De Fortaleza para o mundo: Shalom comemora os 40 anos da
Comunidade em Roma
Presente em mais de 25 países, a comunidade Shalom traz em sua essência o desejo de levar Cristo a todos através da vivência comunitária e missionária.(Laura Lo Monaco - Cidade do Vaticano)
Com o tema
“Amigos de Deus, amigos dos jovens e amigos dos pobres”, a convenção da
Comunidade católica Shalom comemora os 40 anos de sua fundação e conta com a
presença de fiéis do mundo todo.
Em 1980, na ocasião do X Congresso Eucarístico Internacional, Moysés Louro de
Azevedo Filho se encontra com Papa João Paulo II em Fortaleza (CE) e, através
de uma carta entregue ao Pontífice, oferece sua vida e juventude para se
dedicar a levar Jesus Cristo e Sua Igreja aos que estavam distantes,
principalmente aos jovens. Assim é plantada a semente da Comunidade Shalom, que
começou a dar seus primeiros frutos dois anos mais tarde, em 1982, ano de sua
fundação.
Presente em mais de 25 países, a comunidade Shalom traz em sua essência o desejo de levar Cristo a todos através da vivência comunitária e missionária.
Neste
ano, entre os dias 23 e 28 de setembro, os membros da comunidade se reúnem em
Roma para uma semana de oração, formação, confraternização, celebrações e encontro com o
Santo Padre. “Tem sido uma experiência de renovação da nossa
entrega total de vida a Jesus e estamos fazemos esta experiência aqui, em Roma,
diante do Papa e da Santa Igreja”, diz o seminarista Victor Hernández, membro
da comunidade.
Na manhã de
segunda feira, dia 26, os peregrinos estiveram reunidos na Sala Paulo VI para a
audiência com o Papa Francisco, que foi um momento de escuta dos desejos do
Espirito Santo para a Comunidade através do Santo Padre. “O que mais me tocou
durante a audiência foram as palavras do Papa sobre a importância do Espirito
Santo na missão da Comunidade: deixar-se reinventar com criatividade pelo
Espirito Santo!”, relembra Victor.
No dia 27 as
atividades seguem na Igreja São Paulo Fora dos Muros, com momentos de oração,
catequese e a Santa Missa às 11h30 celebrada por Dom Odilo Scherer, arcebispo
da Arquidiocese de São Paulo. As atividades de enceramento do evento serão
conduzidas com o tema “A
minha alma engrandece o Senhor” no dia 28 em Assis, na Basílica de São
Francisco.
Acompanhe o evento através do site https://40anos.comshalom.org/.
Oração: Ó Deus, Pai de
bondade, Pai de misericórdia, eu Te louvo, eu Te bendigo, eu Te adoro. A
exemplo de São Venceslau, quero encontrar no Evangelho inspiração constante
para minha vida. Quero viver as bem-aventuranças e cumprir com alegria o
mandamento do amor. Amém.
Evangelho
(Lc 9,57-62):
Enquanto
estavam a caminho, alguém disse a Jesus: «Eu te seguirei aonde quer que tu
vás». Jesus respondeu: «As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça». Então disse a outro:
«Segue-me». Este respondeu: «Permite-me primeiro ir enterrar meu pai». Jesus
respondeu: «Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai e anuncia
o Reino de Deus». Um outro ainda lhe disse: «Eu te seguirei, Senhor, mas
deixa-me primeiro despedir-me dos de minha casa». Jesus, porém, respondeu-lhe:
«Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus».
«Segue-me» - Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
Hoje, o Evangelho
invita-nos a reflexionar, com muita claridade e não com menos insistência,
sobre o ponto central da nossa fé: o seguimento radical de Jesus. «Eu te
seguirei aonde quer que tu vás» (Lc 9,57). Com que simplicidade a expressão que
propõe um cambio total da vida de uma pessoa!: «Segue-me» (Lc 9,59). Palavras
do Senhor que não admitem desculpas, demoras, condições, nem traições...
