Cardeal Peter Turkson. Foto: Daniel Ibáñez / ACI
Prensa
Vaticano, 24 Jul.
19 / 11:00 am (ACI).- Precariedade no trabalho, práticas
ilegais, exploração... são algumas das problemáticas que os profissionais do
turismo devem enfrentar muitas vezes, segundo alertou o Cardeal Peter Turkson,
Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral.
Em uma mensagem
divulgada por ocasião do Dia Mundial do Turismo que, como todos os anos, será
celebrado no dia 27 de setembro, o Cardeal destacou as oportunidades oferecidas
pelo setor turístico, mas também suas deficiências.
O Cardeal Turkson
assinalou que o exercício do trabalho no setor do turismo envolve várias
problemáticas.
Consultores de
viagem, guias turísticos, chefs, sommeliers, garçons, comissários de bordo,
animadores, especialistas em marketing turístico, entre outros, são
profissionais que “em muitos casos trabalham em condições precárias e até mesmo
ilegais, com remunerações injustas, obrigados a realizar trabalho exaustivo,
muitas vezes longe da família e com alto risco de estresse, sujeito às regras
de competitividade agressiva”.
Especificamente,
causa indignação a "exploração trabalhista nos países pobres, mas com uma
alta vocação turística em virtude do rico patrimônio ambiental e
histórico-cultural que os caracteriza, onde os benefícios do uso de recursos
locais raramente atingem populações autóctones".
"Também são
inaceitáveis os atos de violência contra as populações, a ofensa de sua
identidade cultural e todas as atividades que causam degradação e a exploração
voraz do meio ambiente".
Mas nem tudo é
problemático no setor de turismo. O Prefeito do Dicastério destacou que "o
potencial de desenvolvimento oferecido pelo setor turístico é notável, tanto em
termos de oportunidades de emprego quanto de promoção humana, social e
cultural".
"Oportunidades
que são abertas especialmente para os jovens e que nos encorajam a participar
como protagonistas do seu desenvolvimento, talvez através de iniciativas de
empreendedorismo nos países menos desenvolvidos".
Nesse sentido,
destacou os dados da Organização Mundial do Turismo, segundo os quais, de cada 11
empregos no mundo, pelo menos 1 é gerado, direta ou indiretamente, pelo
turismo.
Trata-se de um
fenômeno que registra "um crescimento constante que beneficia milhões de
pessoas em todos os lugares da Terra".
"Fala-se de um
ciclo expansivo, com enormes implicações no campo social, econômico e cultural,
que superou as melhores expectativas", afirmou. "É suficiente pensar
que, em 1950, os turistas internacionais estavam acima de 25 milhões, enquanto
na próxima década, estima-se que eles poderiam atingir a cifra de 2 bilhões de
viajantes em todo o mundo".
Finalmente, o
Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral chamou
"todos os governantes e responsáveis pelas
políticas econômicas nacionais a favorecerem o
trabalho, especialmente dos jovens, no setor de turismo".
“Um trabalho que
coloque a dignidade da pessoa no centro, que se torne um instrumento para a
promoção do desenvolvimento integral de cada pessoa e de toda a pessoa, que
coopere com o desenvolvimento de comunidades específicas, cada uma de acordo
com sua particularidade, e que favoreça a criação de relações de amizade e
fraternidade entre as pessoas e os povos”, concluiu o Cardeal Turkson.
ORAÇÃO
Ó Deus, que a vossa Igreja exulte sempre no constante louvor do
Apóstolo São Tiago, Maior, para que, sustentada por sua doutrina e intercessão,
seja fiel a seus ensinamentos. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mt 20,20-28)
A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos,
aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou:
«Que queres?». Ela respondeu: «Manda que estes meus dois filhos se sentem, no
teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus disse: «Não sabeis o
que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?». Eles responderam:
«Sim, podemos». Declarou Jesus: «Do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à
minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu
Pai o preparou».
Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: «Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos». PALAVRA DA SALVAÇÃO
Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: «Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos». PALAVRA DA SALVAÇÃO
«Podes beber do cálice que eu vou
beber?»
Mons. Octavio RUIZ Arenas Secretário do
Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização (Città del
Vaticano, Vaticano)
Hoje, o episódio
que nos narra este fragmento do Evangelho nos põe diante a uma situação que
ocorre com muita frequência nas diferentes comunidades cristãs. João e Santiago
foram muito generosos ao abandonar sua casa e suas redes para seguir Jesús.
