quinta-feira, 22 de setembro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 23. SETEMBRO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


23 DE SETEMBRO DE 2022 - Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

O Papa: Santo Tomás, luz para a Igreja. Estudá-lo sem reducionismos intelectualistas

Na audiência com os participantes do XI Congresso Tomista Internacional, Francisco se deteve sobre algumas interpretações do pensamento do mestre que o tomismo difundiu, ofuscando sua figura: antes de falar deste grande teólogo, é preciso contemplar, caso contrário se tira sua força e grandeza. "O cristão não tem medo de se engajar num diálogo sincero e racional com a cultura de seu tempo, convencido" de que "toda verdade, seja por quem for que ela seja dita, vem do Espírito Santo": disse o Papa(Antonella Palermo/Raimundo de Lima – Vatican News)

Trata-se de refletir sobre um mestre, não sobre um intelectual como tantos outros. Assim disse o Papa dirigindo-se espontaneamente, ou seja, sem o texto preparado para a ocasião, aos participantes do XI Congresso Internacional Tomista sobre o tema "Vetera novis augere. Os recursos da tradição tomista no contexto atual", reunidos na Sala Clementina, no Vaticano, após a entrega do texto do referido discurso ao presidente da Pontifícia Academia de Santo Tomás de Aquino.

Jamais usar o mestre oportunisticamente

Com o tomismo correu-se o risco de instrumentalizar o mestre, disse Francisco, que se referiu, a título de exemplo, a uma das muitas interpretações do tomismo que levaram Aquino a ser escravo do "pensamento casuístico". Mencionou quem inventou a puncta inflata que, de forma oportunista, acabou diminuindo e tornando ridículo o pensamento do mestre. Em seguida, o Pontífice ofereceu uma indicação de método: ao estudar o pensamento de um mestre, o primeiro passo - observou - é a contemplação, " para ser nós recebidos nesse pensamento magisterial. O segundo, com timidez, é a explicação. E finalmente, com muita cautela, a interpretação". E especificou: "Jamais usar o mestre para as coisas que eu penso, mas colocar as coisas que eu penso na luz do mestre, que seja a luz do mestre a interpretar isto.

 Oração: Amado São Pio de Pietrelcina, você carregou em seu corpo os sinais da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, reze a Deus por nós, assim poderemos aceitar as pequenas e as grandes Cruzes da vida, e todo o mundo poderá transformar o sofrimento individual em vínculo seguro que nos liga à Vida Eterna. Amém.

Evangelho (Lc 9,18-22):

 Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou». Mas Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Pedro respondeu: «O Cristo de Deus». Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E explicou: «É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar».

«Quem dizem as multidões que eu sou?(...) E vós, quem dizeis que eu sou?» - Rev. D. Pere OLIVA i March(Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)

Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos. O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos, os familiares mais próximos... Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação conosco e com nosso âmbito, as pessoas... E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além...
Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há em nós uma sincera disposição a seguí-lo nos caminhos da vida? Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?
«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Ah!, meu Deus!, que a maioria dos homens hoje continue gritando: "Não a este, mas a Barrabás", cada vez que desprezam Cristo por prazer, por pontos de honra, por uma saída de cólera» (Santo Afonso Mª de Ligorio) «O acontecimento da Cruz só revela o seu pleno significado se 'este homem', que sofreu e morreu na Cruz, 'era verdadeiramente o Filho de Deus', usando as palavras pronunciadas pelo centurião antes do Crucificado» (Bento XVI) «Porque foram os nossos crimes que fizeram nosso Senhor Jesus Cristo suportar o suplício da cruz, é evidente que aqueles que mergulham na desordem e no mal ‘crucificam de novo em seu coração, tanto quanto deles depende, o Filho de Deus, pelos seus pecados, expondo-O à ignomínia’ (Hb 6,6) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 598)

Santo do Dia: São Pio de Pietrelcina

Francisco nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Frei Pio.
Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, Padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo que voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de São João Rotondo, lugar onde viveu até sua morte.
No dia 20 de setembro de 1918, recebe os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo em suas mãos, pés e no costado esquerdo, convertendo-se no primeiro sacerdote estigmatizado.
Padre Pio passou toda sua vida contribuindo para a redenção do homem, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a Eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da Santa Missa.
Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar, todos iam buscar seu conforto, e o ombro amigo, que ele nunca lhes negava seu apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.
Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Padre Pio passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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