Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI
Prensa
Vaticano,
29 Mai. 19 / 09:40 am (ACI).- O Papa Francisco explicou qual é a
diferença entre a Bíblia e os livros de História: embora, como nos livros de
história, a Bíblia contenha palavras e histórias humanas, "as palavras da
Bíblia são tomadas do Espírito Santo, que dá uma força muito grande, uma força
diferente que ajuda para que essa Palavra seja semente de santidade, semente
de vida".
Após
refletir sobre a oração do Pai-Nosso em suas últimas catequeses, o Santo Padre
começou nesta quarta-feira, 29 de maio, durante a Audiência Geral na Praça de
São Pedro, um novo ciclo de catequese sobre o Livro dos Atos dos Apóstolos.
"Esse
livro bíblico, escrito por São Lucas Evangelista – explica o Pontífice – nos
fala da viagem do Evangelho no mundo e nos mostra a ligação maravilhosa entre a
Palavra de Deus e o Espírito Santo que inaugura o tempo da evangelização. Os
protagonistas dos Atos dos Apóstolos são ‘um casal’ vivo e eficaz: a Palavra e
o Espírito".
O
Papa Francisco assinalou que "a Palavra de Deus corre, é dinâmica, irriga
todo terreno sobre o qual ela cai. E qual é a sua força? São Lucas nos diz que
a palavra humana se torna eficaz não graças à retórica, que é a arte do belo
discurso, mas graças ao Espírito Santo, que é a dýnamis de Deus, a
dinâmica de Deus, a sua força, que tem o poder de purificar a palavra, torná-la
portadora de vida".
"Quando
o Espírito visita a palavra humana, ela se torna dinâmica, como ‘dinamite’,
capaz de iluminar os corações e anular esquemas, resistências e muros de
divisão, abrindo novos caminhos e expandindo os confins do povo de Deus",
destacou.
O
Espírito "é aquele que dá sonoridade vibrante e eficiência à nossa palavra
humana tão frágil, capaz até de mentir e fugir das próprias
responsabilidades".
De
fato, o "batismo no Espírito Santo é a experiência
que nos ajuda a entrar em uma comunhão pessoal com Deus e participar de seu
desejo universal de salvação, adquirindo o dom de parresia, a coragem, ou seja,
a capacidade de pronunciar uma palavra ‘como filhos de Deus’, não somente como
pessoas, mas como filhos de Deus: uma límpida, livre, eficaz, cheia de
amor por Cristo e pelos irmãos".
Em
sua catequese, o Papa Francisco também ressaltou que "o Senhor
ressuscitado convida os seus a não viverem o presente com ansiedade, mas a
fazer uma aliança com o tempo, saber esperar o desenrolar de uma história
sagrada que não foi interrompida, mas que avança, a saber esperar os ‘passos’
de Deus, Senhor do tempo e do espaço".
O
Papa concluiu sua catequese pedindo ao Senhor "para nos dar a paciência de
esperar os seus passos, de não ‘fabricar’ nós mesmos a sua obra e permanecer
dóceis, rezando, invocando o Espírito e cultivando a arte da comunhão
eclesial".
ORAÇÃO : Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração de Santa Joana d'Arc,
concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus
exemplos de castidade e fortaleza. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
EVANGELHO
(JO 16,16-20)
(JO 16,16-20)
Naquele tempo, disse
Jesus aos seus discípulos:
16“Pouco tempo
ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”.
17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: “O que significa o que
ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e
me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?’”.
18Diziam, pois: “O
que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. 19Jesus
compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: ‘Estais discutindo
entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco
tempo e me vereis?’
20Em verdade, em
verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós
ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.
Palavra da
Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário DO EVANGELHO
Quem ama sente a partida do
amado. Assim foi com os discípulos, ao saberem da partida de Jesus. Porém, o
próprio Cristo lhes afirma que a tristeza de agora se transformará em alegria.
Sofrerá a paixão e morte, mas ressuscitará para sempre, e se fará presente
junto deles, por meio de seu Espírito. Essa presença viva de Cristo se
reconhece pela fé, que nos dá a certeza de que o Senhor está sempre perto de
nós. Isso deve nos motivar em nossa vivência cristã e de Comunidade. Oração: Ó Deus, que fizestes o
vosso povo participar da vossa redenção, concedei que nos alegremos
constantemente com a ressurreição do Senhor, que convosco vive e reina, na
unidade do Espírito Santo.
SANTO DO DIA
SANTA JOANA D'ARC
Joana nasceu na região francesa
de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e
analfabeta. Assinava seu nome utilizando uma cruz. Aos treze anos, começou a
viver experiências místicas. Os pais acharam que estava louca.
A França vivia a guerra dos cem
anos com a Inglaterra. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e
os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. Joana,
nas suas orações, recebia mensagens que exigiam que ela expulsasse os invasores,
reconquistasse a cidade de Órleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII.
O rei só concordou em seguir os
conselhos de Joana quando percebeu que ela realmente era um sinal de Deus.
Deu-lhe a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como
única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados,
chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus.
Os franceses sitiados reagiram e
venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão. Carlos VII foi então
coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa.
Quanto a Joana, foi ferida,
traída e vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num
processo religioso, grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como
"feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu
murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431.
Vinte anos depois, o processo foi
revisto pelo Papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana
d'Arc foi canonizada em 1920 pelo Papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da
França.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO: Joana entrou para a história como mito. Aquela jovem camponesa
de 20 anos incompletos, tendo como arma principal sua fé, tornou-se respeitada
como uma grande líder. Joana D'Arc é considerada a maior heroína nacional da
França. Seu nome, imagem e história estão presentes em todo o país. Mesmo tendo
sido uma guerreira, ela jamais deixou de praticar sua fé em Jesus Cristo.
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