Da Rússia ao
Cazaquistão, em peregrinação com o Sucessor de Pedro
O programa
da peregrinação inclui não apenas a participação em momentos de oração e
reflexão com o Pontífice, mas também o encontro com o clero e fiéis locais e
uma visita ao KarLag, a sigla pela qual é conhecido o gulag soviético de
Karaganda, ativo de 1939 a 1959. O diretor do Setor de Peregrinações da
Arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, padre Zuev, conta suas expectativas para
a peregrinação do grupo de católicos da Rússia que se junta à viagem apostólica
do Papa Francisco ao Cazaquistão.
Papa
aos Líderes Religiosos: "Deus é paz, e sempre conduz à paz, nunca à guerra"
"Vamos em peregrinação ao Cazaquistão
para vivenciar um tempo de conversão pessoal e comunitária, orando junto com o
Sucessor de Pedro, em comunhão com ele e com a Igreja universal. Eu e os outros
peregrinos temos o desejo de que esta viagem seja para nós um momento de
passagem de uma vida antiga para uma vida nova, orientada ainda mais para o
encontro com Jesus."
É assim que o pároco da paróquia católica de Vladimir e diretor do
Setor de Peregrinações da Arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, padre Sergij
Zuev, conta suas expectativas para a peregrinação do grupo de católicos da
Rússia que se junta à viagem apostólica do Papa Francisco ao Cazaquistão, que
se realiza de 13 a 15 de setembro.
Oração: Deus, Pai de Misericórdia, que a
todos amais sem distinção, dai-nos seguir o exemplo de Santo Antônio e lutar
pelos direitos e justiça dos trabalhadores. Fazei de nós verdadeiros missionários
entre os trabalhadores e, sobretudo, inspirai-nos palavras e ações para
confortar os desempregados e esquecidos pela sociedade. Por Cristo nosso Senhor
Amém!
Evangelho (Lc 2,33-35):
Naquele
tempo, o pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão
os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e de
reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição -e a ti,
uma espada traspassará tua alma- e assim serão revelados os pensamentos de
muitos corações».
«Uma
espada traspassará tua alma»
Dom Josep Mª
SOLER OSB Abade de Montserrat(Barcelona, Espanha)
Hoje, na festa de
Nossa Senhora, a Virgem das Dores, escutamos palavras pungentes de boca do
ancião Simeão: «E a ti, uma espada traspassará tua alma!» (Lc 2,35). Afirmação
que, no seu contexto, não aponta unicamente à paixão de Jesus Cristo, senão que
ao seu mistério, que provocará uma divisão no povo de Israel e, por conseguinte
uma dor interna em Maria. Ao longo da vida pública de Jesus, Maria experimentou
o sofrimento pelo fato de ver a Jesus rejeitado pelas autoridades do povoado e
ameaçado de morte.
Maria, como todo discípulo de Jesus, teve de aprender a colocar as relações
familiares em outro contexto. Também Ela, por causa do Evangelho, tem que
deixar ao Filho (cf. Mt 19,29), e há de aprender a não valorizar a Cristo
segundo a carne, ainda quando tinha nascido dela segundo a carne. Também Ela há
de crucificar sua carne (cf. Ga 5,24) para poder ir se transformando a imagem
de Jesus Cristo. Mas, o momento forte do sofrimento de Maria, no que Ela vive
mais intensamente a cruz, é o momento da crucificação e a morte de Jesus.
Também na dor, Maria é modelo de perseverança na doutrina evangélica ao
participar nos sofrimentos de Cristo com paciência (cf. Regra de São Bento,
Prólogo 50). Assim tem sido perante sua vida toda e, sobre tudo, no momento do
Calvário. Assim, Maria transforma-se em figura e modelo para todo cristão. Por
ter estado estreitamente unida à morte de Cristo, também está unida a sua
ressurreição (cf. Rm 6,5). A perseverança de Maria na dor, fazendo a vontade do
Pai, lhe dá uma nova irradiação no bem da Igreja e da Humanidade. Maria nos
precede no caminho da fé e do seguimento de Cristo. E o Espírito Santo nos
conduz a nós a participar com Ela nessa grande aventura.
Pensamentos
para o Evangelho de hoje:
«Assim como devemos estar agradecidos a
Jesus pela Sua Paixão, suportada pelo Seu amor por nós, assim também devemos
estar cheios de gratidão a Maria Santíssima pelo martírio que, ao morrer o Seu
Filho, quis suportar voluntariamente para nos salvar» (Santo Alberto Magno) «Aos
pés da cruz, Maria junto a João, é testemunha das palavras de perdão que saem
da boca de Jesus. Dirijamos a Ela a antiga e sempre nova oração da Salve
Rainha, para que, nunca se canse de volver a nós os seus olhos misericordiosos
e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, o seu Filho, Jesus»
(Francisco) «Maria é a orante perfeita, figura da Igreja. Quando Lhe oramos,
aderimos com Ela ao desígnio do Pai, que envia o seu Filho para salvar todos os
homens. Como o discípulo amado, nós acolhemos em nossa casa a Mãe de Jesus que
se tornou Mãe de todos os viventes. Podemos orar com Ela e orar-Lhe a Ela. A
oração da Igreja é como que sustentada pela oração de Maria. Está-lhe unida na
esperança» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.679)
Santo do Dia: Beato Antônio Maria Schwartz
Antônio nasceu em uma família humilde e cristã, em 1852, na Áustria. Aos quinze
anos ficou órfão de pai, vivendo uma grave crise pessoal, que durou dois anos.
Em 1869, recuperado, foi estudar na escola popular gratuita de padres. Ali
conheceu a obra do fundador São José Calazans, tornando-se um seu devoto
extremado. Ainda jovem resolveu seguir a vida religiosa, e mesmo passando por
momentos de grave enfermidade, conseguiu ordena-se sacerdote em 1875.
O Padre Antônio Maria foi capelão
por quatro anos, depois viajou à Viena, para promover assistência espiritual
aos doentes nos hospitais das Irmãs da Misericórdia. Além disso, lembrando-se
de sua própria infância, começou a orientar na religião, os operários e os
jovens aprendizes em formação profissional.
Neste período sofreu outro período
conturbado de enfermidades, mas não desanimou. Em 1888 criou o "Artesanato
cristão", um jornal para os artesãos e operários, que escreveu durante um
longo tempo sozinho. Também buscou e conseguiu os meios para construir a
primeira igreja para os operários de Viena. Foi nessa igreja que, para melhor
assisti-los, fundou a "Congregação dos Pios Operários", adotando a
regra de São José de Calazans.
Morreu em 15 de setembro de 1929, em
Viena, Áustria. O Papa João Paulo II o proclamou Beato em 1998, designando a
data da morte para a homenagem litúrgica.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: Antônio Maria vivificou sua obra com
valentia cristã durante quarenta anos. O "Apóstolo Operário de Viena"
que, dividia opiniões, permaneceu sempre fiel a si mesmo e à Igreja de Cristo.
Seus passos foram corajosos para conseguir lugares de formação profissional
para os jovens e para o justo repouso dominical dos operários.
TJL- A12.COM
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