Papa saúda os fiéis durante a Audiência Geral. Foto: Vatican Mídia
Vaticano, 11 Abr.
18 / 10:30 am (ACI).- O Papa Francisco deu início a um novo
ciclo de catequeses sobre o Batismo durante
a Audiência Geral na manhã de hoje, depois de vários meses falando sobre
a Eucaristia.
Ante milhares de
fieis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre falou que o Batismo
é"o fundamento de toda a vida cristã".
"A Páscoa de Cristo, com a sua força de novidade, nos alcança através do
Batismo para transformar-nos a sua imagem: os batizados são de Jesus Cristo, é
Ele o Senhor desua existência", afirmou.
Francisco recordou
que “é primeiro dos Sacramentos, enquanto é a porta que permite a Cristo Senhor
fixar morada na nossa pessoa e, a nós, imergir-nos em seu Mistério”.
Por outro lado,
assinalou que o Batismo “é sinal eficaz de renascimento, para caminhar em
novidade de vida. Imergindo-nos em Cristo, o Batismo nos torna também membro do
seu Corpo, que é a Igreja, e partícipes da sua missão no mundo”.
“O Batismo permite
a Cristo viver em nós e a nós viver unidos a Ele, para colaborar na Igreja,
cada um segundo a própria condição, para a transformação do mundo”.
“Recebido uma única
vez, o Batismo ilumina a nossa vida, guiando os nossos passos até a Jerusalém
do Céu”.
“Há um antes e
depois do Batismo. O Sacramento supõe um caminho de fé, que chamamos
catecumenato, evidente quando é um adulto a pedir o Batismo. Mas também as
crianças, desde a antiguidade, são batizadas na fé dos pais”.
O Pontífice também
disse que “ninguém merece o Batismo, pois é sempre um dom gratuito para todos,
adultos e recém-nascidos. Mas como acontece com uma semente cheia de vida, este
dom se estabelece e dá fruto em um terreno nutrido pela fé”.
Neste sentido, “as
promessas batismais que todos os anos renovamos na Vigília Pascal devem ser
reavivadas todos os dias para que o Batismo ‘cristifique’ quem o recebeu,
tornando-o realmente outro Cristo”.
EVANGELHO (JO 6,1-15)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo João.
Glória a vós, Senhor.
Naquele
tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de
Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava
a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus
discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando
os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus
disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse
isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe
respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a
cada um”.
8Um dos
discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com
cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10Jesus
disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se
sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus
tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto
quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram
satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para
que nada se perca!”
13Recolheram
os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos
que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens
exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.
15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus
retirou-se de novo, sozinho, para o monte. Palavra da
Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Disse isso para
testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer»
Rev. D. Llucià POU i Sabater
(Granada, Espanha)
(Granada, Espanha)
Hoje lemos o
Evangelho da multiplicação dos pães: «Jesus tomou os pães, deu graças e
distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os
peixes» (Jo 6, 11). A preocupação dos Apóstolos diante de tanta gente faminta
nos faz pensar hoje em uma multidão atual, não faminta, mas ainda pior:
afastada de Deus, com uma “anorexia espiritual” que impede de participar da
Páscoa e conhecer a Jesus. Não sabemos como chegar a tanta gente… Alenta-nos na
leitura de hoje uma mensagem de esperança: não importa a falta de meios, mas os
recursos sobrenaturais; não sejamos “realistas”, mas “confiantes” em Deus.
Assim, quando Jesus pergunta a Filipe onde podia comprar pão para todos, na
realidade «disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia
fazer» (Jo 6, 5-6). O Senhor espera que confiemos Nele.
Ao contemplar esses “sinais dos tempos”, não queremos passividade (preguiça, fraqueza por falta de luta…), mas esperança: o Senhor, para fazer o milagre, quer a dedicação dos Apóstolos e a generosidade do jovem que entrega alguns pães e peixes. Jesus aumenta nossa fé, obediência e audácia, embora não vejamos logo o fruto do trabalho, da mesma forma como o camponês não vê brotar a planta logo depois da semeadura. «Fé, portanto, sem permitir que o desalento nos desanime; sem que paremos em cálculos meramente humanos. Para superar os obstáculos, há que se começar trabalhando, empenhando-nos inteiramente na tarefa, de modo que o nosso próprio esforço nos leve a abrir novos caminhos» (São Josemaria Escrivá), que aparecerão de forma insuspeita.
