Papa Francisco recebido na Bulgária pelas crianças. Foto: Site Oficial
da visita de Francisco à Bulgária (http://popeinbulgaria.gov.bg)
Sofia, 05 Mai. 19 /
08:30 am (ACI).- Após uma manhã intensa de encontros com
autoridades civis e religiosas em Sófia, capital da Bulgária, onde o Santo
Padre se encontra em Visita Apostólica, o Pontífice recordou que neste país,
São João XXIII serviu como núncio apostólico e que esta terra inspirou
profundamente o "Papa Bom", elevado aos altares por Francisco na
histórica cerimônia de 27 de abril de 2014.
Estas foram as
palavras do Santo Padre:
Queridos irmãos e
irmãs, «Cristo ressuscitou!» - «Ressuscitou verdadeiramente!»
É com estas palavras
que desde os tempos antigos, nestas terras da Bulgária, os cristãos – ortodoxos
e católicos – trocam votos entre si no tempo da Páscoa. Tais palavras expressam
a grande alegria pela vitória de Jesus Cristo sobre o mal e sobre a morte. São
uma afirmação e um testemunho do coração da nossa fé: Cristo vive. Ele é a
nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo.
Tudo o que toca
torna-se novo, enche-se de vida.
Por isso as primeiras palavras que quero dirigir a cada um de vós são: Ele vive
e quer-te vivo! Está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que te
possas afastar, junto de ti está o Ressuscitado, que te chama e espera por ti
para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, os rancores, os
medos, as dúvidas e os fracassos, Ele estará lá para te devolver força e
esperança.
Esta fé em Cristo
ressuscitado tem vindo a ser proclamada desde há dois mil anos por todos os
cantos da terra, através da generosa missão de tantos crentes, que são chamados
a dar tudo pelo anúncio evangélico, sem guardar nada para si mesmos.
Na história
da Igreja, também aqui na Bulgária, houve
Pastores que se distinguiram pela santidade de vida. Entre eles, apraz-me
recordar o meu antecessor – por vós designado «o Santo búlgaro» – São João
XXIII, um Santo pastor, cuja memória permanece particularmente viva nesta
terra, onde ele viveu de 1925 a 1934. Aqui aprendeu a admirar a tradição da Igreja
Oriental, estabelecendo relações de amizade com as outras Confissões
religiosas. A sua experiência diplomática e pastoral na Bulgária deixou uma
marca tão forte no seu coração de pastor que o levou a promover na Igreja a
perspetiva do diálogo ecuménico. Este recebeu um notável impulso no Concílio
Vaticano II, desejado precisamente pelo Papa Roncalli. A esta terra, de certo
modo, devemos agradecer a intuição sábia e inspiradora do «Papa bom».
Na esteira deste
caminho ecuménico, daqui a pouco terei a alegria de saudar os expoentes das
várias Confissões religiosas da Bulgária, que, apesar de ser um país ortodoxo,
se revela uma encruzilhada onde se encontram e dialogam várias expressões
religiosas.
A estimada presença
no encontro dos Representantes destas diversas Comunidades indica o desejo que
todos têm de percorrer o caminho, cada dia mais necessário, de «adotar a
cultura do diálogo como caminho, a colaboração
comum como conduta,
o conhecimento mútuo como método e critério» (Documento sobre a Fraternidade
Humana, Abu Dhabi 4 de fevereiro de 2019).
Encontramo-nos
perto da antiga igreja de Santa Sofia e ao lado da igreja Patriarcal de Santo
Aleksander Nevskij, onde antes estive a rezar em memória dos Santos Cirilo e
Metódio, evangelizadores dos povos eslavos. Movido pelo desejo de manifestar
estima e afeto a esta venerada Igreja Ortodoxa da Bulgária, tive a alegria de
saudar e abraçar, anteriormente, o meu irmão Patriarca, Sua Santidade Neofit,
bem como os Metropolitas do Santo Sínodo.
Dirijamo-nos agora
à Bem-aventurada Virgem Maria, Rainha do céu e da terra,
pedindo-Lhe que interceda junto do Senhor Ressuscitado para que dê a esta amada
terra o impulso sempre necessário de ser terra de encontro, na qual,
independentemente das diferenças culturais, religiosas ou étnicas, possais
continuar a reconhecer-vos e estimar-vos como filhos de um mesmo Pai.
A nossa invocação é
expressa com a antiga oração do Regina Caeli. Fazemo-lo aqui, em Sófia, diante
do ícone de Nossa Senhora de Nesebar (significa «Porta do Céu»), muito amado
pelo meu antecessor São João XXIII, que começou a venerá-lo aqui, na Bulgária,
e conservou-o consigo até à morte.
Regina Caeli,
laetare! Alleluia!...
Oração
Ó Deus, vós que mostrais a luz da verdade aos que erram para que
possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que se gloriam da vocação
cristã rejeitem o que se opõe a este nome e abracem quanto possa honrá-lo. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho (Jo 6,22-29):
No dia seguinte, a multidão que
tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e que
Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido
sozinhos. Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde
tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão
percebeu que Jesus não estava aí, nem os seus discípulos, entraram nos barcos e
foram procurar Jesus em Cafarnaum.
Encontrando-o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste aqui?». Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo». Perguntaram então: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?». Jesus respondeu: «A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou».
Encontrando-o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste aqui?». Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo». Perguntaram então: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?». Jesus respondeu: «A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou».
«Trabalhai (…) mas pelo alimento que permanece até à vida eterna»
Rev.
