Papa e os novos bispos: diálogo animador, franco e
aberto
De acordo com dom Maurício da Silva Jardim, que se prepara para
assumir a diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT), os bispos latino-americanos
colocaram ao Papa quesitos pontuais, como a formação dos futuros presbíteros, a
questão dos abusos sexuais – “uma dor para o Papa e para toda a Igreja” –, e o
abuso de autoridade.
Vatican News
Diálogo
animador, franco, aberto: assim foi a audiência que o Papa Francisco concedeu
aos 179 bispos que participaram do curso de formação promovido pelo Dicastério
para os Bispos e para as Igrejas Orientais.
Assim como
os demais “alunos” dos cursos precedentes, o Pontífice optou por não proferir
um discurso, mas deixar os prelados à vontade para colocarem questões a serem
debatidas.
De acordo
com dom Maurício da Silva Jardim, que se prepara para assumir a diocese de
Rondonópolis-Guiratinga (MT), os bispos latino-americanos colocaram quesitos
pontuais, como a formação dos futuros presbíteros, a questão dos abusos sexuais
– “uma dor para o Papa e para toda a Igreja” –, e o abuso de autoridade.
Os bispos
pediram ao Papa conselhos sobre como viver a espiritualidade e Francisco
repetiu as quatro proximidades (com Deus, entre os bispos, com os sacerdotes e
com os fiéis). Falou-se ainda de sinodalidade, dos 15 anos do documento de
Aparecida e a necessidade de colocar em prática as indicações contidas, da
Assembleia Eclesial recém-realizada.
Foi um
“diálogo animador, franco, aberto”, afirmou dom Maurício. Segundo ele, o Papa
estava com excelente disposição, sentido de humor e os encorajou a ter coragem
e seguir em frente.
Oração: Deus todo-poderoso, que destes ao mártir Santo André Kim Taegón e companheiros a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Lc 8,19-21):
Naquele
tempo, sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar,
por causa da multidão. Alguém lhe comunicou: Tua mãe e teus irmãos estão lá
fora e querem te ver. Ele respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes aqui,
que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.
«Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática» - Rev. D. Xavier JAUSET i Clivillé(Lleida, Espanha)
Hoje, lemos uma
formosa passagem do Evangelho. Jesus não ofende, de modo algum, a Sua Mãe, já
que Ela é a primeira a escutar a Palavra de Deus e dela nasce Aquele que é a
Palavra. E, simultaneamente, Ela é a que mais perfeitamente cumpriu a vontade
de Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc
1,38), responde ao anjo na Anunciação.
Jesus revela-nos de que precisamos, também nós, para chegar a ser seus
familiares: Aqueles que ouvem...(Lc 8,21) e, para ouvir é necessário que nos
aproximemos, tal como os seus familiares, que chegaram até onde Ele estava, mas
não podiam aproximar-se por causa da multidão. Os familiares esforçam-se por se
aproximar, seria conveniente que nos perguntássemos se lutamos e procuramos
vencer os obstáculos que encontramos na hora de nos aproximarmos da Palavra de
Deus. Dedico, todos os dias, uns minutos a ler, escutar e meditar a Sagrada
Escritura? S. Tomás de Aquino recorda-nos que: é necessário que meditemos
continuamente a Palavra de Deus(...) ; esta meditação ajuda fortemente na luta
contra o pecado.
E, finalmente, cumprir a Palavra de Deus. Não basta escutar a Palavra; é
necessário cumpri-la, se queremos ser membros da família de Deus. Temos de pôr
em prática aquilo que nos diz! Por isso será bom que nos perguntemos se só
obedeço quando aquilo que se me pede me agrada ou é relativamente fácil, e,
pelo contrário, quando há que renunciar ao bem-estar, ao bom nome, aos bens
materiais ou ao tempo disponível para o descanso..., ponho a Palavra entre parêntesis
até que cheguem melhores tempos. Peçamos à Virgem Maria que escutemos como Ela
e cumpramos a Palavra de Deus para andarmos assim no caminho que conduz à
felicidade duradoura.
Pensamentos
para o Evangelho de hoje>: «Ó
Filho Único e Verbo de Deus, sendo imortal, vos dignastes por nossa salvação
encarnar-vos da Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, vós que sem mudança
vos tomastes homem e fostes crucificado, ó Cristo Deus, que por vossa morte
esmagaste a morte, sois Um da Santíssima Trindade, glorificado com o Pai e o
Espirito Santos, salvai-nos!» (São João Crisóstomo) «Só no Verbo que se fez
carne, cujo amor se cumpre na cruz, a obediência é perfeita» (Benedito XVI) «Pela
fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o
seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura chama
«obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador (cf. Rom 1,5)»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 143)
Santo do Dia: Santo André Kim Taegon e companheiros
A Igreja católica estabelecida na Coréia tem uma característica particular:
nasceu da iniciativa missionária de leigos. A raiz do catolicismo coreana foram
as comunidades chinesas. A expansão das comunidades na Coréia fez com que elas
recebessem oficialmente um sacerdote vindo de Roma.
Em pouco tempo a comunidade cresceu
possuindo milhares de fiéis, Porém, começaram a sofrer perseguições por parte
dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade,
pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o Cristianismo matavam seus
seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos.
Entre os mártires que a Igreja
canonizou na Coréia está André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano.
André nasceu em 1821 numa família da nobreza e profundamente cristã. Seu pai,
por causa das perseguições, havia formado uma "igreja particular" em
sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem,
pregarem o Evangelho e receberem os Sacramentos.
André tinha quinze anos quando
resolveu se preparar para o sacerdócio. Depois de muitos desafios fez-se padre
em Xangai. Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e
pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização.
Durante um trabalho missionário,
André foi preso pelas autoridades coreanas. Num gesto de coragem professou a fé
em Cristo. Seu gesto custou-lhe a vida. André foi decapitado na cidade de Seul
em 1846. Na mesma ocasião foram martirizados cento e três homens, mulheres,
velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: O sacrifício
dos mártires coreanos, aceitado de bom grado por Jesus Cristo que os havia
conquistado, deu sem dúvida uma abundante colheita e devemos rezar para que
continue a ser fonte de orgulho, esperança, força e inspiração para todos os
cristãos.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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