quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 10.FEVEREIRO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


10 DE FEVEREIRO DE 2022 - Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum

O magistério da Igreja Católica sobre a eutanásia: A Igreja, em seus 2000 anos de história, sempre defendeu a vida humana desde a concepção até a morte natural, com particular atenção às frágeis fases da existência. O "não" à eutanásia e à obstinação terapêutica são um "sim" à dignidade e aos direitos da pessoa: incurável não significa incuidável Amedeo Lomonaco – Vatican News: Na sua etimologia grega, a palavra eutanásia está ligada ao conceito de "boa morte" (εθάνατος). Este termo foi associado na antiguidade com uma morte sem sofrimento. O objetivo do médico era garantir, na medida do possível, que os últimos momentos da vida fossem indolores. Esta forma de 'eutanásia' não estava em desacordo com o juramento hipocrático: 'Não darei, mesmo que solicitado, uma droga mortal a ninguém, nem sugerirei tal conselho; da mesma forma, não darei uma droga abortiva a nenhuma mulher'. Hoje, porém, o termo eutanásia não se refere mais a esse significado original. Ao contrário, significa uma ação destinada a provocar antecipadamente a morte de uma pessoa doente, a fim de aliviar seu sofrimento. Não à eutanásia e à obstinação terapêutica Em seus dois mil anos de história, a Igreja Católica sempre afirmou que a vida humana deve ser defendida desde a concepção até a morte natural. Assim, segundo o Catecismo da Igreja Católica, "A eutanásia voluntária, quaisquer que sejam as formas e os motivos, é um homicídio. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito pelo Deus vivo, seu Criador (2324). O progresso tecnológico deu origem a novas questões éticas. O desenvolvimento da medicina tornou possível melhorar a saúde e prolongar a vida de uma forma que nunca tinha acontecido no passado e que nunca poderia ser imaginada. A este respeito, há 65 anos, em 24 de novembro de 1957, Pio XII fez um discurso a um grupo de anestesistas e reanimadores que o Papa Francisco descreveu como "memorável". Reafirmando a não legalidade da eutanásia, o Papa Pio XII afirma, no entanto, que não há obrigação de empregar sempre todos os meios terapêuticos potencialmente disponíveis e que, em casos bem definidos, é lícito abster-se deles: esta é a primeira alusão ao princípio da chamada "obstinação terapêutica". É definido como moralmente admissível abster-se ou suspender o uso de medidas terapêuticas quando seu uso não corresponde ao critério de "proporcionalidade dos tratamentos".

Oração: Ó Deus, que prometestes habitar nos corações puros, dai-nos, pela intercessão de Santa Escolástica, viver de tal modo, que possais fazer em nós a vossa morada. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 7,24-30):

 Jesus se pôs a caminho e, dali, foi para a região de Tiro. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguia ficar escondido. Logo, uma mulher que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar dele. Ela foi e jogou-se a seus pés. A mulher não era judia, mas de origem siro-fenícia, e pedia que ele expulsasse o demônio de sua filha. Jesus lhe disse: «Deixa que os filhos se saciem primeiro; pois não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos». Ela respondeu: «Senhor, também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que os filhos deixam cair». Jesus, então, lhe disse: «Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha». Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama. O demônio havia saído dela.

«Ela foi e jogou-se a seus pés. Pedia que ele expulsasse o demônio de sua filha» - Rev. D. Enric CASES i Martín(Barcelona, Espanha)

