BOM DIA EVANGELHO
Festa da Cátedra de São Pedro - "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela." (Mt 16,18)
Vatican
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Não
sabemos bem qual a origem da festa da Cátedra de São Pedro. Mas, com certeza,
há uma inscrição, datada do ano 370 - portanto, há quase 1650 anos - atribuída
ao Papa São Dâmaso, que diz respeito a uma cadeira ou trono, na Basílica
Vatican, considerada a "Cátedra" do Apóstolo Pedro.
Hoje,
desta cadeira, restam apenas algumas relíquias de madeira, conservadas e
honradas, em um lugar onde o grande artista Bernini levantou o monumento
grandioso, em honra do primeiro Papa: a Basílica de São Pedro.
Cátedra
é o símbolo da autoridade e do magistério do Bispo. Catedral é onde está a
cátedra do Bispo, ou seja, de onde ele prega.
Portanto,
a festa da Cátedra de São Pedro recorda a autoridade do Papa e de seu
Magistério.
São Pedro - Cadeira de Pedro
Cristo
escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo
Espírito Santo. A cadeira de São Pedro se encontra no Vaticano, na Basílica de
São Pedro. Embora a Sé Episcopal seja na Basílica de São João de Latrão, a
catedral de todas as catedrais, a Cátedra com toda a sua riqueza, todo seu
simbolismo se encontra na Basílica de São Pedro.
O
fundador e o fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado que
ressuscitou, a Verdade encarnada, foi Ele quem escolheu São Pedro para ser o
primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo com o carisma chamado
da infalibilidade. Esse carisma bebe da realidade da própria Igreja porque a
Igreja é infalível, uma vez que a alma da Igreja é o Espírito Santo, Espírito
da verdade.
Enfim,
em matéria de fé e de moral a Igreja é infalível e o Papa portando esse carisma
da infalibilidade ensina a verdade fundamentada na Sagrada Escritura, na
Sagrada Tradição e a serviço como Pastor e Mestre.
De
fato, o Papa está a serviço da Verdade, por isso, ao venerarmos e reconhecermos
o valor da Cátedra de São Pedro, nós temos que olhar para esses fundamentos
todos.
Evangelho (Mc 9,38-40):
João disse
a Jesus: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o
proibimos, porque ele não andava conosco». Jesus, porém, disse: «Não o
proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar
mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso favor».
«Quem não é contra nós, está a nosso favor» - Rev. D. David CODINA i Pérez(Puigcerdà, Gerona, Espanha)
Hoje escutamos uma
recriminação ao apóstolo João, que vê a gente fazer o bem no nome de Cristo sem
formar parte do grupo de seus discípulos: «Mestre, vimos alguém expulsar
demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco» (Mc
9,38). Jesus nos dá a visão adequada que devemos ter diante destas pessoas:
acolhê-las e aumentar essa visão, com humildade respeito a nós mesmos,
compartilhando sempre um mesmo nexo de comunhão, uma mesma fé, uma mesma
orientação, ou seja, caminhar juntos à perfeição do amor a Deus e ao próximo.
Este modo de viver nossa vocação de “Igreja” nos convida a revisar com paz e
seriedade a coerência com que vivemos esta abertura de Jesus Cristo. Enquanto
houver “outros” que nos “incomodem” porque fazem o mesmo que nós, isto é um
claro indício de que o amor de Cristo ainda não nos impregna em toda sua
profundidade, e nos pedirá a “humildade” de aceitar que não esgotamos “toda a
sabedoria e o amor de Deus”. Definitivamente, aceitar que somos aqueles que
Cristo escolhe para anunciar a todos como a humildade é o caminho para
aproximar-nos a Deus.
