segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 08 DE FEVEREIRO DE 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


08 DE FEVEREIRA DE 2022 - Terça-feira da 5ª semana do Tempo Comum

Francisco sobre Mianmar: não podemos olhar para o outro lado

O Papa lançou um novo apelo à reconciliação no país asiático, onde o golpe de Estado ocorrido há um ano e a crise causada pela pandemia tiveram um efeito devastador sobre a situação humanitária e econômica. Amedeo Lomonaco, Silvonei José – Vatican News:

Não se pode ficar indiferente diante da "violência que está ensanguentando Mianmar". Na Audiência geral, o Papa Francisco relançou "o apelo dos bispos birmaneses para que a comunidade internacional trabalhe pela reconciliação entre as partes envolvidas". Não podemos olhar para o outro lado", disse o Papa, "diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs". Peçamos a Deus em oração o consolo para essa população martirizada. A Ele confiamos os esforços pela paz". Um povo sofredor: Com o golpe de Estado em 1º de fevereiro de 2021, o exército de Mianmar liderado pelo general Min Aung Hlaing derrubou o governo da Liga Nacional para a Democracia de Aung San Suu Kyi, que foi presa junto com outros expoentes do governo. Desde que os militares tomaram o poder, mais de 400.000 pessoas fugiram de suas casas. Mais de 30.000 procuraram asilo em um país vizinho. Quase uma pessoa, entre duas, vive abaixo da linha de pobreza. No ano passado, milhões de pessoas perderam seus empregos, os preços dos alimentos essenciais subiram e a moeda nacional entrou em colapso. De acordo com Save the Children, pelo menos 150.000 crianças foram obrigadas a fugir de seus lares. O sistema de saúde está em desordem e a maioria das escolas está fechada. No primeiro aniversário da tomada do poder pelo exército, foi realizada uma greve nacional. As autoridades anunciaram recentemente que os manifestantes poderiam ser acusados de traição. No ano passado, cerca de 1.500 civis foram mortos e mais de 11.000 presos após a repressão de uma longa onda de protestos. O apelo dos bispos: Na audiência geral, o Papa fez seu o apelo dos bispos birmaneses. Em janeiro passado, a Conferência Episcopal de Mianmar pediu que fosse facilitado o acesso humanitário às pessoas que sofrem e às pessoas deslocadas. "A dignidade humana e o direito à vida", lê-se na declaração dos bispos birmaneses no final de sua assembleia anual realizada em Yangun de 11 a 14 de janeiro, "não podem ser comprometidas". "Pedimos com a mesma veemência o respeito pela vida, pela santidade dos lugares de culto, hospitais e escolas". Todos aqueles que fazem o seu melhor para ajudar as pessoas devem ser protegidos e ajudados". O documento expressa "profundo pesar pela situação atual do país", e se preocupa "com o altíssimo risco à vida e à segurança de pessoas inocentes e especialmente pelos deslocados, crianças, mulheres, idosos e doentes nas áreas atingidas, independentemente de sua origem étnica ou crença religiosa". "Milhares estão em movimento e milhões estão passando fome.

Mianmar é uma área de guerra: Por ocasião do primeiro aniversário, em 1º de fevereiro, do golpe de Estado militar no país asiático, o cardeal Charles Bo, arcebispo de Yangon, salientou em entrevista ao Vatican News que o povo de Mianmar está em uma situação desesperada, a opressão militar é uma "prolongada via-sacra, onde o Jardim do Éden se torna o Monte Calvário". O que o país está passando é "uma fase de caos, confusão, conflito e agonia humana que está em aumento". O povo, acrescentou o cardeal, vive em uma atmosfera de medo, ansiedade e é forçado à fome: "todo o Mianmar é uma área de guerra".

Oração: Ó Santa Josefina Bakhita, que, desde menina, foste enriquecida por Deus com tantos dons e a Ele correspondeste com todo o amor, olha por nós. Intercede junto ao Senhor para que cresçamos no seu amor e no amor a todas as criaturas humanas, sem distinção de idade, de raça, de cor, de situação social. Que pratiquemos sempre, como tu, as virtudes da fé, da esperança, da caridade, da humildade, da castidade e da obediência. Amém!

