segunda-feira, 1 de julho de 2019

BOM DIA EVANGELHO - 2.JULHO.2019


BOM DIA EVANGELHO

02 DE JULHO DE 2019
TERÇA-FEIRA | 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: VERDE | ANO C
Imagem referencial: Papa Francisco se dirige aos fiéis durante o Angelus. (Foto: Vatican Media)
Vaticano, 29 Jun. 19 / 07:33 am (ACI).- Após celebrar a missa na qual foram entregues o pálio episcopal aos novos arcebispos vindo de diversos países, incluindo o Brasil, o Papa Francisco rezou o ângelus com os fiéis e destacou o exemplo de unidade deixado pelos apóstolos São Pedro e São Paulo, que apesar de suas diferenças, fizeram de Jesus o Senhor de suas vidas e derramaram seu sangue por Ele.
O Santo Padre começou sua alocução dizendo: “Os Santos Pedro e Paulo, que celebramos hoje, em ícones, são às vezes retratados apoiar o edifício da igreja. Isso nos lembra das palavras do Evangelho de hoje, em que Jesus diz a Pedro: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16, 18). É a primeira vez que Jesus pronuncia a palavra "Igreja", porém mais do que no substantivo eu gostaria de convidá-lo a pensar sobre o adjetivo, MINHA: MINHA igreja. Jesus não fala da Igreja como uma realidade externa, mas expressa o grande amor que nutre por ela: minha igreja”.
“Ele está ligado à Igreja para nós. São Paulo escreve: "Cristo amou a Igreja e entregou-se por ela isto é, explica o apóstolo, Jesus ama a Igreja como sua esposa. Para o Senhor não somos um grupo de crentes ou uma organização religiosa, nós somos sua esposa. Ele olha com ternura para a sua Igreja, ele a ama com fidelidade absoluta, não obstante nossos erros e traições. Como aquele dia para Pedro, hoje ele nos diz: "minha Igreja"”, afirmou o Pontífice.
“E nós também podemos repeti-lo: minha igreja. Nós não dizemos isso com um sentimento de pertença exclusivo, mas com um amor inclusivo. Não nos diferenciarmos dos outros, devemos aprender a beleza de estar com os outros, porque Jesus nos quer unidos e abertos. De fato, a Igreja não é "minha" porque responde a mim mesmo, aos meus desejos, mas porque eu lhe dou meu carinho”.
“Em outro ícone, os Santos Pedro e Paulo são retratados em um abraço. Eles eram muito diferentes um do outro: um pescador e um fariseu com experiências de vida, personagens e maneiras bastante diferentes de fazer as coisas e sensibilidades. Opiniões conflitantes e debates francos não faltaram entre eles. Mas o que os uniu foi infinitamente maior: Jesus era o Senhor de ambos disseram juntos "meu Senhor" àquele que diz "minha Igreja", afirmou.
“Nesta festa, que une dois Apóstolos tão diferentes, seria bom dizer: "Obrigado, Senhor, por essa pessoa que não sou eu: ela é um dom para a minha igreja”. É bom apreciar as qualidades dos outros, reconhecer os dons dos outros sem malícia e sem inveja. A inveja causa amargura por dentro, é vinagre derramado sobre o coração. Torna amarga a vida. Que bom, em vez disso, saber que pertencemos um ao outro, porque compartilhamos o mesmo fé, o mesmo amor, a mesma esperança, o mesmo Senhor. Nós pertencemos um ao outro: é esplêndido mistério da nossa Igreja!”, prossegue o Papa Francisco.
“No final do Evangelho, Jesus diz a Pedro: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21, 17). Ele fala sobre nós e diz minhas ovelhas, com a mesma ternura que costumava dizer minha Igreja. Aqui está o carinho que constrói a Igreja”, afirmou o Papa.
Ao final do discurso e antes da oração mariana o Papa Francisco disse: “Hoje, pela intercessão dos Apóstolos, pedimos a graça de amar a nossa Igreja. Nós pedimos olhos que eles saibam ver nela irmãos e irmãs, um coração que sabe acolher os outros com amor. (...) Que Nossa Senhora, “que trouxe harmonia entre os apóstolos e orou com eles, proteja-nos como irmãos e irmãs na Igreja”, concluiu.
ORAÇÃO 
