sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


Sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
PRIMEIRA Semana do Advento, 1ª do Saltério (Livro I), Cor Litúrgica Branca
O Senhor descerá com esplendor, para visitar o seu povo na paz e fazê-lo viver a vida eterna.
Santos:
Annon de Colônia (bispo), Bárbara da Nicomédia (virgem, mártir), Bernardo de Parma (bispo), Cirano de Bourges (abade), Cristiano da Prússia (bispo), Félix de Bolonha (bispo), Isa e Tecla (mártires do Egito), Maria de Roma (mártir), Maruta de Mayferqat (bispo), Mauro de Pécs (bispo), Melécio de Sebastópolis (mártir), Melécio de Spoleto (bispo), Osmundo de Salzburgo (bispo), Sol da Germânia (eremita), Suairlech de Less Mor (abade), Teófano e Companheiros (mártires de Constantinopla), Arcângelo Canetoli (presbítero, bem-aventurado), Bertoara de Bourges (bem-aventurado), Catarina dos Anjos (bem-aventurada), Francisco Galvez (franciscano), Jerônimo De Angelis (jesuíta), Simão Yempo (jovem catequista) e vários outros companheiros (mártires, bem-aventurados), Maria de Pisa (bem-aventurada), Wisinto de Kremsmünster (monge, bem-aventurado).

Oração
Despertai, Senhor, vosso poder e vinde, para que vossa proteção afaste os perigos a que nossos pecados nos expõem e a vossa salvação nos liberte. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Evangelho: Mateus (Mt 9, 27-31)
Dois cegos, crendo em Jesus, são curados


Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: "Tem piedade de nós, filho de Davi!" 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Vós acreditais que eu posso fazer isso?" Eles responderam: "Sim, Senhor". 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: "Faça-se conforme a vossa fé". 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: "Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo". 31Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região. Palavra da Salvação!

Contexto: O discurso evangélico. Leituras paralelas: Mc 1, 34. O evangelho de hoje é sempre válido para a sexta-feira da 1ª Semana do Advento


Comentário o Evangelho
Tem compaixão de nós!

O milagre que beneficiou os dois cegos prenuncia a experiência dos discípulos do Reino, à espera do Senhor. Urge que o próprio Mestre lhes abra os olhos, de modo a poderem discernir sua presença na história humana.
Ter os olhos abertos é sinal de libertação da tirania do egoísmo, que faz o ser humano centrar-se em si mesmo e ser incapaz de perceber a maravilhosa obra de Deus acontecendo a seu redor. Desfeitas as trevas do erro e do pecado, torna-se possível ao discípulo perceber a revelação divina em acontecimentos singelos, imperceptíveis ao olhar puramente humano. Sem perfeita visão espiritual fica-se impossibilitado de reconhecer o Senhor.
A superação da cegueira começa quando o discípulo volta-se confiante para o Senhor, de quem implora compaixão. É a humildade de quem se reconhece carente da misericórdia divina.
Outro pressuposto é a fé. Ela é, em última análise, o princípio de tudo. Porque crê em Jesus, o discípulo deseja ter "olhos" para vê-lo, quer ser curado de sua cegueira, predispõe-se a fazer tudo quanto for necessário para ver realizado o seu desejo, deixa-se tocar por Jesus e sabe aproveitar do encontro com ele.
Jesus sempre está disposto a curar a cegueira de quem o desejar. Afinal, um dos sinais da presença do Messias na história humana, conforme os profetas anunciaram, consiste exatamente na restituição da vista aos cegos. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]

Sentido do Advento
Palavras do então Cardeal Joseph Ratzinger sobre o Advento


“O Advento e o Natal experimentaram um incremento de seu aspecto externo e festivo profano tal que no seio da Igreja surge, da própria fé, uma aspiração a um Advento autêntico: a insuficiência desse ânimo festivo por si só se deixa sentir, e o objetivo de nossas aspirações é o núcleo do acontecimento, esse alimento do espírito forte e consistente do qual nos fica um reflexo nas palavras piedosas com as quais nos felicitamos nas festas. Qual é esse núcleo da vivência do Advento? Podemos tomar como ponto de partida a palavra “Advento”; este termo não significa “espera”, como poderia se supor, mas é a tradução da palavra grega parusia, que significa “presença”, ou melhor, “chegada”, quer dizer, presença começada. Na antigüidade era usado para designar a presença de um rei ou senhor, ou também do deus ao qual se presta culto e que presenteia seus fiéis no tempo de sua parusia. Ou seja, o Advento significa a presença começada do próprio Deus. Por isso, nos recorda duas coisas: primeiro, que a presença de Deus no mundo já começou, e que ele já está presente de uma maneira oculta; em segundo lugar, que essa presença de Deus acaba de começar, ainda que não seja total, mas está em processo de crescimento e amadurecimento. Sua presença já começou, e somos nós, os crentes, que, por sua vontade, devemos fazê-lo presente no mundo. É por meio de nossa fé, esperança e amor que ele quer fazer brilhar a luz continuamente na noite do mundo. De modo que as luzes que acendamos nas noites escuras deste inverno sejam ao mesmo tempo consolo e advertência: certeza consoladora de que “a luz do mundo” já foi acesa na noite escura de Belém e transformou a noite do pecado humano na noite santa do perdão divino; por outra parte, a consciência de que esta luz somente pode - e somente quer - seguir brilhando se é sustentada por aqueles que, por ser cristãos, continuam através dos tempos a obra de Cristo. A luz de Cristo quer iluminar a noite do mundo através da luz que somos nós; sua presença já iniciada deve seguir crescendo por meio de nós. Quando na noite santa soe uma e outra vez o hino Hodie Christus natus est, devemos recordar que o início que foi produzido em Belém deve ser em nós início permanente, que aquela noite santa é novamente um “hoje” cada vez que um homem permite que a luz do bem faça desaparecer nele as trevas do egoísmo (...) a criança - Deus nasce ali onde se obra por inspiração do amor do Senhor, onde se faz algo mais que intercambiar presentes.

Advento significa presença de Deus já começada, mas também apenas começada. Isto implica que o cristão não olha somente o que já foi e o que aconteceu, como também ao que está por vir. Em meio a todas as desgraças do mundo, tem a certeza de que a semente de luz segue crescendo oculta, até que um dia o bem triunfará definitivamente e tudo lhe estará submetido: no dia em que Cristo retorne. Sabe que a presença de Deus, que acaba de começar, será um dia presença total. E esta certeza o faz livre, o dá um apoio definitivo (...)”. [ACI DIGITAL]
A igreja celebra hoje:
São João Damasceno

Lembramos São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade, tanto assim que o pai de João, muito cristão e amigo do rei, chegou a prefeito de Damasco.João Damasco ainda jovem e ajudante do pai gozava de muitos privilégios financeiros, mas ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção a Palavra que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) entrarem no Reino dos Céus ,assim num impulso para a santidade renunciou todos os bens e deu aos pobres. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar as "delícias" do pecado.Retirou-se para um convento de São Sabas perto de Jerusalém e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Escreveu muita obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor. Com escritos defendeu principalmente a Igreja contra os iconoclastas, que condenavam o uso de imagens nas Igrejas.Certa vez os hereges prenderam São João e cortaram-lhe a mão direita a fim de não mais escrever, mas por intervenção de Nossa Senhora foi curado. Seu amor a Mãe de Jesus foi tão concreto que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria. Este filho predileto da Mãe faleceu no mosteiro em 749. tjl@ -
http://sao-tarcisio.blogspot.com/

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