Evangelho (Mc 7,1-13):

 Os fariseus e alguns escribas vindos de Jerusalém ajuntaram-se em torno de Jesus. Eles perceberam que alguns dos seus discípulos comiam com as mãos impuras — isto é, sem lavá-las. Ora, os fariseus e os judeus em geral, apegados à tradição dos antigos, não comem sem terem lavado as mãos até o cotovelo. Bem assim, chegando da praça, eles não comem nada sem a lavação ritual. E seguem ainda outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras, vasilhas de metal, camas.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas tomam a refeição com as mãos impuras?» Ele disse: «O profeta Isaías bem profetizou a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. É inútil o culto que me prestam, as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus e vos apegais à tradição humana». E dizia-lhes: «Sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus apegando-vos à vossa tradição. De fato, Moisés ordenou: ‘Honra teu pai e tua mãe’. E ainda: ‘Quem insulta pai ou mãe, deve morrer’. Mas vós ensinais que alguém pode dizer a seu pai e à sua mãe: ‘O sustento que poderíeis receber de mim é destinado para oferenda’. E já não deixais tal pessoa ajudar seu pai ou sua mãe. Assim anulais a palavra de Deus por causa da vossa tradição, que passais uns para os outros. E fazeis ainda muitas outras coisas como essas!».

«Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos?» - Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos como algumas tradições tardias dos mestres da Lei haviam manipulado o sentido puro do quarto mandamento da Lei de Deus. Aqueles escribas ensinavam que os filhos que ofereciam dinheiro e bens para o Templo faziam o melhor. Segundo este ensinamento, sucedia que os pais já não podiam pedir nem dispor destes bens. Os filhos formados nesta consciência errônea achavam que tinham cumprido assim o quarto mandamento, inclusive ter cumprido da melhor maneira. Mas, de fato, se tratava de um engano.
E Jesus acrescentou: «Vocês são bastante espertos para deixar de lado o mandamento de Deus a fim de guardar as tradições de vocês» (Mc 7,9): Jesus Cristo é o intérprete autêntico da Lei; por isso explica o justo sentido do quarto mandamento, desfazendo o lamentável erro do fanatismo judio.
«Com efeito, Moisés ordenou: ‘Honre seu pai e sua mãe’. E ainda: ‘Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer’» (Mc 7,10): o quarto mandamento lembra aos filhos as responsabilidades que têm com os pais. Tanto como possam, devem prestar-lhes ajuda material e moral durante os anos da velhice e durante as épocas de enfermidade, solidão ou angustia. Jesus lembra este dever de gratidão.
O respeito aos pais (piedade filial) está feito da gratidão que lhes devemos pelo dom da vida e pelos trabalhos que realizaram com esforço em seus filhos, para que estes pudessem crescer em idade, sabedoria e graça. «Honre a seu pai de todo coração, e não esqueça as dores de sua mãe. Lembre-se de que por eles o geraram. O que você lhes dará em troca por tudo o que eles deram a você?» (Sir 7,27-28).
O Senhor quer que o pai seja honrado pelos filhos, e confirma a autoridade da mãe sobre os filhos. Quem honra o próprio pai alcança o perdão dos pecados, e quem respeita sua mãe é como quem ajunta um tesouro. Quem honra seu pai será respeitado pelos seus próprios filhos, e quando rezar será atendido. Quem honra o seu pai terá vida longa, e quem obedece ao Senhor dará alegria à sua mãe.(cf. Sir 3,2-6). Todos estes e outros conselhos são uma luz clara para nossa vida em relação aos nossos pais. Peçamos ao Senhor a graça para que não nos falte nunca o verdadeiro amor que devemos aos pais e saibamos, com o exemplo, transmitir ao próximo esta doce “obrigação”.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Por vezes exibe-se uma aparência de virtude, sem qualquer interesse pela retidão interior. Quem ama a Deus fica feliz por Lhe poder agradar, porque o maior prémio que podemos desejar é o próprio amor» (São Leão Magno) «Peçamos ao Senhor, por intercessão da Virgem Santa, que nos dê um coração puro, livre de toda a hipocrisia, para que assim sejamos capazes de viver segundo o espírito da lei e alcancemos o seu fim, que é o amor» (Francisco) «O quarto mandamento lembra aos filhos adultos as suas responsabilidades para com os pais. Tanto quanto lhes for possível, devem prestar-lhes ajuda material e moral, nos anos da velhice e no tempo da doença, da solidão ou do desânimo. Jesus lembra este dever de gratidão» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.218)

Santo do Dia: Santa Josefina Bakhita

Padroeiro de: Vítimas do tráfico - Localização: Sudão, África

Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Seu nome significa "afortunada". Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes.

Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Neste país tornou-se babá da filha de um casal italiano. Devido à necessidade de mudanças, a jovem negra foi direcionada para um mosteiro da Congregação de Santa Madalena de Canossa. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada, recebendo o nome de Josefina.

Bakhita resolveu tornar-se uma irmã canossiana. Por mais de cinquenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido.

A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão. Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão: Josefina Bakhita, a primeira santa da África, recebeu do Papa João Paulo II a canonização. O milagre reconhecido pelo Vaticano foi a cura milagrosa de uma brasileira - Eva Tobias da Costa, da cidade de Santos-SP - que a ela recorrera, pedindo intercessão.

TJL- A12.COM – EVANGELI.NET – VATICAN.NEWS

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