Não esperemos o momento ideal para fazer a nossa parte: devemos fazê-la o quanto antes!, pois Jesus nos espera para fazer o milagre. «As dificuldades que o panorama mundial apresenta neste começo do novo milênio nos induzem a pensar que só uma intervenção do alto pode fazer-nos esperar um futuro menos obscuro», escreveu João Paulo II. Acompanhemos, pois, esse panorama com o Rosário da Virgem, pois sua intercessão se tem feito notar em muitos momentos delicados sobre quais tem deixado sua marca profunda a história da Humanidade.
Ao contemplar esses “sinais dos tempos”, não queremos passividade (preguiça, fraqueza por falta de luta…), mas esperança: o Senhor, para fazer o milagre, quer a dedicação dos Apóstolos e a generosidade do jovem que entrega alguns pães e peixes. Jesus aumenta nossa fé, obediência e audácia, embora não vejamos logo o fruto do trabalho, da mesma forma como o camponês não vê brotar a planta logo depois da semeadura. «Fé, portanto, sem permitir que o desalento nos desanime; sem que paremos em cálculos meramente humanos. Para superar os obstáculos, há que se começar trabalhando, empenhando-nos inteiramente na tarefa, de modo que o nosso próprio esforço nos leve a abrir novos caminhos» (São Josemaria Escrivá), que aparecerão de forma insuspeita.
Não esperemos o momento ideal para fazer a nossa parte: devemos fazê-la o quanto antes!, pois Jesus nos espera para fazer o milagre. «As dificuldades que o panorama mundial apresenta neste começo do novo milênio nos induzem a pensar que só uma intervenção do alto pode fazer-nos esperar um futuro menos obscuro», escreveu João Paulo II. Acompanhemos, pois, esse panorama com o Rosário da Virgem, pois sua intercessão se tem feito notar em muitos momentos delicados sobre quais tem deixado sua marca profunda a história da Humanidade.
SANTO DO DIA
SÃO MARTINHO I
O Papa Martinho I
enfrentou o poder imperial de sua época e por isso foi submetido a
grandes humilhações e também a degradantes torturas.
Martinho nasceu em Todi, na
Toscana, e era padre em Roma quando morreu o Papa Teodoro. Imiediatamente
Martinho foi eleito para sucedê-lo e passou a dirigir a Igreja com a mão forte
da disciplina que o período exigia.
O imperador Constante II defendia as teses hereges dos monotelistas, que negavam a condição humana de Cristo. Para defender a fé católica, que reconhece Jesus Cristo como homem e Deus, o Papa Martinho I convocou um Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas definitivamente todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.
O imperador Constante II defendia as teses hereges dos monotelistas, que negavam a condição humana de Cristo. Para defender a fé católica, que reconhece Jesus Cristo como homem e Deus, o Papa Martinho I convocou um Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas definitivamente todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.
O imperador ordenou a prisão do
Papa Marinho I, mas o comandante da guarda resolveu ir além e planejou matar
Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em
que o próprio Papa daria a Santa Comunhão aos fiéis. Na hora de receber a
hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e
fugiu apavorado.
O imperador Constante II não
desistiu da prisão do Papa Martinho I, pedindo a sua transferência para que o
julgamento se desse em Bósforo. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício que
durou quinze meses e acabou com a saúde do Papa. Mesmo assim, ao chegar à
cidade ficou exposto desnudo sobre um leito no meio da rua, para ser insultado
pela população. Depois foi jogado em um fétido e podre calabouço, sem as
mínimas condições de higiene e alimentação.
Entristecido pelo abandono de
todos, Martinho repetia: "Surpreende-me a falta de compreensão e de
compaixão de todos os que antes me pertenciam e de meus amigos e parentes, os
quais se esqueceram de mim de um modo completo”.
O Papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois. Foi o último Papa a ser martirizado.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
O Papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois. Foi o último Papa a ser martirizado.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO: Quanto sofrimento suporta o coração humano? Ouvindo a história de
São Martinho, nós nos deparamos com um força misteriosa que sustenta a vida
humana mesmo diante dos mais horríveis sofrimentos. Essa força, para nós que
cremos, é a presença da Trindade santa em nossas vidas. Peçamos então ao Bom
Deus do Céu que nos conceda a graça do Espírito para suportar todos os
sofrimentos da vida, sempre unidos ao Cristo.
tjl@ - acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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