Hoje nos mostra a fé de uma mulher que não pertencia ao povo escolhido, mas que tinha a confiança em que Jesus podia curar a sua filha. Aquela mãe «A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio» (Mc 7,26). A dor e o amor a levam a pedir com insistência, sem levar em consideração nem desprezos, nem atrasos, nem indignação. E consegue o que pede, pois «Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já tinha saído dela» (Mc 7,30).
São Agostinho dizia que muitos não conseguem o que pedem pois são «aut mali, aut male, aut mala». Ou são maus e a primeira coisa que teriam que pedir seria ser bons; ou pedem erroneamente, sem insistência, em vez de pedir com paciência, com humildade, com fé e por amor; ou pedem coisas ruins que se recebessem fariam dano à alma ou ao corpo ou aos outros. Devemos nos esforçar, pois, por pedir bem. A mulher siro-fenícia é boa mãe, pede algo bom («que expulsasse de sua filha o demônio») e pede bem («veio e jogou-se aos seus a pés»).
O Senhor nos faz usar perseverantemente a oração de petição. Certamente, existem outros tipos de pregaria —a adoração, a expiação, a oração de agradecimento—, mas Jesus insiste em que nós freqüentemos muito a oração de petição.
Por que? Muitos poderiam ser os motivos: porque necessitamos da ajuda de Deus para alcançar nosso fim; porque expressa esperança e amor; porque é um clamor de fé. Mas existe um que talvez seja pouco considerando: Deus quer que as coisas sejam um pouco como nós queremos. Deste modo, nossa petição —que é um ato livre— unida à liberdade onipotente de Deus, faz com que o mundo seja como Deus quer e um pouco como nós queremos. É maravilhoso o poder da oração!
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Quando a nossa oração não é ouvida é porque pedimos mal, com pouca fé ou sem perseverança, ou com pouca humildade» (Santo Agostinho) «Jesus elogia a mulher siro-fenícia que lhe pede com insistência a cura da sua filha. Insistência que certamente é muito estressante, mas esta é uma atitude de oração. Santa Teresa fala da oração como negociação com o Senhor» (Francisco) «Do mesmo modo que Jesus ora ao Pai e Lhe dá graças antes de receber os seus dons, assim também nos ensina esta audácia filial: ‘tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o alcançastes’ (Mc 11, 24). Tal é a força da oração: ‘tudo é possível a quem crê’ (Mc 9, 23), com uma fé ‘que não hesita’ (Mt 21,22) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.610)

Santo do Dia: Santa Escolástica

Padroeiro de: monjas e das crianças com convulsões -Localização: Úmbria, Itália

Hoje celebramos a memória de Santa Escolástica, irmã gêmea do grande São Bento, pai do monaquismo. Esta grande santa nasceu na Úmbria, região central da Itália, no ano de 480.

Santa Escolástica foi uma mulher de grande espírito de oração e busca de santidade. Junto com seu irmão São Bento, tornou-se a fundadora de vários mosteiros femininos que também seguiam a Regra de vida monástica do irmão. Escolástica era piedosa, virtuosa, cultivadora da oração, temente a Deus e inimiga do espírito do mundo e das vaidades.

Relata-nos o Papa São Gregório Magno que Escolástica e Bento, embora morassem pertinho, encontravam-se para diálogos santos apenas uma vez ao ano. Numa dessas visitas, pressentindo que o dia de seu encontro com o Pai Eterno estava próximo, Escolástica pediu ao irmão que ficasse com ela até o amanhecer, mas foi repreendida pelo irmão, pois isto seria uma transgressão da Regra do mosteiro.

Diante da resposta negativa do irmãoSanta Escolástica entrelaçou as mãos, abaixou a cabeça e rapidamente conversou com Deus. De repente armou uma tamanha tempestade fora do lugar do encontro, que São Bento ficou impedido de sair com seus irmãos. Diante do olhar de espanto do irmão, Escolástica disse-lhe: "Pedi a você e você não me ouviu; pedi ao Senhor e ele me ouviu. Vá embora, se puder, volte ao seu mosteiro". Alguns dias depois, São Bento teve uma visão da irmã, que rumava ao céu com vestes brancas. Quarenta dias depois, o próprio São Bento também rumou para a Vida Eterna em Deus.

corpo de Escolástica foi transportado para o mosteiro de São Bento, e sepultado no túmulo que o santo abade tinha mandado preparar para si. Escolástica morreu em 543, na idade de 63 anos.

Santa Escolástica quando se achava em grandes tribulações fixava o olhar no Crucifixo. Este olhar trazia-lhe consolo e coragem para vencer todas as dificuldades. Ela dizia que um único olhar sobre a imagem do Crucificado tirava-lhe toda a aflição e suavizava o sofrimento.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão: Santa Escolástica amava a solidão e fugia da companhia de pessoas seculares, mas sempre arrumava tempo para conversar sobre assuntos de conteúdo religioso. Também nós devemos valorizar os momentos de silêncio, não perdendo tempo com coisas inúteis, que nos afastam da caridade. Procura mais a Deus no silêncio e na oração, e encontrará a paz a alma.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICAN.NEWS

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