Jesus obrou assim desde sua Encarnação, quando nos aproxima ao máximo a
majestade de Deus na insignificância dos pobres. Diz são João Crisóstomo:
«Cristo no se contentou em padecer na cruz e com a morte, e quis também
fazer-se pobre e peregrino, ir errante e nu, quis ser jogado no cárcere e
sofrer as debilidades, para conseguir a tua conversão». Se Cristo não deixou
passar nenhuma oportunidade para que possamos viver o amor com os demais,
tampouco deixemos passar a ocasião de aceitar ao que é diferente a nós no modo
de viver sua vocação a formar parte da Igreja, porque «Quem não é contra nós,
está a nosso favor» (Mc 9,40).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «‘Jesus disse: Não
está certo impedir-lhe…’. E é assim que nos disse que não só não nos devemos
opor ao bem de qualquer parte que venha, senão que pelo contrário devemos
procura-lo quando não exista» (São Beda o Venerável) «Fazer o bem é um dever, é
um bilhete de identidade que o nosso Pai deu a todos, porque nos fez à sua
imagem e semelhança. E Ele faz o bem sempre» (Francisco) «A liberdade faz do
homem um sujeito moral. Quando age de maneira deliberada, o homem é, por assim
dizer, o pai dos seus atos. Os atos humanos, quer dizer, livremente escolhidos
em consequência dum juízo de consciência, são moralmente qualificáveis. São
bons ou maus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.749)
Santo
do Dia: São
Policarpo(Padroeiro
de: Protetor das dores de
ouvido e das queimadura)
O Santo deste dia é um dos grandes
Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros
apóstolos e serviram de elo entre a Igreja
primitiva e a Igreja do mundo greco-romano. São Policarpo foi sagrado bispo de Esmirna pelo
próprio São João, o Evangelista.
Muito reverenciando
pelos cristãos como um líder, e foi escolhido para representar o Papa Aniceto na
questão da data da celebração da Páscoa.
A carta escrita por
Policarpo aos Filipenses foi preservada. Nesta carta ele diz: “Fique firme e na sua
conduta siga o exemplo do Senhor, firme e imutável em sua fé, ame seu
irmão, amando a cada um e a todos, unidos na verdade e
ajudando a cada um com a bondade do Senhor Jesus, não desprezando a nenhum
homem”.
De caráter reto, de alto saber e amor a Igreja, Policarpo era respeitado por todos no
Oriente. Com a perseguição,
o Santo bispo, de 86 anos escondeu-se
até que foi preso e levado ao governador
que o obrigou a ofender a Cristo. Policarpo respondeu: "Há oitenta e seis anos
sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar aquele a quem prestei culto e reconheço como o meu
Salvador?".
Condenado no estádio da cidade, ele
próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre,
ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os
séculos".
Milagrosamente, as chamas não o
atingiam e não o
machucavam e ele continuava a cantar hinos de louvor a Jesus. Impressionado com
o acontecimento, os guardas chamaram
um arqueiro para que ele perfurasse o santo com uma flecha. Ao ser
atingido o seu sangue apagou as chamas. Os
guardas tentaram de novo acender a pira, mas sem
sucesso. O procônsul, encarregado do martírio, furioso ordenou que fosse decapitado com uma
adaga. São Policarpo morreu
por amor a Deus em 155. É invocado como protetor das dores de ouvido e
das queimaduras.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
C.Ss.R.
Reflexão: Celebrar a festa de São Policarpo é
relembrar as origens da Igreja e o valor do sangue dos mártires para a fé dos
cristãos. Aceitando doar sua vida pelo Cristo, São Policarpo e muitos outros
cristãos demonstraram a total confiança nas promessas de Jesus. Regada com o
sangue do martírio, a Igreja brotou forte e conseguiu firmar-se como um espaço
de fraternidade e esperança. Hoje em dia nosso martírio acontece nos pequenos
desafios do dia a dia, como a paciência com os sofredores, doentes e idosos.
Acolher em Cristo aqueles que estão sofrendo, nos torna verdadeiros
missionários do amor de Deus.
TJL – A12.COM –EVANGELI.NET-
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