quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 25. FEVEREIRO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


25 DE FEVEREIRO DE 2022 - Sexta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

De Paris, as orações dos greco-católicos pela Ucrânia

"Cada vez que um regime russo, seja czarista, comunista ou putinista, toma uma parte da Ucrânia onde estamos instalados, nossa Igreja é destruída", observa Dom Borys Gudziak, da Igreja Greco-Católica ucraniana, ex-bispo de Paris, atualmente arcebispo de Filadélfia (Estados Unidos), Na Catedral de Saint Volodymyr le Grand, em Paris, pinturas de mártires da Europa Oriental estão ao lado de fotos de vítimas da repressão do levante de 2014 na Ucrânia. E as orações são dirigidas aos soldados que defendem "a pátria" contra a invasão russa. "Que o Senhor proteja (...) aqueles que sofreram as consequências da guerra", recita um sacerdote em francês durante a Missa. "Rezemos novamente para que Deus olhe por todos os soldados que cumprem seu dever de proteger e defender a pátria". A súplica, destinada aos militares, corresponde "à realidade da guerra", quando "há feridos, mortos", observa o padre Ihor Rantsya, reitor da catedral, entrevistado pela AFP. "Durante a pandemia, rezamos por hospitais e pelos profissionais de saúde. Agora lemos esta passagem. A fé não é algo abstrato." A realidade ucraniana é de fato onipresente na pequena igreja construída no século XVI, em um bairro no centro de Paris, onde as pregações são feitas na língua de Kiev. A bandeira nacional azul e amarela tremula ao lado de uma bandeira francesa. Em uma parede há uma pomba da paz desenhada. Os rostos de uma centena de "heróis", mortos em 2014 pelo então governo ucraniano pró-Rússia durante os protestos na Praça Maidan, no centro de Kiev, parecem olhar para o altar. Fundada no final do século X, a Igreja Greco-Católica Ucraniana, com cinco milhões de fiéis, incluindo mais de 4 na Ucrânia, é definida por seu lado "pró-europeu", explica padre Ihor. Colocada sob a jurisdição de Roma desde 1596, está muito mais próxima do modelo de sociedade ocidental do que russa, acrescenta. "Cada vez que um regime russo, seja czarista, comunista ou putinista, toma uma parte da Ucrânia onde (estamos) instalados, nossa Igreja é destruída", observa Dom Borys Gudziak, ex-bispo de Paris, agora arcebispo de Filadélfia (Estados Unidos), questionado após o reconhecimento pelo presidente Vladimir Putin da independência das regiões separatistas do leste da Ucrânia. Cerca de 400.000 greco-católicos ucranianos foram deportados para a Sibéria após a Segunda Guerra Mundial. As igrejas ativas nos territórios separatistas pró-russos de Donetsk e Luhansk foram fechadas após 2014, segundo o padre Ihor. "Nossa Igreja conhece a história e conhece seus perigos", diz Dom Borys, citando o Holodomor, a grande fome orquestrada pelo regime soviético, que matou milhões de ucranianos na década de 1930. E elogia a liberdade de religião e expressão existente na Ucrânia e na Europa, enquanto o regime russo "reprime". “O nível de estresse está aumentando” entre os paroquianos, “alguns dos quais estão se aproximando da depressão”, lamenta padre Ihor, 42 anos, que confidencia que ele mesmo tem dificuldade em desligar o telefone em busca de informações sobre seu país. Os fiéis “perguntam-nos como reagir, como estar nesta situação de cristão, como amar os inimigos”, diz. "Como podemos amar Putin?". Dom Borys confia assim “rezar” pelo presidente russo, “pela conversão de seu coração, porque o que ele está fazendo é devastador para seu povo, e ainda mais para a Ucrânia”. E o arcebispo de Filadélfia acrescenta “acreditar em milagres”, mesmo para um homem com as características de Putin.(*Com AFP)

Oração: Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de São Cesário de Nazianzo, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São Marcos 10,1-12.

