O Papa: escola e universidade sejam espaços de integração para todos
Francisco recebeu os participantes do congresso intitulado
"Iniciativas na educação de refugiados e migrantes", promovido pela
Pontifícia Universidade Gregoriana, e ressaltou a importância de
"continuar dando prioridade aos mais vulneráveis. Podem ser eficazes, a
oferta de cursos que respondam às suas necessidades, a organização de percursos
educacionais a distância e a concessão de bolsas de estudo que permitam sua
realocação".(Mariangela Jaguraba - Vatican News)
O Papa
Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (29/09), na Sala Clementina,
no Vaticano, os participantes do congresso intitulado "Iniciativas na
educação de refugiados e migrantes", promovido pela Pontifícia
Universidade Gregoriana.
O encontro reflete sobre as
necessidades dos migrantes, sobretudo crianças e jovens, como por exemplo
"ir à escola e continuar seus estudos, mesmo que desarraigados de suas
terras". A seguir, o Papa falou sobre a importância de promover três áreas:
a pesquisa, o ensino e a promoção social.
O direito de
não ter que emigrar
Em relação à
pesquisa, Francisco acredita ser oportuno realizar mais estudos sobre o
"direito de não ter que emigrar".
“É importante refletir sobre as
causas dos fluxos migratórios e sobre as formas de violência que levam a partir
para outros países. Refiro-me, naturalmente, aos conflitos que devastam tantas
regiões do mundo. Mas também gostaria de sublinhar outro tipo de violência, que
é o abuso da nossa Casa comum.”
Segundo o
Papa, "o planeta está enfraquecido pelo excesso de exploração de seus
recursos e desgastado por décadas de poluição. Por causa disso, cada vez mais
pessoas são obrigadas a deixar suas terras, que se tornaram inabitáveis".
De acordo com Francisco, "o mundo acadêmico, especialmente o mundo
católico, é chamado a desempenhar um papel de liderança na prestação de
respostas aos desafios ecológicos".
“Com base em dados científicos,
vocês podem ajudar a iluminar e direcionar as escolhas dos governantes para um
cuidado eficaz da Casa comum.”
A propósito
do ensinamento, o Papa disse que "muito foi feito, mas muito ainda deve
ser feito em relação à educação dos refugiados".
Nesse
sentido, será importante continuar dando prioridade aos mais vulneráveis.
Podem ser eficazes, a oferta de cursos que respondam às suas necessidades, a
organização de percursos educacionais a distância e a concessão de bolsas de
estudo que permitam sua realocação.
Oração: Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens, através dos séculos, pela agrada Escritura, e levastes o vosso servo São Jerônimo a dedicar a sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça de compreender
Evangelho (Lc 10,13-16)
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de ti,
Corazim! Ai de ti, Betsaida! Se em Tiro e Sidônia se tivessem realizado os milagres
feitos no meio de vós, há muito tempo teriam demonstrado arrependimento,
vestindo-se de saco e sentando-se sobre a cinza. Pois bem: no dia do
julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. E tu,
Cafarnaum, serás elevada até o céu? Até inferno serás rebaixada! Quem vos
escuta, é a mim que está escutando; e quem vos despreza, é a mim que está
desprezando; ora, quem me despreza, está desprezando aquele que me enviou».
«Quem vos escuta, é a mim que está
escutando»
Rev. D. Jordi
SOTORRA i Garriga(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Hoje, vemos Jesus
dirigir o seu olhar para aquelas cidades da Galiléia que tinham sido a causa
das suas preocupações e nas quais Ele tinha pregado e realizado as obras do
Pai. Em nenhum destes locais como Corazim, Betsaida e Cafarnaum tinha pregado
ou feito milagres. A semeadura tinha sido abundante, mas a colheita não foi
boa. Nem Jesus os pode convencer...! Que mistério o da liberdade humana!
Podemos dizer não a Deus... A mensagem evangélica não se impõe pela força,
apenas se oferece e eu posso fechar-me a ela; posso aceitá-la ou recusa-la. O
Senhor respeita totalmente a minha liberdade. Que responsabilidade a minha!
As expressões de Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!» (Lc 10,13) ao
terminar a sua missão apostólica expressam mais sofrimento que condenação. A
proximidade ao Reino de Deus não foi para aquelas cidades uma chamada à
penitência e à mudança. Jesus reconhece que em Sidônia e em Tiro teriam
aproveitado melhor toda a graça dispensada aos galileus.
A decepção de Jesus é maior quando se trata de Cafarnaum. «Serás elevada até o
céu? Até inferno serás rebaixada!» (Lc 10,15). Aqui tinha Pedro a sua casa e
Jesus tinha feito desta cidade o centro da sua pregação. Mais uma vez vemos mais
um sentimento de tristeza que uma ameaça com estas palavras. O mesmo poderia
dizer de muitas cidades e pessoas da nossa época. Julgam que prosperam quando
na realidade estão se afundando.
«Quem vos escuta, é a mim que está escutando» (Lc 10,16). Estas palavras com
que o Evangelho termina são uma chamada à conversão e trazem esperança. Se
ouvirmos a voz de Jesus ainda estamos a tempo. A conversão consiste em que o
amor supere progressivamente o egoísmo na nossa vida, o qual é um trabalho
sempre inacabado. São Máximo diz-nos: «Não há nada tão agradável e amado por
Deus como o fato dos homens se converterem a Ele com sincero arrependimento».
Pensamentos para o Evangelho de hoje:
«É verdade que a nossa fé não é palpável e não
depende dos sentidos. É um dom de Deus que Ele infunde na alma humilde, porque
a fé não habita naqueles que estão cheios de orgulho» (São Francisco de Sales) «Apenas
a Palavra de Deus, a Palavra de Jesus, nos salva» (Francisco) «A penitência
interior é uma reorientação radical de toda a vida, um regresso, uma conversão
a Deus de todo o nosso coração, uma rotura com o pecado, uma aversão ao mal,
com repugnância pelas más ações (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.431)
Santo do Dia: São Jerônimo
Jerônimo nasceu em uma família muito rica na Dalmácia, no ano 347. Com a morte
dos pais herdou uma boa fortuna que aplicou na realização de sua vocação para
os estudos, pois tinha uma inteligência privilegiada. Viajou para Roma, onde
procurou os melhores mestres de retórica.
Ele foi batizado pelo papa Libério, já com 25 anos de idade. Passando pela
França, conheceu um com monastério e decidiu se retirar para vivenciar a
experiência espiritual. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo
da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino na
Antioquia, em 379, dedicando-se à reflexão, ao estudo e divulgação do
Cristianismo.
Voltou para Roma em 382, chamado pelo papa Dâmaso, para ser seu secretário
particular. Jerônimo foi incumbido de traduzir a Bíblia do grego e do hebraico,
para o latim. Neste trabalho ele dedicou quase toda sua vida. O conjunto final
de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e se tornou
oficial no Concílo de Trento.
Devido a certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, viveu
como um monge, continuando seus estudos e trabalhos bíblicos. Morreu de velhice
no ano 420, em Belém. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Diz-nos um historiador:
“Todos acorriam a ele, e cada qual procurava ganhar-lhe a vontade: uns louvavam
sua santidade, outros a doutrina, outros sua doçura e trato suave e benigno, e
finalmente todos tinham postos os olhos nele como em um espelho de toda virtude,
de penitência, e oráculo de sabedoria”. (Pe. Ribadaneira)
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