D. Jacques FORTIN
(Alma (Quebec), canad)
Hoje depois
da multiplicação dos pães, a multidão põe-se em busca de Jesus e na sua busca
chega até Cafarnaum. Ontem como hoje, os seres humanos procuraram o divino. Não
é uma manifestação de esta sede do divino a multiplicação das seitas
religiosas, o esoterismo?
Mas algumas pessoas quiseram someter o divino a suas próprias necessidades humanas. De fato, a história nos revela que algumas vezes tentou-se usar o divino para fins políticos ou outros. Hoje a multidão deslocou-se para Jesus. Por quê? É a pergunta que faz Jesus afirmando: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados» (Jo 6,26). Jesus não se engana. Sabe que não foram capazes de ler os sinais do pão multiplicado. Anuncia-lhes que o que sacia o homem é um alimento espiritual que nos permite viver eternamente (cf. Jo 6,27). Deus é o que dá esse alimento, o dá através de seu Filho. Tudo o que faz crescer a fé Nele é um alimento ao que temos que dedicar todas nossas energias.
Então compreendemos porque o Papa nos anima a esforçar-nos para ré evangelizar nosso mundo que frequentemente não acode a Deus pelos bons motivos. Na constituição “Gaudium et Spes” (A Igreja no mundo atual”) os Padres do Concílio Vaticano II nos lembra: “só Deus, a quem Ela serve, satisfaz os desejos mais profundos do coração humano, que nunca se sacia plenamente só com alimentos terrestres". E nós, por que ainda seguimos Jesus? O que é o que nos proporciona a Igreja? Lembremos o que disse o Concílio Vaticano II! Estamos convencidos do bem-estar que nos proporciona este alimento que podemos dar ao mundo?
Mas algumas pessoas quiseram someter o divino a suas próprias necessidades humanas. De fato, a história nos revela que algumas vezes tentou-se usar o divino para fins políticos ou outros. Hoje a multidão deslocou-se para Jesus. Por quê? É a pergunta que faz Jesus afirmando: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados» (Jo 6,26). Jesus não se engana. Sabe que não foram capazes de ler os sinais do pão multiplicado. Anuncia-lhes que o que sacia o homem é um alimento espiritual que nos permite viver eternamente (cf. Jo 6,27). Deus é o que dá esse alimento, o dá através de seu Filho. Tudo o que faz crescer a fé Nele é um alimento ao que temos que dedicar todas nossas energias.
Então compreendemos porque o Papa nos anima a esforçar-nos para ré evangelizar nosso mundo que frequentemente não acode a Deus pelos bons motivos. Na constituição “Gaudium et Spes” (A Igreja no mundo atual”) os Padres do Concílio Vaticano II nos lembra: “só Deus, a quem Ela serve, satisfaz os desejos mais profundos do coração humano, que nunca se sacia plenamente só com alimentos terrestres". E nós, por que ainda seguimos Jesus? O que é o que nos proporciona a Igreja? Lembremos o que disse o Concílio Vaticano II! Estamos convencidos do bem-estar que nos proporciona este alimento que podemos dar ao mundo?
SANTO DO DIA: SÃO DOMINGOS SÁVIO
Domingos Sávio nasceu em 2 de
abril de 1842, em Riva, na Itália. Era filho de pais muito pobres, um ferreiro
e uma costureira, cristãos muito devotos. Ao fazer a primeira comunhão, com
sete anos, jurou para si mesmo o que seria seu modelo de vida: "Antes morrer
do que pecar". Cumpriu-o integralmente enquanto viveu.
Nos registros da Igreja,
encontramos que, com dez anos, chamou para ele próprio a culpa de uma falta que
não cometera, só porque o companheiro de escola que o fizera tinha maus
antecedentes e poderia ser expulso do colégio. Já para si, Domingos sabia que o
perdão dos superiores seria mais fácil de ser alcançado. Em outra ocasião,
colocou-se entre dois alunos que brigavam e ameaçavam atirar pedras um no
outro. "Atirem a primeira pedra em mim" disse, acabando com a briga.
Esses fatos não passaram
despercebidos pelo seu professor e orientador espiritual, João Bosco, que a
Igreja declarou santo, que encaminhou o rapaz para a vida religiosa. No dia 8
de dezembro de 1854, quando foi proclamado o dogma da Imaculada Conceição,
Domingos Sávio se consagrou à Maria, começando a avançar para o caminho da
santidade. Em 1856, fundou entre os amigos a "Companhia da
Imaculada", para uma ação apostólica de grupo, onde rezavam cantando para
Nossa Senhora.
Mas Domingos Sávio tinha um
sentimento: não conseguiria tornar-se sacerdote. Estava tão certo disso que,
quando caiu doente, despediu-se definitivamente de seus colegas, prometendo
encontrá-los quando estivessem todos na eternidade, ao lado de Deus. Ficou de
cama e, após uma das muitas visitas do médico, pediu ao pai para rezar com ele,
pois não teria tempo para falar com o pároco. Terminada a oração, disse estar
tendo uma linda visão e morreu. Era o dia 9 de março de 1857.
Domingos Sávio tinha dois sonhos
na vida, tornar-se padre e alcançar a santidade. O primeiro não conseguiu
porque a terrível doença o levou antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma
vida exemplar. Curta, pois morreu com quinze anos de idade, mas perfeita para
os parâmetros da Igreja, que o canonizou em 1957.
Nessa solenidade, o papa Pio XII
o definiu como "pequeno, porém um grande gigante de alma" e o
declarou padroeiro dos cantores infantis. Suas relíquias são veneradas na
basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Torino, Itália, não muito distantes
do seu professor e biógrafo São João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia
6 de maio.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
tjl@
- acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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