a ponto de entregá-la por ele. Levou vida de oração e união com Deus e com seus irmãos cristãos. Para nós, cristãos do século XXI, fica o exemplo de amor e santidade de São Sérgio, que nos inspira para continuar acreditando no amor de Deus e na construção de seu Reino de justiça e paz.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET- VATICANEWS.VA

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 23. FEVEREIRO. 022

 BOM DIA EVANGELHO


23 DE FEVEREIRO DE 2022- Quarta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

Festa da Cátedra de São Pedro - "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela." (Mt 16,18)

Vatican News

Não sabemos bem qual a origem da festa da Cátedra de São Pedro. Mas, com certeza, há uma inscrição, datada do ano 370 - portanto, há quase 1650 anos - atribuída ao Papa São Dâmaso, que diz respeito a uma cadeira ou trono, na Basílica Vatican, considerada a "Cátedra" do Apóstolo Pedro.

Hoje, desta cadeira, restam apenas algumas relíquias de madeira, conservadas e honradas, em um lugar onde o grande artista Bernini levantou o monumento grandioso, em honra do primeiro Papa: a Basílica de São Pedro.

Cátedra é o símbolo da autoridade e do magistério do Bispo. Catedral é onde está a cátedra do Bispo, ou seja, de onde ele prega.

Portanto, a festa da Cátedra de São Pedro recorda a autoridade do Papa e de seu Magistério.

São Pedro - Cadeira de Pedro

Cristo escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo. A cadeira de São Pedro se encontra no Vaticano, na Basílica de São Pedro. Embora a Sé Episcopal seja na Basílica de São João de Latrão, a catedral de todas as catedrais, a Cátedra com toda a sua riqueza, todo seu simbolismo se encontra na Basílica de São Pedro.

O fundador e o fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado que ressuscitou, a Verdade encarnada, foi Ele quem escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo com o carisma chamado da infalibilidade. Esse carisma bebe da realidade da própria Igreja porque a Igreja é infalível, uma vez que a alma da Igreja é o Espírito Santo, Espírito da verdade.

Enfim, em matéria de fé e de moral a Igreja é infalível e o Papa portando esse carisma da infalibilidade ensina a verdade fundamentada na Sagrada Escritura, na Sagrada Tradição e a serviço como Pastor e Mestre.

De fato, o Papa está a serviço da Verdade, por isso, ao venerarmos e reconhecermos o valor da Cátedra de São Pedro, nós temos que olhar para esses fundamentos todos.

 Oração: Deus eterno e todo-poderoso, que a vossos pastores associastes São Policarpo, a quem destes a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 9,38-40):

 João disse a Jesus: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco». Jesus, porém, disse: «Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso favor».

«Quem não é contra nós, está a nosso favor»Rev. D. David CODINA i Pérez(Puigcerdà, Gerona, Espanha)

Hoje escutamos uma recriminação ao apóstolo João, que vê a gente fazer o bem no nome de Cristo sem formar parte do grupo de seus discípulos: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco» (Mc 9,38). Jesus nos dá a visão adequada que devemos ter diante destas pessoas: acolhê-las e aumentar essa visão, com humildade respeito a nós mesmos, compartilhando sempre um mesmo nexo de comunhão, uma mesma fé, uma mesma orientação, ou seja, caminhar juntos à perfeição do amor a Deus e ao próximo.
Este modo de viver nossa vocação de “Igreja” nos convida a revisar com paz e seriedade a coerência com que vivemos esta abertura de Jesus Cristo. Enquanto houver “outros” que nos “incomodem” porque fazem o mesmo que nós, isto é um claro indício de que o amor de Cristo ainda não nos impregna em toda sua profundidade, e nos pedirá a “humildade” de aceitar que não esgotamos “toda a sabedoria e o amor de Deus”. Definitivamente, aceitar que somos aqueles que Cristo escolhe para anunciar a todos como a humildade é o caminho para aproximar-nos a Deus.
Jesus obrou assim desde sua Encarnação, quando nos aproxima ao máximo a majestade de Deus na insignificância dos pobres. Diz são João Crisóstomo: «Cristo no se contentou em padecer na cruz e com a morte, e quis também fazer-se pobre e peregrino, ir errante e nu, quis ser jogado no cárcere e sofrer as debilidades, para conseguir a tua conversão». Se Cristo não deixou passar nenhuma oportunidade para que possamos viver o amor com os demais, tampouco deixemos passar a ocasião de aceitar ao que é diferente a nós no modo de viver sua vocação a formar parte da Igreja, porque «Quem não é contra nós, está a nosso favor» (Mc 9,40).

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «‘Jesus disse: Não está certo impedir-lhe…’. E é assim que nos disse que não só não nos devemos opor ao bem de qualquer parte que venha, senão que pelo contrário devemos procura-lo quando não exista» (São Beda o Venerável) «Fazer o bem é um dever, é um bilhete de identidade que o nosso Pai deu a todos, porque nos fez à sua imagem e semelhança. E Ele faz o bem sempre» (Francisco) «A liberdade faz do homem um sujeito moral. Quando age de maneira deliberada, o homem é, por assim dizer, o pai dos seus atos. Os atos humanos, quer dizer, livremente escolhidos em consequência dum juízo de consciência, são moralmente qualificáveis. São bons ou maus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.749)

Santo do Dia: São Policarpo(Padroeiro de: Protetor das dores de ouvido e das queimadura)

O Santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano. São Policarpo foi sagrado bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista.

Muito reverenciando pelos cristãos como um líder, e foi escolhido para representar o Papa Aniceto na questão da data da celebração da Páscoa.

carta escrita por Policarpo aos Filipenses foi preservada. Nesta carta ele diz: “Fique firme e na sua conduta siga o exemplo do Senhor, firme e imutável em sua fé, ame seu irmão, amando a cada um e a todos, unidos na verdade e ajudando a cada um com a bondade do Senhor Jesus, não desprezando a nenhum homem”.

De caráter reto, de alto saber e amor a Igreja, Policarpo era respeitado por todos no Oriente. Com a perseguição, o Santo bispo, de 86 anos escondeu-se até que foi preso e levado ao governador que o obrigou a ofender a Cristo. Policarpo respondeu: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar aquele a quem prestei culto e reconheço como o meu Salvador?".

Condenado no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".

Milagrosamente, as chamas não o atingiam e não o machucavam e ele continuava a cantar hinos de louvor a Jesus. Impressionado com o acontecimento, os guardas chamaram um arqueiro para que ele perfurasse o santo com uma flecha. Ao ser atingido o seu sangue apagou as chamas. Os guardas tentaram de novo acender a pira, mas sem sucesso. O procônsul, encarregado do martírio, furioso ordenou que fosse decapitado com uma adaga. São Policarpo morreu por amor a Deus em 155. É invocado como protetor das dores de ouvido e das queimaduras.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão: Celebrar a festa de São Policarpo é relembrar as origens da Igreja e o valor do sangue dos mártires para a fé dos cristãos. Aceitando doar sua vida pelo Cristo, São Policarpo e muitos outros cristãos demonstraram a total confiança nas promessas de Jesus. Regada com o sangue do martírio, a Igreja brotou forte e conseguiu firmar-se como um espaço de fraternidade e esperança. Hoje em dia nosso martírio acontece nos pequenos desafios do dia a dia, como a paciência com os sofredores, doentes e idosos. Acolher em Cristo aqueles que estão sofrendo, nos torna verdadeiros missionários do amor de Deus.

TJL – A12.COM –EVANGELI.NET- VATICANNEWS.VT- EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG