quinta-feira, 15 de setembro de 2022

bom dia evangelho - 16 de setembro de 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


16 DE SETEMBRO DE 2022 - Sexta-feira da 24ª semana do Tempo Comum

Cazaquistão, diante de Francisco, a vida evangélica de um pequeno rebanho

As histórias contadas ao Papa por leigos e consagrados durante o encontro na catedral de Nur-Sultan com bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e agentes de pastoral, no terceiro e último dia da 38ª viagem apostólica(Andrea De Angelis – Vatican News)

Novos horizontes que livram de preconceitos, a capacidade de colocar o próprio ego, a gratidão por uma vocação que leva um a ver o outro como um dom, o sacerdócio como um serviço de compaixão, e mais agradecimentos ao Papa pelo que está fazendo para garantir que haja paz no mundo. Estes são apenas alguns dos temas dos testemunhos do encontro com bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, seminaristas e agentes da pastoral na Catedral Mãe de Deus do Perpétuo Socorro de Nur-Sultan, capital do Cazaquistão, onde se realiza a 38ª viagem apostólica de Francisco.

Ser religiosa é proximidade e serviço

Irmã Clara, da Comunidade das Bem-aventuranças, dirigiu-se a Francisco falando em nome das religiosas do Cazaquistão. "A primeira coisa que eu gostaria de dizer é uma palavra de gratidão a Deus pela minha vocação! A vocação é o mistério do amor entre Deus e o homem. Para mim, ser freira significa ser espiritualmente uma mãe para cada pessoa", disse. Depois enfatizou que "todos os dias tenho a prova de que nada é impossível a Deus". Mas o que significa ser uma religiosa no Cazaquistão? "Significa estar com as pessoas, acompanhando-as, alegrando-se quando elas se alegram, apoiando-as quando elas choram. É um testemunho", concluiu, "da presença ativa, do serviço simples e da misericórdia de Deus".

 

Oração; Deus eterno e todo-poderoso quiseste que São Cornélio governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Lc 8,1-3): 

Naquele tempo, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens.

«Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus» - Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, vemos no Evangelho o que seria uma jornada cotidiana dos três anos da vida pública de Jesus. São Lucas nos narra-o com poucas palavras: «Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus» (Lc 8,1). É o que contemplamos no terceiro mistério de luz do Santo Rosário.
Comentando este mistério diz o Papa são João Paulo II: «Mistério de luz é a predicação com a que Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus e convida à conversão, perdoando os pecados de quem se aproxima a Ele com fé humilde, iniciando assim o mistério da misericórdia que Ele continuará exercendo até o fim do mundo, especialmente através do sacramento da Reconciliação confiado à Igreja».
Jesus continua passando perto de nós, oferecendo-nos seus bens sobrenaturais: quando fazemos oração, quando lemos e meditamos o Evangelho para conhecê-lo e amá-lo mais e imitar sua vida, quando recebemos algum sacramento, especialmente a Eucaristia e a Penitência, quando dedicamo-nos com esforço e constância ao trabalho de cada dia, quando tratamos com a família, os amigos ou vizinhos, quando ajudamos àquela pessoa necessitada material e espiritualmente, quando descansamos ou nos divertimos... Em todas essas circunstâncias podemos encontrar a Jesus e segui-lo como aqueles doze e aquelas santas mulheres.
Mas, além disso, cada um de nós é chamado por Deus a ser também Jesus que passa, para falar -com nossas obras e nossas palavras- a quem tratamos sobre a fé que enche de sentido a nossa existência, da esperança que nos move a seguir adiante pelos caminhos da vida confiados do Senhor e, da caridade que guia todo nosso agir.

A primeira em seguir Jesus e em ser Jesus é María. Que Ela com seu exemplo e sua intercessão nos ajude!
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «É melhor para um homem confessar as suas quedas, do que endurecer o seu coração» (São Clemente de Roma) «Diante do costume judeu da época, que considerava às mulheres seres de segunda categoria, Cristo inicia um tipo de emancipação da mulher» (Bento XVI) «Desde as origens da Igreja, houve homens e mulheres que se propuseram, pela prática dos conselhos evangélicos, seguir mais livremente Cristo e imitá-Lo de modo mais fiel. Cada qual a seu modo. Levaram uma vida consagrada a Deus (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 918)

Santo do Dia:  São Cornélio

Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o pontificado, depois de um período vago na Cátedra de São Pedro. O Papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, mas precisou enfrentar a ousadia de Novaciano. Sem que ninguém esperasse, Novaciano fez-se ordenar bispo e proclamou-se anti-papa. Nesta condição se criou o primeiro cisma da Igreja.

Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e postura muito indulgente, boa e compreensiva, para com os desertores da fé católica, os chamados “lapsi”. Para socorrer a postura de Cornélio, um bispo de Cartago, chamado Cipriano, entrou em cena. Este bispo ajudou Cornélio a defender a verdadeira autoridade papal.

Assim, a Igreja viu-se dividida entre duas posturas: os seguidores de Cornélio eram favoráveis a admissão dos cristãos pecadores de volta à Igreja, enquanto os adeptos de Novaciano defendiam a exclusão total dos pecadores.

Porém, pressionado pelo imperador Valeriano, um grande perseguidor dos cristãos, Cornélio, na sua atitude compreensiva e misericordiosa, acabou sendo exilado, onde viveu seus últimos dias. Seu único amigo e defensor era Cipriano, que se correspondia com ele, animando-o através de cartas. Esta amizade custou caro a Cipriano, que também foi condenado à morte.

Cornélio morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio pelo imperador, por não aceitar prestar o culto aos deuses pagãos. Foi sepultado no cemitério de São Calixto.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A igreja é alimentada continuamente pelo Espírito Santo, força que garante a autoridade da Igreja como proclamadora da palavra do Cristo. Mas o lado humano da Igreja às vezes fala mais alto. Discussões, lutas pelo poder, acusações são parte da rica história da nossa Igreja. Hoje, celebrando São Cornélio, nós percebemos que a injustiça acaba destruindo as relações amigáveis na Igreja. Rezemos para que encontremos o melhor caminho de viver a fé e que a Igreja converta-se continuamente ao nome de Jesus.

TJL- A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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