Escutaram que o Senhor anuncia um Reino e que oferece a vida eterna, mas não
chegam a entender ainda a nova dimensão que apresenta o Senhor e, por isso, sua
mãe pedir a algo bom, mas que estão nas simples aspirações humanas: «Manda que
estes dois filhos meus que se sentem, um a tua direita e outro a tua esquerda,
em teu Reino» (Mt 20,21).
Igualmente, nós escutamos e seguimos o Senhor, como fizeram os primeiros discípulos de Jesus, mas não sempre chegamos entender totalmente sua mensagem e nos deixamos levar por interesses pessoais ou ambições dentro da igreja. Esquecemos que ao aceitar ao Senhor, temos que entregarmos confiança e de maneira plena a Ele, que não podemos pensar em obter a gloria sem ter aceitado a cruz.
A resposta que lhes dá Jesus pões exatamente a entonação neste aspecto: para participar de seu Reino, o que importa é aceitar beber de seu próprio «cálice» (cf. Mt 20,22), ou seja, estar dispostos a entregar nossa vida por amor a Deus e dedicarmos ao serviço de nossos irmãos, com a mesma atitude de misericórdia que teve Jesus. O Papa Francisco, em sua primeira homilia, ressaltava que para seguir a Jesus devemos caminhar com a cruz, pois «quando caminhamos sem a cruz, quando confessamos um Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor».
Igualmente, nós escutamos e seguimos o Senhor, como fizeram os primeiros discípulos de Jesus, mas não sempre chegamos entender totalmente sua mensagem e nos deixamos levar por interesses pessoais ou ambições dentro da igreja. Esquecemos que ao aceitar ao Senhor, temos que entregarmos confiança e de maneira plena a Ele, que não podemos pensar em obter a gloria sem ter aceitado a cruz.
A resposta que lhes dá Jesus pões exatamente a entonação neste aspecto: para participar de seu Reino, o que importa é aceitar beber de seu próprio «cálice» (cf. Mt 20,22), ou seja, estar dispostos a entregar nossa vida por amor a Deus e dedicarmos ao serviço de nossos irmãos, com a mesma atitude de misericórdia que teve Jesus. O Papa Francisco, em sua primeira homilia, ressaltava que para seguir a Jesus devemos caminhar com a cruz, pois «quando caminhamos sem a cruz, quando confessamos um Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor».
SANTO DO DIA
SÃO TIAGO MAIOR
Tiago Maior nasceu doze anos
antes de Cristo na Galiléia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as
sagradas escrituras. Era, portanto, irmão de João Evangelista. É sempre citado
como um dos três primeiros apóstolos, além de figurar entre os prediletos de
Jesus, juntamente com Pedro e André. É chamado de "maior" por causa
do apóstolo homônimo, Tiago filho de Alfeu, conhecido como "menor".
Nas várias passagens bíblicas,
podemos perceber que Jesus possuía apóstolos escolhidos para testemunharem
acontecimentos especiais de sua missão. Um era Tiago, o Maior, que constatamos
ao Seu lado na cura da sogra de Pedro, na ressurreição da filha de Jairo, na
transfiguração do Senhor e na Sua agonia no Horto das Oliveiras.
Consta que, depois da
ressurreição de Cristo, Tiago rumou para a Espanha, percorrendo-a de norte a
sul, fazendo sua evangelização, sendo por isto declarado seu padroeiro. Mais
tarde voltou a Jerusalém, onde converteu centenas de pessoas. Por causa de
falso testemunho foi preso e acusado de levar o povo a ir contra as ordens do
imperador. A pena para esse crime era a morte.
A sentença foi executada durante
as festas pascais no ano 42. Assim, Tiago, o Maior, se tornou o primeiro dos
apóstolos a derramar seu sangue pela fé em Jesus Cristo.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : No século VIII, a Espanha lutava
contra a invasão dos bárbaros muçulmanos. Diz a história que pela intercessão
de São Tiago os muçulmanos foram derrotados. No local da vitória espanhola o
rei Afonso II mandou construir uma igreja e um mosteiro, dedicados a Santiago,
com isto a cidade de Iria passou a se chamar Santiago de Compostela, ou seja,
do campo da estrela. Desde aquele tempo até hoje, o Santuário de Santiago de
Compostela, é um dos mais procurados pelos peregrinos do mundo inteiro, que
fazem o trajeto à pé.
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