Bom dia evangelho
11 de Agosto: Santa Clara de Assis, virgem (1194-1253)
Dia Litúrgico: Terça-feira da 19ª
semana do Tempo Comum
REDAÇÃO CENTRAL, 09 ago. 20 / 08:00 am (ACI).- Na Igreja Católica, houve homens que, em diferentes épocas, deram testemunho de uma verdadeira e santa paternidade. Por ocasião do Dia dos Pais, apresentamos alguns pais de família que alcançaram a santidade: 1. São José Deus encomendou a são José uma grande responsabilidade e privilégio: ser o pai adotivo de Jesus Cristo e casto esposo da Virgem Maria. São José era carpinteiro e descendente do rei Davi. Quando foi a Belém com Maria para se registrar no censo, ela deu à luz Jesus em um estábulo e, em seguida, tiveram que fugir para o Egito para evitar que o Menino fosse assassinado por ordem do rei Herodes. São José educou Cristo e lhe ensinou o ofício de carpinteiro. É conhecido como “Padroeiro da Boa Morte”, porque, segundo a tradição, morreu acompanhado e consolado por Jesus e Maria. Em um discurso, o Papa Francisco destacou que São José soube descansar em Deus na oração, levantar-se com Jesus e Maria e ser uma voz profética em meio ao mundo. 2. São Luís Martin São Luís Martin foi esposo de Santa Zélia Guérin e pai de cinco filhas, entre as quais se destacam Santa Teresa de Lisieux, Doutora da Igreja, e Leônia, cuja causa de beatificação foi aberta em 2015. Quando era jovem, Luís quis ser religioso da Congregação Hospitaleira do Grande São Bernardo, mas não foi admitido porque não sabia latim. Aprendeu o ofício de relojoeiro e se estabeleceu em Alençon (França), onde conheceu sua futura esposa. Luís e Zélia se casaram em 12 de julho de 1858 e tiveram nove filhos, dos quais cinco mulheres sobreviveram. O casal tinha uma intensa vida espiritual e formou as meninas para que fossem boas católicas e cidadãs respeitáveis. Zélia morreu de câncer em 1877. Luís cuidou de suas filhas e se mudaram para Lisieux. Com o passar dos anos, todas abraçaram a vida religiosa. O santo padecia de uma doença que foi o consumindo até que perdeu suas faculdades mentais. Morreu em 1894. Em outubro de 2015, Luís e sua esposa Zélia foram o primeiro casal a ser canonizados juntos. Sua festa é celebrada em 12 de julho, dia de seu aniversário de casamento. 3. São Tomás More São Tomás More nasceu em Londres em 1477 e, em 1505, casou-se com Jane Colt, com que teve um filho e três filhas. Entretanto, sua esposa morreu e ele contraiu um novo matrimônio com Alice Middleton. São João Paulo II indicou que More foi “um marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos. A sua casa acolhia genros, noras e netos”. Sua excelente carreira como advogado o levou ao parlamento inglês e, anos mais tarde, chegou a ocupar postos importantes do governo, depois que seu livro “Utopia” chamou a atenção do rei Henrique VIII. Foi preso por se opor aos desejos do monarca de repudiar sua esposa para se casar com outra mulher e separa-se da Igreja Católica para formar a Igreja Anglicana. Sua filha Margarida o visitava na prisão frequentemente e rezavam juntos. Por se manter forme em suas convicções, foi declarado traidor e decapitado em 6 de julho de 1535. 4. Santo Isidro Lavrador Desde pequeno, Santo Isidro trabalhou lavrando, cultivando e na colheita em campos na Espanha. Casou-se com uma camponesa que também se tornou santa: Maria da Cabeça. Ambos tiveram um filho que, segundo a tradição, caiu em um poço com uma cesta. Rezaram com fervor e, então, as águas começaram a subir até que o pequeno apareceu ileso. Aos domingos à tarde, costumavam passear com sua família pelos campos. Depois de ter criado seu filho, Santo Isidro e Santa Maria da Cabeça decidiram se separar para ter uma vida entregue totalmente a Deus. Ele ficou em Madri e ela partiu para uma ermida. Santo Isidro passou o resto de sua vida lavrando os campos e rezando. Morreu em 30 de novembro de 1172. 5. São Luís da França Luís IX nasceu em 1214 e foi coroado rei dos franceses aos doze anos, sob a regência de sua mãe, que costumava lhe dizer: “Filho, prefiro te ver morto a ver-te em desgraça de Deus pelo pecado mortal”. Em 1234, foi declarado maior de idade e assumiu suas funções de monarca. Casou-se com a virtuosa Margarida de Provença, que lhe ajudaria a alcançar a santidade. Ambos tiveram 11 filhos. O rei se distinguiu por sua bondade, justiça, caridade e piedade. Educou seus filhos assim como sua mãe fez com ele. Participou das cruzadas para recuperar os lugares santos e frear as invasões muçulmanas. Na segunda cruzada, ficou doente de disenteria perto de Cartago (norte da África). Morreu em agosto de 1270. Deixou um “testamento espiritual” ao filho que o sucederia, o futuro Felipe III, no qual deu instruções para ser um governante sábio, justo e santo. 6. Santo Estêvão da Hungria Santo Estêvão foi rei da Hungria, esposo da Beata Gisela da Baviera e pai de Santo Américo. Teve um grande carinho pela Igreja e procurava ser um exemplo de piedade para seus súditos. Costumava se disfarçar para sair à noite para ajudar quem precisava. Educou eu filho com esmero e lhe deixou escritos vários conselhos sobre as virtudes que um monarca deve cultivar. Juntos, defenderam o reino do ataque de Conrado II, imperador do Sacro Império Romano Germânico. Entretanto, o jovem faleceu durante uma caça. Ao receber a notícia, Estêvão exclamou: “O Senhor o deu a mim, o Senhor o tirou de mim. Bendito seja Deus”. O rei nomeou como sucessor seu sobrinho Pedro Orseolo. O santo morreu em 15 de agosto de 1038, dia da Solenidade da Assunção da Virgem Maria, de quem foi grande devoto. Etiquetas: Família, Igreja Católica, santidade, santos, pais, Dia dos Pais, pai
Evangelho
(Mt 18,1-5.10.12-14):
Naquela
hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: «Quem é o maior no
Reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse:
«Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como
crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta
criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma
criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo. Cuidado! Não desprezeis um só
destes pequenos! Eu vos digo que os seus anjos, no céu, contemplam sem cessar a
face do meu Pai que está nos céus. Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas,
e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos morros, para ir à
procura daquela que se perdeu? E se ele a encontrar, em verdade vos digo, terá
mais alegria por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Do
mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses
pequenos».