Senhor meu Deus, pelos méritos de São Bernardino, eu vos peço hoje pelos educadores, administradores e pessoas constituídas de poder. Rogo-vos, de maneira particular, pelas famílias, onde os pais são os primeiros educadores e formadores das crianças e jovens. Derramai, Senhor, Vossas Bênçãos em minha família e concedei-me a graça de que mais necessito. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Mateus 8,23-27
Aleluia, aleluia, aleluia.
No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra (Sl 129,5).
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 8 23 Jesus subiu a uma barca com seus discípulos.
24 De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia.
25 Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: "Senhor, salva-nos, nós perecemos!"
26 E Jesus perguntou: "Por que este medo, gente de pouca fé?" Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria.
27 Admirados, diziam: "Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?"
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
HOMENS FRACOS NA FÉ!
A cena da tempestade acalmada retrata a vida do discípulo às voltas com as dificuldades e os desafios que sua opção comporta. Engana-se quem imagina poder seguir o Mestre Jesus na mais perfeita tranqüilidade, sem correr o risco de enfrentar perseguições e contrariedades. Nestas horas, é preciso recordar-se que ele está presente, sempre pronto a impedir que seus discípulos venham a sucumbir.
Uma leitura simbólica do texto bíblico permite-nos tirar uma lição: entrar na barca com o Mestre, corresponde a "embarcar" na vida dele.
A barca simboliza a Igreja, comunidade dos que aderiram a Jesus, dispostos a partilhar sua missão e seu destino. A tempestade aponta para as grandes crises a que a Igreja é submetida, ao longo de sua existência, de forma a provar a autenticidade da fé dos discípulos. O grito desesperado dos discípulos assemelha-se à súplica constante da Igreja, carente de proteção: "Senhor, tem piedade de nós!" A bonança do mar aponta para a paz que só ele pode dar à sua Igreja. Uma paz, porém, não isenta de toda sorte de provações, pois, seguir Jesus é escolher um caminho arriscado e tormentoso.
Sem uma fé sólida, o discípulo não tem como perseverar no seguimento do Mestre. E sentir-se-á como se estivesse sempre a ponto de perecer. Só na fé encontrará força para continuar.
SANTO DO DIA
SÃO BERNADINO REALINO
Bernardino nasceu no dia 01 de dezembro de 1530, numa rica e nobre família da ilha de Capri, em Nápoles. O jovem Bernardino aprofundou-se nas ciências humanísticas, formando-se em filosofia, medicina, direito civil e eclesiástico.
Com vinte e cinco anos de idade, enveredou por uma carreira administrativa sob a proteção do governador de Milão, um cardeal amigo de seu pai. Bernardino foi prefeito, advogado, fiscal, auditor e tenente de Nápoles.
Em 1564, gravemente doente, Bernardino faz uma profunda experiência de Deus e abandona tudo para ingressar na vida religiosa. Aos trinta e cinco anos de idade ele foi ordenado padre jesuíta. Além de continuar o trabalho social em favor dos pobres, tornou-se um evangelizador e confessor.
Em 1574 foi enviado a Lecce para fundar um colégio jesuíta, onde exerceu o apostolado durante quarenta e dois anos. A sua atuação na comunidade foi tão vital para todos, que quando estava no seu leito de morte ele se viu cercado pelo Conselho Municipal, pedindo sua proteção eterna para a cidade.
Ele morreu aos oitenta e seis anos de idade, no dia 02 de julho de 1616, em Lecce. São Bernardino é o padroeiro das cidades de Lecce e Capri.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Saber administrar as coisas sagradas é também um dom especial concedido por Deus aos cristãos. Nossa religião, cuja raiz é o mistério da morte e ressurreição de Jesus, também é formada pela dimensão humana e histórica. Por isso, saber administrar os recursos humanos e materiais com o coração honesto e justo, é uma tarefa profundamente evangélica. Rezemos hoje por todos os administradores cristãos, para que sejam honestos e tenham Cristo como modelo de administrador fiel das coisas do Pai.
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