Papa Francisco na audiência com os membros da Cáritas International.
Crédito: Vatican Media
Vaticano, 27 Mai.
19 / 12:30 pm (ACI).- O Papa Francisco recebeu na manhã de
hoje, 27 de maio, os participantes da XXI Assembleia Geral da Cáritas
Internacional e explicou-lhes qual é a pior discriminação contra os pobres, que
são atendidos por esta instituição em todo o mundo.
"O serviço da
caridade deve, portanto, escolher a lógica do desenvolvimento integral como
antídoto à cultura do descarte e da indiferença. E dirigindo-me a vocês, que
são a Caritas, quero reiterar que ‘a pior discriminação da qual os pobres
sofrem é a falta de atenção espiritual", disse o Papa recordando o que
escreveu na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.
Na Sala Clementina
do Palácio Apostólico do Vaticano, o Papa Francisco também enfatizou que os
pobres "têm uma especial abertura à fé; precisam de Deus e não podemos
deixar de oferecer-lhes sua amizade, sua bênção, sua Palavra, a celebração
dos Sacramentos e a proposta de um caminho de
crescimento e de maturação na fé".
Por isso, continuou
o Santo Padre: "como nos ensina também o exemplo dos Santos e das Santas
da caridade, a opção preferencial pelos pobres deve traduzir-se principalmente
numa atenção religiosa privilegiada e prioritária".
Em seu discurso, o
Papa Francisco destacou três aspectos que devem ser levados em consideração por
aqueles que servem na Cáritas: caridade, desenvolvimento integral e
comunhão.
Sobre a caridade, o
Papa indicou que “não é uma prestação estéril ou um simples óbolo a ser
restituído para apaziguar a nossa consciência".
"O que jamais
devemos esquecer é que a caridade tem a sua origem e a sua essência em Deus
mesmo; a caridade é o abraço de Deus nosso Pai a todo homem, de modo particular
aos últimos e aos sofredores, os quais ocupam no seu coração um lugar preferencial".
Em relação ao
desenvolvimento integral, o Papa Francisco assinalou que "no serviço da
caridade é a visão participação do homem, que não pode reduzir-se a um único
aspecto, mas envolve todo o ser humano enquanto filho de Deus, criado
à sua imagem. Os pobres são pessoas, e em seus rostos se esconde o rosto de
Cristo".
"Eles
são sua carne, sinais de seu corpo crucificado, e nós temos o dever de
chegar até eles nas periferias mais extremas e nos subterrâneos da história com
a delicadeza e a ternura da Mãe Igreja",
para que todos os homens "sejam autores e protagonistas de seu
progresso".
Quanto à comunhão,
o Papa Francisco destacou que "é central para a Igreja e define sua
essência. A comunhão eclesial nasce do encontro com o Filho de Deus, Jesus
Cristo, que, mediante o anúncio da Igreja, alcança os homens e cria comunhão
com Ele mesmo e com o Pai e o Espírito Santo".
"E a comunhão
em Cristo e na Igreja é o que anima, acompanha e sustenta o serviço da caridade
nas próprias comunidades e nas situações de emergência em todo o mundo".
Depois de destacar
que a caridade deve ser vivida em espírito de pobreza e entre os pobres, o
Pontífice animou a estar atentos "para evitar cair na tentação de viver
uma caridade hipócrita ou mentirosa, uma caridade identificada com a esmola,
com a beneficência ou com a pílula que acalma nossa consciência inquieta”.
"Sendo a
Caridade a mais almejada das virtudes à qual o homem possa aspirar para poder
imitar Deus, torna-se escandaloso ver agentes de Caridade que a transformam
em business: falam tanto em Caridade, mas vivem no luxo ou no esbanjamento
ou mesmo organizado Fórum sobre a Caridade desperdiçando inutilmente tanto
dinheiro", lamentou o Santo Padre.
"Dói constatar
que alguns agentes de Caridade se transformam em funcionários e burocratas. Por
esta razão, quero reiterar que a caridade não é uma ideia ou um sentimento
piedoso, mas um encontro pessoal com Cristo" com "o estilo da
pobreza".
Para concluir, o
Papa Francisco encorajou os membros da Cáritas Internacional a "continuar
dando com alegria a sua contribuição para que cresça no mundo o Reino de Deus,
Reino de Justiça, de amor e de paz”.
A Assembleia Geral
da Cáritas Internacional termina nesta terça-feira, 28 de maio. O tema do
evento é "Uma Família Humana, uma casa comum", está inspirado na
encíclica Laudato si do Papa Francisco sobre os cuidados com a casa comum.
ORAÇÃO
Ó Deus, que aos vossos pastores
associastes São Germano de Paris, animado de ardente caridade e da fé que vence
o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para
participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
EVANGELHO
(JO 16,5-11)
(JO 16,5-11)
Naquele tempo, disse Jesus
aos seus discípulos: 5“ Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós
me pergunta: ‘Para onde vais?’ 6 Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu
os vossos corações. 7 No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu
parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo
mandarei. 8 E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado,
a justiça e o julgamento: 9 o pecado, porque não acreditaram em mim; 10 a
justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11 e o
julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”.
Palavra da
Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário do EVANGELHO
Os discípulos ficaram
entristecidos porque Jesus afirmou-lhes que irá partir. Porém, o Cristo os
consola com a promessa da vinda do Espírito Santo. Ele dará testemunho da
verdade de Cristo. O cristão, iluminado pela Palavra de Deus, alimentado pela
Eucaristia e guiado pelo Espírito Santo, como os apóstolos, dará testemunho da
verdade de Cristo. Os tribunais que condenarão a Cristo foram condenados e
vencidos pela verdade de sua ressurreição.
Oração
ÓDeus, que vosso povo sempre exulte,
pela sua renovação espiritual. Alegrando-nos hoje porque adotados de novo como
filhos de Deus, esperemos confiantes e alegres o dia da ressurreição. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
SANTO DO DIA
SÃO GERMANO DE PARIS
Germano nasceu em 496. Diz a
tradição que sua mãe tentou abortá-lo e que na infância ele teria sido
envenenado, mas o menino sobreviveu para tornar-se um grande santo. Foi criado
por um primo bem mais velho, um ermitão chamado Escapilão, que o fez prosseguir
os estudos em Avalon. Germano viveu como ermitão durante quinze anos,
aprendendo a doutrina de Cristo.
Em 531, ele foi ordenado diácono
e três anos depois, sacerdote. Foi então para Paris, e pelos seus dons,
principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei, que apreciava a sua
sensatez. Tornou-se bispo de Paris.
Germano era pródigo em caridade e
esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era
visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre, feliz
por sentir frio, mas tendo a certeza que o pobre estava aquecido.
Assim viveu o bispo Germano de
Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Suas relíquias se encontram na
majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da
cidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO:
A história de São Germano nos
mostra que Deus realmente tem caminhos misteriosos aos olhos humanos. Salvo da
morte na infância, nosso santo soube aproveitar seus dias para o serviço dos
mais pobres e abandonados, impulsionado pelo amor ao evangelho de Cristo. Na
nossa vida, somos acometidos por muitas adversidades, mas confiar plenamente em
Jesus Cristo nos dá forças para avançar mesmo em tempos de penúria.
TJL@-
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