O Papa:
quatro "proximidades", os pilares para uma vida sacerdotal no estilo
de Deus
A proximidade a Deus, ao bispo, entre os presbíteros e ao povo:
estas são as quatro atitudes "que dão solidez à pessoa" do sacerdote,
apresentadas por Francisco em seu articulado discurso, na Sala Paulo VI, no
Simpósio "Por uma teologia fundamental do sacerdócio", promovido pela
Congregação para os Bispos.
Silvonei
José, Alessandro Di Bussolo – Vatican News
Não
"discursos intermináveis" e teorias "sobre o que deve ser a
teologia do sacerdócio", mas quatro "proximidades", a Deus, ao
bispo, entre os presbíteros e ao povo, que "podem ajudar de forma prática,
concreta e esperançosa a reavivar o dom e a fecundidade que um dia nos foram
prometidos" como presbíteros. O discurso do Papa Francisco na manhã desta
quinta-feira no Simpósio "Por uma teologia fundamental do
sacerdócio", promovido pela Congregação para os Bispos, na Sala Paulo VI,
visa "compartilhar as atitudes que dão solidez à pessoa do sacerdote, os
quatro pilares constitutivos de nossa vida sacerdotal" e que chama
"as quatro proximidades", "porque seguem o estilo de Deus, que é
fundamentalmente um estilo de proximidade".(VATICAN NEWS)
Oração: Querido Pai, Deus Uno e Trino, pela intercessão do bispo São Simeão, conserve em nós a fidelidade ao projeto de amor aos mais abandonados e sofredores e que o testemunho deste apóstolo seja alimento de nossa fidelidade ao evangelho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 8,34-9,1):
Chamou, então, a
multidão, juntamente com os discípulos, e disse-lhes: «Se alguém quer vir após
mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me! Pois quem quiser salvar
sua vida a perderá; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a
salvará. De fato, que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria
vida? E que poderia alguém dar em troca da própria vida? Se alguém se
envergonhar de mim e de minhas palavras diante desta geração adúltera e
pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória
do seu Pai, com seus santos anjos». E disse-lhes: «Em verdade vos digo: alguns
dos que estão aqui não provarão a morte, sem antes terem visto o Reino de Deus chegar
com poder».
«Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!» - + Rev. D. Joaquim FONT i Gassol(Igualada, Barcelona, Espanha)
Hoje
o Evangelho nos fala sobre dois temas contemporâneos¬: a nossa cruz de cada dia
e o seu fruto, quer dizer, a Vida em maiúscula, sobrenatural e eterna.
Ficamos de pé para escutar o Santo Evangelho, como símbolo de querermos seguir
os seus ensinamentos. Jesus diz que nos neguemos a nos mesmos, clara expressão
de não seguir o “gosto dos caprichos” —como menciona o salmo— ou de afastar «as
riquezas enganadoras», como diz São Paulo. Tomar a própria cruz é aceitar as
pequenas mortificações que cada dia encontramos pelo caminho.
Pode-nos ajudar para isso a frase que Jesus disse no sermão sacerdotal, no
Cenáculo: «Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que
não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê
mais fruto ainda» (Jo 15,1-2).Um lavrador esperançoso, mimando o racimo para
que alcance muita qualidade! Sim, queremos seguir ao Senhor! Sim, somos
conscientes de que o Pai pode ajudar-nos a dar abundante fruto em nossa vida
terrenal e depois gozar na vida eterna.
Santo Inácio guiava a São Francisco Xavier com as palavras do texto de hoje:
«De fato, que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?»
(Mc 8,36). Assim chegou a ser o patrono das Missões. Com a mesma nuança, lemos
o último Cânon do Código de Direito Canônico (n.1752): «Tendo-se diante dos
olhos a salvação das almas que, na Igreja, deve ser sempre a lei suprema». São
Agostinho tem a famosa lição: «Animam salvasti tuam predestinasti», que o
ditado popular traduziu-a assim: «Quem salva uma alma, garante a sua». O
convite é evidente.
Maria, Mãe da Divina Graça, nos dá a mão para avançar neste caminho.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Eu, até ao presente momento, sou um escravo. Mas se alcançar sofrer o martírio, serei libertado em Jesus Cristo e ressuscitarei livre, n´Ele» (Santo Inácio de Antioquia) «A tradição teológica, espiritual e ascética, desde os primeiros tempos, manteve a necessidade de seguir a Cristo na Sua Paixão, não apenas na imitação das suas virtudes, como também na cooperação na redenção universal» (São João Paulo II) «A Cruz é o único sacrifício de Cristo, mediador único entre Deus e os homens (1Tm 2,5). Mas porque, na sua Pessoa divina encarnada. «Ele Se uniu, de certo modo, a cada homem», «a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal, por um modo só de Deus conhecido» (Concilio Vaticano II). Convida os discípulos a tomarem a sua cruz e a segui-Lo (Mt 16,24) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 618)
Santo do Dia: São Simeão(Localização: Jerusalém)
São Simeão foi bispo de
Jerusalém.
Filho de Cleófas, São Simeão era primo de Jesus. Ele foi um dos primeiros apóstolos, tendo inclusive recebido o Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Depois do assassinato de São Tiago, o menor, pelos judeus,
os apóstolos e discípulos se reuniram para escolher seu sucessor na
sede de Jerusalém. O escolhido foi Simeão. No ano 66 começou na Palestina a guerra civil em consequência da oposição dos
judeus aos romanos e parece que os cristãos de Jerusalém receberam do céu o aviso
de que a cidade seria destruída e que deviam sair dela sem
demora, refugiando-se com o santo na cidade de Péla.
Depois da tomada e
destruição de Jerusalém, os cristãos voltaram e se estabeleceram nas
ruínas. Simeão voltou e recomeçou com os fiéis a
reconstrução das casas. Houve muitas conversões, pois o
acontecimento fez muita gente refletir sobre a mensagem evangélica. Numerosos judeus converteram-se ao cristianismo devido
aos milagres feitos pelos santos. Os imperadores Vespasiano e Domiciano mandaram matar todos os membros descendentes de Davi,
mas Simeão conseguiu escapar.
Contudo, durante a perseguição do Imperador Trajano, foi denunciado
às autoridades, torturado, crucificado e morto. Simeão recebeu ordem de prisão e
intimação de prestar homenagem aos deuses. O santo negou-se corajosamente a trair aquele
que era seu único Mestre e Senhor. No meio da cruel flagelação, Simeão louvou e bendisse o nome de Deus e de Jesus Cristo.
Do alto da cruz, ainda confessou o nome do divino Mestre, rezou pelos inimigos e entregou o espírito nas mãos de Deus. Morreu com 120 anos, depois de ter governado durante 43 anos a Igreja. Sua simplicidade e
a fidelidade uniu os cristãos em torno do Evangelho de Jesus.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão: Histórias de amor ao Cristo são comuns no
início da Igreja. São Simeão, já na velhice, conservou sua fidelidade ao seu
Mestre Jesus e entregou sua vida por amor a Igreja. Ele era membro da primeira
geração de cristãos, conheceu Jesus e aprendeu dele a virtude da caridade e da
fidelidade. Hoje somos convidados a reafirmar nossa profissão de fé em Jesus
Cristo. Que nossa vida, na juventude e na velhice, seja sempre uma testemunha
da Ressurreição.
TJL- A12.COM – EVANGELI.NET – VATICAN.NEWS
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