O Papa,
Mutilação Genital: uma prática que humilha a dignidade da mulher: Neste
Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, o Pontífice recordou que
esta prática, difundida em várias regiões do mundo, compromete gravemente a
integridade física das mulheres. Mariangela Jaguraba -
Vatican News Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco recordou que
neste domingo (06/02), se celebra o Dia Internacional contra a Mutilação
Genital Feminina. Ou artilhe
São
cerca de três milhões de meninas que, todos os anos, se submetem a esta
cirurgia, muitas vezes em condições muito perigosas para a sua saúde. Essa
prática, infelizmente difundida em várias regiões do mundo, humilha a dignidade
da mulher e atenta gravemente a sua integridade física.
Uma
prática a ser abolida
Uma
violação extrema dos direitos e da integridade das mulheres e meninas. Na
maioria dos países do mundo, a mutilação genital feminina é considerada uma
prática a ser abolida, fruto de costumes culturais baseados na retirada total
ou parcial dos órgãos genitais externos, com consequências graves para a saúde
da mulher, que em alguns casos leva à morte. Uma vez feito o corte, as meninas
serão consideradas prontas para se tornarem esposas e isso muitas vezes leva a
um casamento precoce com o consequente abandono dos estudos.
Estima-se
que cerca de 68 milhões de meninas em todo o mundo ainda correm o risco de
serem submetidas a essa prática antes de 2030.
A
mutilação genital feminina está difundida principalmente em 31 países da África
e do Oriente Médio, 15 dos quais enfrentam conflitos, pobreza crescente e
desigualdades, mas é correto definir essa prática como universal porque é comum
em alguns países da América Latina e da Ásia. Além disso, a Europa Ocidental,
América do Norte, Austrália e Nova Zelândia não estão excluídas, pois as
famílias imigrantes continuam respeitando esta tradição. Pelo menos 200 milhões
de meninas e mulheres vivas hoje sofreram mutilação genital feminina.
Em
alguns países, a mutilação genital feminina é uma prática sofrida por cerca de
90% das meninas, especialmente em Djibuti, Guiné, Mali e Somália. Um fator
alarmante diz respeito à idade das meninas, cada vez menor: no Quênia, a idade
média em que se submete a prática caiu de 12 para 9 anos nas últimas três
décadas.
Evangelho (Mc 6,53-56):
Tendo atravessado o lago, foram para Genesaré
e atracaram. Logo que desceram do barco, as pessoas reconheceram Jesus.
Percorriam toda a região e começaram a levar os doentes, deitados em suas
macas, para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. E, em toda parte onde
chegava, povoados, cidades ou sítios do campo, traziam os doentes para as
praças e suplicavam-lhe para que pudessem ao menos tocar a franja de seu manto.
E todos os que tocavam ficavam curados.
«Todos os a tocavam [a franja de seu manto] ficavam salvados » - Fr. John GRIECO(Chicago, Estados Unidos)
Hoje, no Evangelho do dia, vemos o magnífico “poder
do contato” com a pessoa de Nosso Senhor: «Traziam os doentes para as praças e
suplicavam-lhe para que pudessem ao menos tocar a franja de seu manto. E todos
os que tocavam ficavam curados».(Mc 6,56). O menor contato físico pode obrar
milagres para aqueles que se aproximam a Cristo com fé. Seu poder de curar
desborda desde seu coração amoroso e estende inclusive a suas vestes. Ambos,
sua capacidade e seu desejo pleno de curar, são abundantes de fácil acesso.
Esta passagem pode nos ajudar a meditar como estamos recebendo ao Nosso Senhor
na Sagrada Comunhão. Comungamos com fé de que este contato com Cristo pode
obrar milagres em nossas vidas? Mais que um simples tocar «a franja de seu
manto», nós recebemos realmente o Corpo de Cristo em nossos corpos. Mais que
uma simples cura de nossas doenças físicas, a Comunhão cura nossas almas e lhes
garanta a participação na própria vida de Deus. São Inácio de Antioquia, assim,
considerava à Eucaristia como a «medicina da imortalidade e o antídoto para
prevenir-nos da morte, de modo que produz o que eternamente nós devemos viver
em Jesus Cristo».
O aproveitamento desta «medicina da imortalidade» consiste em ser curados de
todos aqueles que nos separa de Deus e dos outros. Ser curados por Cristo na
Eucaristia, por tanto, implica superar nosso ensimesmamento. Tal como ensina
Bento XVI, «Nutrir-se de Cristo é o caminho para não permanecer alheios ou
indiferentes diante da sorte dos irmãos (...). Uma espiritualidade eucarística,
então, é um autentico antídoto diante o individualismo e o egoísmo que com
freqüência caracterizam a vida cotidiana, levam ao redescobrimento da
gratuidade, da centralidade das relações, a partir da família, com particular
atenção em aliviar as feridas de aquelas desintegradas».
Igual que aqueles que foram curados de suas doenças tocando seus vestidos, nós
também podemos ser curados de nosso egoísmo e de nosso isolamento dos outros
mediante a recepção de Nosso Senhor com fé.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Cristo
é tudo para nós. Se você é oprimido pela injustiça, Ele é justiça; se você
precisar de ajuda, Ele é a força; se você tem medo da morte, Ele é vida; se
você quer o céu, Ele é o caminho; se você está nas trevas, Ele é a luz» (Santo
Ambrósio de Milão) «Deus, depois de ter acabado a criação, não se “retirou”:
ainda pode agir. Ele ainda é o Criador e, por isso, sempre tem a possibilidade
de "intervir". Deus ainda é Deus!» (Bento XVI) «Cristo convida os
seus discípulos a continuarem com ele, cada um com sua cruz. Seguindo-o,
adquirem uma nova visão sobre a doença e sobre os enfermos. Jesus os associa
com sua vida pobre e humilde. Ele os faz participar do seu ministério de
compaixão e cura (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1.506)
Santo do Dia: São Ricardo - Padroeiro de: Família Localização: Inglaterra
No século V, a rainha da Inglaterra meridional era Sexburga,
que mais tarde se tornou abadessa e uma santa da Igreja Católica.
Ela teve três filhos e duas filhas.
O filho do meio, Ricardo, se tornou provisoriamente
o rei da Inglaterra por causa da morte prematura do irmão mais velho.
Neste cargo reinou alguns anos.
Quando o sobrinho alcançou a idade de assumir o trono, Ricardo deixou o palácio e foi morar num mosteiro junto com dois filhos ainda
adolescentes. No ano de 720, ele e os filhos empreenderam uma romaria até a cidade eterna, Roma.
Atravessaram
toda a França, mas quando chegaram na cidade de Luca, a viagem teve de ser interrompida, porque Ricardo ficou doente e acabou falecendo. Os milagres foram acontecendo em seu túmulo e o
local se tornou uma rota de devoção para os cristãos,
que o chamavam de "rei santo".(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A dedicação de alguns homens pela
construção de uma sociedade mais fraterna gerou vidas santas na Igreja. Ricardo
é exemplo de um homem nobre, que abdicou de suas regalias para servir a Deus e
aos mais humildes. Que ele nos inspire ao serviço dos excluídos.
TJL – A12.COM
– EVANGELI.NET – VATICAN.NEWS
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