O Papa no Cazaquistão, Dom
Dell'Oro: beleza e caridade são o caminho do diálogo
À espera do Pontífice, o bispo de Karaganda fala sobre os desafios da minoria católica por ele liderada, uma comunidade com criatividade e proximidade com os mais fracos. Em seu relato, a recordação da visita de João Paulo II ao país em 2001, o exemplo de muitos cristãos perseguidos pelo regime soviético e a decepção pela ausência do Patriarca Kirill no Congresso dos líderes mundiais e das religiões tradicionais. "A guerra é a coisa mais horrenda, especialmente entre os povos cristãos".(Antonella Palermo - Cidade do Vaticano) - Na terça-feira, 13 de setembro, o Papa Francisco partirá para o Cazaquistão. No país asiático, dos 19 milhões de habitantes, 70% são de fé muçulmana, enquanto 26% são cristãos, principalmente ortodoxos; os católicos são cerca de 120.000. Outrora as comunidades católicas eram compostas por diferentes grupos étnicos, especialmente ex-deportados do regime soviético, mas após a independência muitos deles retornaram aos seus respectivos países de origem e ainda hoje, devido à situação econômica, esse fenômeno migratório continua.
Evangelho segundo São
Lucas 7,1-10.
Naquele tempo, quando Jesus acabou de
falar ao povo, entrou em Cafarnaum.
Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a
morrer.
Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe
pedir que fosse salvar aquele servo.
Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente:
«Ele é digno de que lho concedas,
pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga».
Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou
dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em
minha casa,
nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será
curado.
Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens.
Digo a um "vai" e ele vai; e a outro "vem" e ele vem; e ao
meu servo "faz isto" e ele faz».
Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-Se para a
multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei
tão grande fé».
Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.(Tradução
litúrgica da Bíblia)
São Francisco de Assis (1182-1226) fundador da Ordem dos Frades Menores - Primeira Regra, 17
«Não mereço que
entres em minha casa»
No
amor que é Deus, suplico a todos os meus irmãos – aos que pregam, aos que oram,
aos que trabalham manualmente, aos clérigos e aos leigos – que invistam na humildade
em tudo: que não se ufanem, que não encontrem alegria ou se orgulhem
interiormente com as boas palavras e as boas ações que Deus diz ou realiza por
vezes neles ou através deles. Pois diz o Senhor: «Não vos alegreis porque os
espíritos vos obedecem» (Lc 10,20). Convençamo-nos firmemente de que, por nós,
só temos erros e pecados; e rejubilemos nas provações que temos de suportar na
alma e no corpo, e em todo o tipo de angústias e de tribulações neste mundo,
com vista à vida eterna. Irmãos, evitemos o orgulho e a vã glória. Evitemos a
sabedoria deste mundo e a prudência egoísta. Pois aquele que é escravo das suas
tendências egoístas investe muito esforço e aplicação na formulação de
discursos, mas muito menos na passagem aos atos; em lugar de procurar a religião
e a santidade interiores do espírito, quer e deseja uma religião e uma
santidade exteriores e visíveis aos olhos dos homens. É sobre eles que o Senhor
diz: «Em verdade vos digo, receberam a sua recompensa» (Mt 6,5). Pelo
contrário, aquele que é dócil ao Espírito do Senhor quer mortificar e humilhar
aquilo que é egoísta, vil e abjeto na carne. Dedica-se à humildade e à
paciência, à simplicidade pura e à verdadeira paz de espírito; aquilo que
deseja sempre e acima de tudo é o temor de Deus, a sabedoria de Deus e o amor
de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Guido viveu entre os séculos X e XI, na Bélgica. Desde a infância, ele já demonstrava seu desapego dos bens terrenos. Ainda jovem deixa a casa dos pais e vai ser sacristão em uma paróquia perto de Bruxelas. Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas após um fatalidade, o navio com suas mercadorias afundou, ele decidiu definitivamente seguir a vida religiosa. Guido vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa, levando conforto aos mais abandonados. Depois de tanto andar, Guido voltou para sua terra, residindo na cidade de Anderlecht. Nesta cidade ele morreu, com fama de santidade. Com o passar do tempo foi erguida uma igreja dedicada à ele, para guardar suas relíquias.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São Guido é padroeiro dos sacristãos
e cocheiros. Sua vida foi de inteiro desapego aos bens materiais e de busca da
santidade. O pouco que ganhava doava aos pobres que encontrava nas suas
andanças pela Europa. Suas maiores virtudes eram a caridade e o silêncio. Num
mundo marcado pela pobreza, violência e desigualdades. A vida de São Guido nos
inspira a lutar pela cosntrução de uma nova sociedade.
TJL – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG –
VATICANNEWS.VA
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