A vida cristã é este seguimento radical de Jesus. Radical, não só porque em
toda a sua duração quere estar debaixo da guia do Evangelho (porque compreende,
portanto, todo o tempo da nossa vida), mas sim -sobretudo- porque todos os seus
aspectos -desde os mais extraordinários até aos mais ordinários- querem ser e
hão de ser manifestação do Espírito Santo de Jesus Cristo que nos anima.
Efetivamente, desde o Batismo, a nossa já não é a vida de uma pessoa qualquer:
levamos a vida de Cristo inserida em nós! Pelo Espírito Santo derramado nos
nossos corações, já não somos nós que vivemos, senão que é Cristo que vive em
nós. Assim é a vida do cristão, é vida cheia de Cristo, ressume Cristo desde as
suas raízes mais profundas: esta é a vida somos chamados a viver.
O Senhor, quando veio ao mundo, ainda que «todo o gênero humano tinha o seu
lugar, Ele não o teve: não encontrou lugar no meio dos homens (...), só numa
manjedoura, no meio do gado e dos animais, e ao lado das pessoas mais simples e
inocentes. Por isso disse: As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm
ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (São Jerônimo). O
Senhor encontrará sitio no meio de nós se como João Batista, deixamos que Ele
cresça e que nós diminuamos, quer dizer, se deixamos crescer a Aquele que já
vive em nós sendo dúcteis e dóceis ao seu Espírito, a fonte de toda humildade e
inocência.
Pensamentos
para o Evangelho de hoje:
«O consentimento à graça depende muito
mais da graça do que apenas da nossa própria vontade; mas a resistência à graça
depende unicamente da nossa vontade. Tal é a mão amorosa de Deus» (São
Francisco de Sales) «Deus, a fim de nos dar o movimento do seu poder sem
impedir o da nossa vontade, ajusta o seu poder à sua doçura e à liberdade do
nosso querer» (Bento XVI) «(...) A vocação do homem para a vida eterna não
suprime, antes reforça, o seu dever de aplicar as energias e os meios recebidos
do Criador no serviço da justiça e da paz neste mundo» (Catecismo da Igreja
Católica, nº 2.820)
Santo do Dia: São Venceslau
Venceslau nasceu em 907 e logo se tornou herdeiro do trono da Boêmia. Sua
ascensão ao trono provocou a ira da própria mãe, que desejava assumir o comando
do país ou então dar o reinado ao outro filho Boleslau. A ganância de sua mãe
foi tão grande que Boleslau acabou assassinando seu próprio irmão.
A história nos conta que Draomira, mãe de Venceslau, tentou assumir o trono.
Sua presença foi terrível para o cristianismo, que foi perseguido em todas as
províncias. O povo porém, sabendo da eleição de Venceslau, obrigou a malvada
rainha a abandonar o trono. A avó de Venceslau o ajudou a valorizar o
cristianismo. A pobre velhinha foi também assassinada enquanto rezava.
Venceslau tinha conquistado a confiança, a graça e simpatia do povo, que viam
nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser seguido. Dedicava-se aos mais
pobres, encarcerados, doentes, viúvas e órfãos, aos quais fazia questão de
ajudar e levar palavras de fé, carinho e consolo. Sua mãe eastava cada vez mais
disposta a eliminá-lo e reasssumir o trono.
Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Venceslau,
arquitetaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de
setembro de 929, durante a festa de batismo de seu sobrinho, enquanto todos
festejavam, Venceslau se retirou à capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho
Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau
invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja.
O seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então passou a
ser cultuado como santo. Sua mãe, dias depois, teve uma morte trágica e
Boleslau foi condenado pela rei Otão I. De nada valeu tanta violência.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A maldade do coração humano parece não ter limites, sobretudo
quando este se move em busca do poder e da dominação. A história de Venceslau
nos mostra que, às vezes, é preciso contrariar até mesmo nossa família para
viver o projeto de Deus, principalmente se nossa família é uma influência
negativa para nosso crescimento cristão.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET
– VATICANNEWS.VA
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