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la.
Aproximaram-se então de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua mulher?».
Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher».
Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei.
Mas, no princípio da criação, "Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa,
e os dois serão uma só carne". Deste modo, já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-no de novo sobre este assunto.
Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».(Tradução litúrgica da Bíblia)

São Tiago de Sarug (c. 449-521) monge e bispo sírio(Homília sobre o sexto dia) - «Já não são dois, mas uma ó carne»

«Façamos o homem à nossa imagem e semelhança», disse Deus (Gn 1,26). Os outros seres da criação resultaram de uma simples ordem: «Faça-se luz», ou «Faça-se o firmamento». Porém, Deus não disse: «Faça-se o homem», mas: «Façamos o homem». Com efeito, achou conveniente dar forma a esta imagem de Si próprio, superior a todas as outras criaturas, com as suas próprias mãos. Esta obra era-Lhe particularmente próxima; Ele tinha-lhe um grande amor. [...] Adão é a imagem de Deus, porque traz a efígie do Filho único. [...] De certo modo, Adão foi criado simultaneamente singelo e duplo: Eva encontrava-se escondida nele. Antes mesmo de eles existirem, a humanidade estava destinada ao casamento, que os levaria, homem e mulher, a um só corpo, como no início. Nenhuma querela, nenhuma discórdia, se deveria levantar entre eles. Teriam um mesmo pensamento, uma mesma vontade. [...] O Senhor formou Adão do pó e da água, e tirou Eva dos ossos e do sangue de Adão (cf Gn 2,21). O profundo sono do primeiro homem antecipa os mistérios da crucifixão. A abertura do lado era o golpe de lança que o Filho único sofreria; o sono, a morte na cruz; o sangue e a água, a fecundidade do batismo (cf Jo 19,34). [...] A água e o sangue que correram do lado do Salvador são a origem do mundo do Espírito. [...] Adão não sofreu com a amputação feita na sua carne; o que lhe foi subtraído foi-lhe restituído, transfigurado pela beleza. O sopro do vento, o murmúrio das árvores e o cântico dos pássaros diziam aos noivos: «Levantai-vos, já dormistes o suficiente! A festa nupcial espera-vos!» [...] Adão viu Eva a seu lado, aquela que era a sua carne e os seus ossos, sua filha, sua irmã, sua esposa. Levantaram-se os dois, envoltos numa veste de luz, no dia que lhes sorria: estavam no Paraíso.

Santo do Dia: São Cesário de Nazianzo

O santo de hoje era irmão de São Gregório. Foi médico da corte imperial, sob o reinado de Juliano, que o tentou inutilmente convertê-lo ao paganismo. Cesário foi um catecúmeno durante grande parte da sua vida e só recebeu o batismo depois de sobreviver milagrosamente de um terremoto em Nicéia. Alguns detalhes de sua vida nos são conhecidos através da oração fúnebre composta por Gregório.

O nome Cesário, de origem latina, significa grande, honrado. Nasceu em 330 e viveu grande parte da vida em Alexandria, onde estudou geometria, astronomia e medicina. O ofício de médico o levou a corte imperial de Constantinopla. Como médico imperial, Cesário foi tentado várias vezes a abandonar o cristianismo e assumir a vida pagã.

Mas depois do episódio do terremoto, onde teve sua vida salva pela graça de Deus, Cesário deixou a medicina e passou a dedicar tempo para a salvação das pessoas. Recebeu o batismo, viveu vida de penitente, mas faleceu jovem, em 369.

Em seu testamento deixou o desejo expresso de doar sua riqueza aos pobres. Em tudo serviu a Deus e soube amar Jesus Cristo mesmo em situações adversas.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão: Às vezes, imaginamos os santos como homens extraordinários e especiais. São Cesário nos mostra que a vida dos santos não possui nada de especial, a não ser seu grande amor radical ao Cristo. Todos nós somos vocacionados à santidade, e buscar Jesus Cristo de maneira incondicional é dever de todo cristão.

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