«O Pai que está nos céus não
deseja que se perca nenhum desses pequenos»
Rev. D. Valentí ALONSO i Roig (Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho volta a nos revelar o coração de Deus que nos faz
entender com que sentimentos atua o Pai do céu em relação a seus filhos. A
solicitude mais fervorosa é para com os pequenos, aqueles com os quais não se
presta atenção, aqueles que não chegam aonde todo mundo chega. Sabíamos que o
Pai, como bom Pai que é, tem predileção pelos filhos pequenos, mas hoje, nos
damos conta de outro desejo do Pai, que se converte em obrigação para nós: «Se
não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino
dos Céus» (Mt 18,3).
Portanto, entendemos que o Pai não valoriza tanto o “ser pequeno”, mas o
“fazer-se pequeno”. «Quem se faz pequeno (...), esse é o maior no Reino dos
Céus» (Mt 18,4). Por isso, devemos entender nossa responsabilidade nesta ação
de nos diminuirmos. Não se trata tanto de ter sido criado pequeno ou simples,
limitado ou com mais ou menos capacidade, mas de saber prescindir da possível
grandeza de cada um, para nos mantermos no nível dos mais humildes e simples. A
verdadeira importância de cada um está em nos assemelharmos a um destes
pequenos que Jesus mesmo nos apresenta com cara e olhos.
Para terminar, o Evangelho ainda nos amplia a lição de hoje. Há, e muito perto
de nós!, uns “pequenos” que estão mais abandonados do que os outros: aqueles
que são como ovelhas que se desgarraram; e o Pai as busca e, quando as
encontra, se alegra porque as faz voltar para casa e já não se perdem. Talvez,
se contemplássemos a quem nos rodeia como ovelhas procuradas pelo Pai e
devolvidas, mais do que desgarradas, seriam capazes de ver, mais
freqüentemente, e mais de perto, o rosto de Deus. Como diz Santo Asterio de
Amasea: «A parábola da ovelha perdida e do pastor nos ensina que não devemos
desconfiar precipitadamente dos homens, nem desistir de ajudar aos que se
encontram em risco».
Clara nasceu em Assis no ano 1193, no seio de uma
família da nobreza italiana, muito rica. Mas sua vida mudou radicalmente: Clara
foi a primeira mulher da Igreja a se entusiasmar com o ideal franciscano.
Desde jovem adquiriu o hábito de rezar diariamente e se mortificar. Também
exercitava com frequência a piedade cristã, distribuindo esmolas e atendendo
com disponibilidade as pessoas necessitadas que a procuravam. Fazia isto
espontaneamente, como demonstração de seu sincero e fervoroso amor a Deus.
Aos dezenove anos de idade, fugiu de casa se apresentou na igreja de Santa
Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Nesta noite,
fez uma oração de renúncia ao mundo “por amor ao Sagrado e Santíssimo Menino
Jesus”. Entregou aos frades sua veste luxuosa e vestiu uma túnica de lã,
semelhante a deles, ajustada ao corpo por um cinto de corda.
Clara viveu num mosteiro beneditino para conhecer o ritmo de uma vida
comunitária. Depois, conduzida por Francisco, foi para o mosteiro de São
Damião, formando com outras mulheres a ordem segunda Franciscana, depois
chamadas de “Clarissas”.
Em 1216 Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de
abadessa, mas manteve o carisma franciscano. A partir de 1224, Clara adoeceu e
aos poucos foi definhando. De sua cela, através de visões, acompanhou o funeral
de francisco. Por essas visões que pareciam filmes projetados numa tela, Santa
Clara é considerada padroeira da televisão e de todos seus profissionais.
Clara morreu no ano de 1253 e foi proclamada santa dois anos após sua
morte. (Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
Nos
diz a tradição que antes de morrer Clara assim rezou: “Vai em paz minha alma,
pois você tem um guia seguro que lhe mostrará o caminho, Aquele que lhe criou,
santificou, amou e não cessou de vigiá-la com a ternura de uma mãe que zela
pelo filho único de seu amor. Dou graças e bendigo ao Senhor porque Ele criou a
minha vida”. Assim rezando partiu para o Pai.
tjl@ - acidigital.com – a12.com
– evangeli.net
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