Dom Peña Parra: a nova Nunciatura no Timor
Leste, um sinal da atenção do Papa
O substituto da Secretaria de Estado foi à capital do Timor
Leste, Dili, para inaugurar a nova representação do Vaticano. A esperança é que
a nova Nunciatura Apostólica sirva como gesto concreto da solicitude e atenção
do Papa Francisco com a Igreja Católica local, para que possa servir de
estímulo e renovação para todos os fiéis(Francesca Sabatinelli – Vatican News)
"A
esperança é que a nova Nunciatura Apostólica sirva como gesto concreto da
solicitude e atenção que os Pontífices sempre tiveram pelo povo do Timor Leste
e pelos fiéis, assim como uma demonstração da preocupação do Papa Francisco com
a Igreja Católica local, para que possa servir de estímulo e renovação para
todos os fiéis". Dom Edgar Peña Parra, Substituto da Secretaria de Estado
para os Assuntos Gerais, deu as boas-vindas aos presentes na inauguração da
nova missão diplomática em Dili nesta terça-feira (20). Entre eles estava o
Presidente José Ramos-Horta, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1996.
Timor Leste, 500 anos de fé católica
A nova
Nunciatura, um edifício totalmente sustentável "de acordo com os
ensinamentos do Papa Francisco em sua encíclica Laudato si", manifesta,
apontou Peña Parra, uma "desejada harmonia arquitetônica" como sinal
das excelentes relações entre a Santa Sé e a República Democrática do Timor
Leste. Uma inauguração que chega "no ano que marca o 20º aniversário da
independência do país e o estabelecimento de relações diplomáticas",
testemunhando também o grande progresso feito até agora entre os dois Estados,
graças à implementação do acordo de 2015, no que diz respeito, salientou Peña
Parra, "a vários aspectos da vida e do serviço da Igreja Católica no
país", onde a fé católica "há mais de 500 anos tem sido uma fonte de
força e conforto para a população, tanto nos bons como nos
Evangelho
(Mt 9,9-13):
Ao passar,
Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e
disse-lhe: «Segue-me!». Ele se levantou e seguiu-o. Depois, enquanto estava à
mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à
mesa, junto com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e disseram
aos discípulos: «Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?».
Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: «Não são as pessoas com saúde que
precisam de médico, mas as doentes. Ide, pois, aprender o que significa:
Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar,
mas a pecadores».
«Não é a justos que vim chamar, mas a
pecadores»
Rev.
D. Joan PUJOL i Balcells(La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)
Hoje celebramos a
festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos conta no seu
Evangelho sobre a sua conversão. Estava sentado na coletoria de impostos e
Jesus o convidou a segui-lo. Mateus -diz o Evangelho- «se levantou e seguiu-o»
(Mt 9,9). Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente dos
outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e
riqueza. Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e
do vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de
Zebedeu e o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.
Seu ofício, de coletor de impostos, era mal visto. Aqueles que o exerciam eram
considerados publicanos e pecadores. Estava ao serviço do rei Herodes, senhor da
Galiléia, um rei detestado pelo seu povo e que o Novo Testamento nos apresenta
como um adúltero, o assassino de João Batista e aquele que escarneceu Jesus a
Sexta Feira Santa. O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei
Herodes? A conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o
demonstra o banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua
maneira de demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma
situação miserável e encontrar a verdadeira felicidade. São Beda o Venerável,
comentando a conversão de Mateus, escreve: «A conversão de um coletor de
impostos dá exemplo de penitência e de indulgência a outros coletores de
impostos e pecadores (...). No primeiro instante da sua conversão, atrai até
Ele, que é como dizer até a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».
Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se manifesta nas
palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia eu quero, não
sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mt
9,13).
Pensamentos
para o Evangelho de hoje:
«O Senhor, que lhe chamava por fora com
sua voz, lhe iluminava dum modo interior e invisível, para que compreendesse
que aquele que aqui na terra lhe invitava a deixar seus negócios temporais era
capaz de lhe dar no céu um tesouro incorruptível» (São Beda o Venerável) «Escutemos
esta mensagem de são Mateo, meditemo-lo sempre de novo, para nos aprender
também a nos levantar e a seguir a Jesus com decisão» (Bento XVI) «Uma vez que
Deus pode criar “do nada”, também pode, pelo Espírito Santo, dar a vida da alma
aos pecadores, criando neles um coração puro (...). E como, pela sua Palavra,
pode fazer que das trevas brilhasse a luz, pôde também dar a luz da fé aos que
a ignoram (cf.2Cor 4,6)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 298)
Santo do Dia: São Mateus
Segundo a tradição evangélica Mateus (ou Levi) era um
cobrador de impostos e por isso não era bem visto pela sociedade, sendo
considerado um pecador. Um dia, depois de falar a povo, Jesus passa por Mateus,
olha com firmeza nos seus olhos e disse: "Segue-me". Mateus
imediatamente levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de
nome e seguiu Jesus.
Daquele dia em diante Mateus tornou-se um
dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas
caminhadas e pregações pela Palestina. Mateus nasceu em Cafarnaum. Não se
conhece a data do seu nascimento. Seu pai, Alfeu, deu-lhe o nome de Levi. Sua
cidade natal era cortada pelas principais estradas da Palestina, ponto de
convergência e centro comercial da região.
Mateus marcou a virada de sua vida com um
banquete que ofereceu aos amigos. Nele compareceu Jesus, alguns fariseus e
outras classes dominantes. Diziam sobre Jesus: "Como é que vosso Mestre se
senta à mesa com os pecadores?” Tais críticas mereceram as famosas palavras de
Jesus Cristo: "Não são os saudáveis, mas sim os doentes, que necessitam de
médico. Não vim para chamar os justos, senão os pecadores."
Diz São Clemente que Mateus era um santo de
penitência e mortificações. Alimentava-se de ervas, frutas e raízes. Sofreu
maus tratos e foi hostilizado na Arábia e na Pérsia. Teve os olhos arrancados e
foi colocado na prisão onde aguardaria sua execução. Na prisão, onde estava
acorrentado, recebe o milagre divino da restituição dos seus olhos e da sua
libertação. Alcança a Etiópia, onde prega a doutrina cristã pela última vez. É
repelido e encontra forte oposição dos guias religiosos pagãos etíopes. Logo em
seguida é martirizado.
No ano de 930 as relíquias mortais do
apóstolo São Mateus foram transportadas para Salermo, na Itália, onde, até
hoje, é festejado como padroeiro da cidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: São Mateus escreveu
um dos evangelhos considerados inspirados pela Igreja. Todo o seu evangelho é
destinado a prover um verdadeiro reconhecimento de que Cristo é o Messias. São
Mateus é representado na arte litúrgica por um anjo segurando uma lança, uma
moeda e uma pena.
TJL – EVANGELI.NET – A12.COM – VATICANNEWS.VA
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