Igreja-casa,
pilar da Palavra
Nossa ação evangelizadora perderia sua identidade se a Palavra de Deus não estivesse continuamente sendo anunciada mediante a sua proclamação na liturgia, catequese, leitura orante, Grupos Bíblicos de Reflexão, entre outros. Convém recordar a frase de São Jerônimo: “Ignorar as Sagradas Escrituras, com efeito, significa ignorar Cristo”. Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
Na Exortação
Apostólica pós-Sinodal Verbum Domini, de 2010, o Papa
Bento XVI recorda Santo Agostinho que, ao comentar o capítulo primeiro do Evangelho
de João, afirma que «por meio do Verbo foste feito, mas é necessário que por
meio do Verbo sejas refeito». De fato, nessa passagem – comenta o Papa
emérito na II parte da Exortação, Verbum in Ecclesia – “vemos
esboçar-se o rosto da Igreja como realidade que se define pelo acolhimento do
Verbo de Deus, que, encarnando, colocou a sua tenda entre nós. Esta
morada de Deus entre os homens – a shekinah –, prefigurada no
Antigo Testamento, realiza-se agora com a presença definitiva de Deus no meio
dos homens em Cristo.”
Oração: Ó glorioso Santo Castrense, que suportou tantas perseguições na África e tantos trabalhos apostólicos na Itália, pela propagação da fé cristã, a ti, que és nosso poderoso e maravilhoso Patrono, dirigimos com confiança está humilde e fervorosa oração. Obtém da misericordiosa bondade de Deus, para a nossa Arquidiocese, para as nossas comunidades paroquiais e para todo o povo, as graças necessárias, para que a nossa vida, iluminada pela fé, sustentada pela esperança e testemunhada pela caridade, possa fluir serenamente com o projeto de Deus A vós confiamos, em particular, os pobres, os sofredores e aqueles que procuram a verdadeira fé. Que sua bênção e patrocínio brilhem sobre todos, agora e para sempre. Amém
Evangelho
segundo São Marcos 7,31-37.
Naquele tempo,
Jesus deixou de novo a região de Tiro e, passando por Sidónia, veio para o mar
da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-Lhe então um surdo que mal podia falar e suplicaram-Lhe que impusesse
as mãos sobre ele.
Jesus, afastando-Se com ele da multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos e com
saliva tocou-lhe a língua.
Depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse-lhe: «Effathá», que quer
dizer «Abre-te».
Imediatamente se abriram os ouvidos do homem, soltou-se-lhe a prisão da língua
e começou a falar corretamente.
Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém. Mas, quanto mais lho
recomendava, tanto mais intensamente eles o apregoavam.
Cheios de assombro, diziam: «Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos
oiçam e que os mudos falem».(Tradução litúrgica da Bíblia)
«[O Senhor] cura todas as tuas enfermidades» (Sl
103,3). Não temas, todas as doenças serão curadas. Dirás que são grandes; mas o
Médico é maior. Não há doenças incuráveis para um Médico omnipotente. Deixa que
Ele te trate, não rejeites a sua mão; Ele sabe o que tem a fazer. Não te
alegres apenas quando Ele age com suavidade, aceita-O quando corta. Aceita a
dor do remédio, pensando na saúde que dela virá. Vede, meus irmãos, tudo o que
os homens suportam quando estão doentes para prolongarem a sua vida mais alguns
dias. […] Ora, no teu caso, o resultado não é incerto: Aquele que te prometeu a
saúde não Se pode enganar. Porque é que os médicos se enganam? Porque não foram
eles que criaram o corpo que tratam. Mas foi Deus que fez o teu corpo e que fez
a tua alma. Ele sabe recriar o que criou; sabe reformar o que formou. Só tens
de te abandonar nas suas mãos de médico. […] Aceita, portanto, essas mãos e
«bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças nenhum dos seus benefícios. É
Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades» (Sl 103,2-3).
Aquele que te concebeu para que nunca estivesses doente, se tivesses guardado
os seus preceitos, não te curará ? Aquele que fez os anjos e que, ao
recriar-te, te fará igual a eles, não te curará? Aquele que fez o Céu e a
Terra, e te fez à sua imagem, não te curará? (cf Gn 1,26) Curar-te-á, sim, mas
para isso tens de consentir em ser curado. Ele cura de modo perfeito todos os
doentes, mas só se eles quiserem. […] A tua saúde é Cristo.
Santo do Dia: São Castrense
Padroeiro de: Monreale (IT) Localização: África
Castrense viveu
no século V e era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a
invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar junto com outros sacerdotes e
fiéis, dentro de um velho navio sem velas, remos e leme. Com
certeza, o intuito era que morressem afogados, mas, milagrosamente, Castrense sobreviveu,
desembarcando na costa italiana, próximo a Nápoles.
Pelos
registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel
Volturno. Depois, de acordo com o antiquíssimo "Calendário
Marmóreo" de Nápoles, ele também foi eleito bispo de Sessa,
aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com
amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente
e caridoso. Durante a sua vida, realizou dois prodígios, registrados
nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e
salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade.
A fama de santidade já o acompanhava em vida,
quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de fevereiro de 450, em
Sessa, Nápoles. Logo passou a ser venerado pela população em
toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na África.
As relíquias do Santo foram transferidas
antes do século XII de Sessa para Cápua, e depois, por determinação
de Guilherme II, o Bom, último rei normando da Sicília,
foram enviadas para Monreale (Itália). Em 1637, foram
transladadas para a Capela anexa à Catedral de Monreale, em
uma urna de prata, com uma placa onde se pode ler "São Castrense, eterno baluarte da cidade de
Monreale".
As mais
recentes informações sobre este Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo
Castrense nas duas dioceses e ao lado de outros mártires da mesma época e
região.
Ainda hoje
encontramos o efeito da sua presença na Catânia, como na pequena região que leva o nome de São Castrense, nas diversas
igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral. Tudo
é dedicado à sua memória.
Reflexão: O dia 11 de fevereiro foi oficializado pela Igreja para a
comemoração da data litúrgica do Santo. São Castrense teve o seu martírio
reconhecimento pela Igreja, que o declarou bispo Castrense, Santo e padroeiro
da cidade de Monreale. Neste dia, a sua estátua segue em procissão da Catedral
de Monreale, indo para Sessa e retornando após o culto litúrgico. Dizem os
devotos que, durante este trajeto, muitas graças são alcançadas por sua
intercessão.
TJL- EVANGELI.NET- A12.COM – VATICAN.NEWS –
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